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OPERAÇÃO INVERNO 2009 DOBROU O NÚMERO DE VEÍCULOS FISCALIZADOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Outubro de 2009

15/10/2009 - Há mais de 20 anos a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB é o órgão responsável pela fiscalização da emissão de poluentes no Estado. Entre eles está à fumaça preta que é expelida pelos escapamentos dos veículos movidos a diesel. Altamente poluente essa fumaça é um vilão ainda maior no período de inverno, quando a freqüência das chuvas e dos ventos diminui e a dispersão dos poluentes torna-se desfavorável. Por isso, quando chegam os dias secos e frios é lançada a Operação Inverno, onde os técnicos da CETESB realizam megacomandos para intensificar a fiscalização da emissão de fumaça preta.

Ao término da estação mais fria do ano a CETESB compila os dados da Operação Inverno, que em 2009 dobrou o número de veículos fiscalizados – foram 60 mil em 23 pontos na Região Metropolitana de São Paulo e nas rodovias de maior movimento no interior do Estado -. Destes, aproximadamente 3 mil veículos, ou 5% da frota fiscalizada, foram autuados por emitir fumaça acima do limite estabelecido pela legislação ambiental.

“Este ano o índice de desconformidade de frota foi um pouco acima dos anos anteriores. Mas a diferença é pequena, em torno de 1%, o que, às vezes, tem a ver com o próprio dia em que está sendo realizado o comando”, explica Carlos Lacava, gerente do Departamento de Desenvolvimento Tecnológico e de Sustentabilidade da CETESB.

Lacava frisa que o expressivo aumento no número de veículos fiscalizados se deu em função de, neste ano, ter ocorrido abordagem direta em apenas um ponto, no Rodoanel. Nos demais a fiscalização ocorreu normalmente com a Escala de Ringelmann sem parar os veículos. “Para fazer a abordagem de veículos você tem que ter um efetivo de pessoas maior. Fazer a verificação da emissão de poluentes com a escala acaba otimizando a operação”.

Para Lacava o fato de não haver abordagem dos veículos só interfere no caráter educativo, já que os condutores não recebem material informativo como nos anos anteriores. Ainda assim, a avaliação do gerente da CETESB é positiva. “Se formos comparar com a realidade de 10, 12 anos atrás, vamos verificar que o percentual de desconformidade estava acima dos 20%. Nos últimos anos esse total ficou bem mais baixo. Estamos falando de, no máximo, 5% de desconformidade de frota”.

Fiscalização

A partir de janeiro de 2010 um novo instrumento de fiscalização poderá ser utilizado para identificar a emissão excessiva de poluentes dos veículos a diesel, o opacímetro, que mede as emissões com o veículo parado, direto do escapamento. Desde o início das fiscalizações da CETESB, na década de 70, o único instrumento utilizado para identificar os poluidores era a Escala de Ringelman, tabela com cinco tons de cinza onde é possível fazer uma comparação com a cor da fumaça emitida pelos veículos diesel. Quando a cor da fumaça se enquadra entre os tons de número três a cinco, o veiculo está em desconformidade e é autuado. A multa por emissão de fumaça preta é de 60 UFESP’s, equivalente a R$951,00 - podendo dobrar a cada reincidência no mesmo ano.

Com o opacímetro será possível fazer fiscalizações mais rigorosas, já que o equipamento consegue detectar fumaças invisíveis, mas que também interferem na qualidade do ar. Segundo Carlos Lacava o opacímetro será um instrumento complementar na fiscalização, além da escala de Ringelmann. “Com a escala, pelo fato de não pararmos o veículo é possível ter um universo fiscalizado maior do que com o opacímetro”, explica Lacava. “Por outro lado, com o opacímetro a estimativa é que o nível de desconformidade de frota aumente na ordem de até 30%”.

A principal vantagem do novo instrumento de fiscalização é a capacidade de identificar poluentes que, às vezes, não é possível observar pela Escala de Ringelmann. Lacava ainda explica que o opacímetro será mais utilizado em áreas urbanas, onde há menos fluidez no trânsito de veículos diesel, como caminhões, e fica mais difícil identificar as emissões pela Escala.

Disque Ambiente

A sociedade também pode e deve atuar como agente fiscalizador utilizando o Disque Ambiente – 0800 11 35 60 – canal de denúncias da Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SMA. Atualmente, 50% das denúncias registradas no Disque Ambiente são referentes a emissão de fumaça preta.
Texto: Evelyn Araripe
Fotografia: José Jorge

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Grupo de Trabalho agregado siderúrgico elabora proposta de norma

16/10/2009 - Minimizar a geração de resíduos no processo siderúrgico, bem como buscar alternativas de reciclagem, com reaproveitamento e aplicação adequada para esses resíduos, tem sido um grande desafio para o setor produtivo. Visando normatizar esta questão, no Estado de São Paulo, o Grupo de Trabalho Agregado Siderúrgico, da Câmara Ambiental do Setor Metalúrgico, Mecânico e Siderúrgico, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, vem trabalhando ativamente na elaboração de proposta de norma de uso desse material como em pavimentação, revestimento primário, base e sub-base de ruas, estradas e pátios em geral.

A utilização desses resíduos promove geração de receita, para a empresa que as comercializa, com vantagens ecológicas, contribuindo na redução de extração de recursos naturais, evitando assim, sua disposição inadequada na área industrial.

O Grupo de trabalho - GT, os representantes da CETESB e a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração - ABM, vêm atuando desde 2006, como articuladores de todo esse processo, beneficiando não só as siderúrgicas, mas também toda a sociedade. A associação é composta de cinco siderúrgicas, com usinas no Estado de São Paulo : ArcelorMittal, em Piracicaba; Usiminas, em Cubatão; Aços Villares, Gerdau, Aços Longos e a empresa Multiserv, de reciclagem de resíduos.

O trabalho do GT tem sido bastante produtivo, explica a engenheira do Setor de Resíduos Sólidos, da CETESB e coordenadora do GT, Gabriela Nenna Ferraresi. “Percebemos pelos resultados de análises das escórias de aciarias, realizadas em julho de 2008 nas empresas que participam do GT, a importância do processo de cura do material, para sua aplicação. Atualmente, estamos complementando os dados de caracterização dos resíduos, bem como realizando novos testes, para avaliar o impacto das emissões atmosféricas, resultantes da aplicação da escória como pavimento primário”, complementa Ferraresi.

Ela ressalta ainda que, apesar da escória ser utilizada em vários países da Europa e Estados Unidos, existem pouquíssimas normas específicas sobre o assunto. O GT está sendo considerado como referência a norma norte-americana do Estado de Wisconsin.

Segundo o diretor da Divisão Técnica de Meio Ambiente da ABM, Luiz Cláudio Pinto Oliveira, "no Grupo de Trabalho as discussões avançaram, hoje estamos definindo o formato da norma, com representantes de todas as regionais da CETESB no Estado. Estamos elaboração ainda um fluxograma de processo de beneficiamento do resíduo para transformá-lo em produto, que é o agregado siderúrgico”.
“Criamos o projeto Agregado Siderúrgico e, entre outras atividades, realizamos dois workshops, com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros, profissionais da indústria, academia e poder público”, conta o gerente de Desenvolvimento da ABM e integrante do GT, Gilberto Luz Pereira.

O engenheiro da Agência Ambiental da CETESB, em Cubatão, e secretário-executivo da CA, Enedir Rodrigues, complementou dizendo que, "com a proposta de norma pronta, o próximo passo será seu encaminhamento à Câmara para aprovação e posterior encaminhamento à direção da CETESB”.

O engenheiro comentou ainda que outros estados já estão interessados pelo resultado do GT, e que já foram realizadas várias consultas ao site da CA do Setor. “Isso demonstra que existe uma expectativa em relação ao assunto, salientando a importância do trabalho do GT “que vai definir procedimentos para aplicação do resíduo em pavimentação visando a proteção do meio ambiente e a saúde pública”.

Animada com o andamento do projeto e os resultados já obtidos, a gerente da Divisão de Coordenação das Câmaras Ambientais da CETESB, Zoraide Souza Senden Carnicel, afirmou que a Câmara Ambiental do setor Metalúrgico, Mecânico e Siderúrgico está com a discussão técnica bem avançada com o segmento da siderurgia. “Espero que este trabalho sirva de exemplo para os demais segmentos industriais da Câmara e os animem a trazer propostas técnicas para serem discutidas e consensadas”.

Ela enfatiza que as Câmaras são fóruns muito interessantes para o diálogo sobre questões ambientais entre o setor público e privado. No caso específico da siderurgia, ao se buscar definir as regras e procedimentos para o tratamento de resíduos, ganha o setor produtivo, “que vai saber com clareza o que é melhor ser feito”, assim como o setor público, que terá um facilitador para subsidiar as ações de fiscalização, licenciamento e gestão ambiental”, finaliza a gerente.

Da geração nas Aciarias à utilização ambientalmente sustentável

A escória de aciaria é gerada em grandes quantidades nas aciarias das usinas, tem uma importante função de controle de processo e qualidade do aço. É composta essencialmente de óxidos de cálcio, ferro, silício, magnésio, manganês, alumínio e fósforo. No caso de seus resíduos, proveniente do processo de produção, não existe, ainda no Brasil, uma legislação que defina critérios e procedimentos para o seu, visando à proteção do meio ambiente e a saúde da população, apesar de sua crescente e diversificada utilização no mundo, na pavimentação, como lastro de ferrovia e berço de assentamento de dormentes, entre outras.

Ao ser processada, separa-se a parte metálica da parte não-metálica, sendo que a primeira retorna como insumo no processo produtivo do aço. A parte não-metálica tem sido utilizada na Europa e nos Estados Unidos não só em pavimentação de ruas, mas também, em estacionamentos, lastro de ferrovia e berço de assentamento de dormentes em substituição à brita, como na indústria de cimento, na agricultura como fertilizantes, sistemas de tratamento de água (meio ambiente), engenharia hidráulica, entre outros.
Texto: ABM/CETESB
Fotografia: Divulgação

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Valinhos emite a primeira licença ambiental

19/10/2009 - A prefeitura de Valinhos, que em 1º de setembro assinou convênio com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB, assumindo o licenciamento ambiental de empreendimentos de baixo potencial poluidor, expediu, em 14.10 a primeira licença, para a Artnali Indústria e Comércio de Móveis.

Foi o primeiro ato de licenciamento ambiental municipal da Região Metropolitana de Campinas, por meio da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente do município. Instalada há mais de 20 anos em Valinhos, a Artnali está investindo no ramo de industrialização de móveis e foi obrigada a se readequar à legislação ambiental.

A lista dos empreendimentos licenciáveis pelo município contempla 43 atividades, desde a fabricação de móveis, como de sorvetes, tecidos, embalagens e artigos de serralheria, entre outras de pequeno impacto local.

Quatorze municípios do Estado já firmaram convênio com a CETESB, assumindo o licenciamento ambiental. Ribeirão Preto foi o primeiro município a expedir licenças ambientais. Mais de 50 municípios já iniciaram negociações com a agência ambiental, interessados em assumir a fiscalização e o licenciamento de empreendimentos de baixo potencial
poluidor.

Na segunda semana de outubro, 40 funcionários das prefeituras de Bertioga e Itanhaém, que deverão ser os próximos municípios a assinar convênio com a CETESB, passaram por treinamento em licenciamento ambiental.
Texto: Renato Alonso
Fotografia: CETESB


 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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