14 de Outubro de 2009 - Luana
Lourenço - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - Após semanas de
discussões e bate-bocas entre parlamentares,
o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) foi eleito
hoje (14) presidente da comissão especial
criada na Câmara dos Deputados para analisar
mudanças no Código Florestal. A comissão
vai se debruçar sobre pelo menos seis projetos
de lei, entre eles a polêmica proposta de
um novo Código Ambiental, com regras mais
flexíveis e menos controle da União
sobre a legislação.
Ruralista, Micheletto vai dividir
o comando do colegiado com os deputados Ancelmo
de Jesus (PT-RO), Homero Pereira (PR-MT) e Nilson
Pinto (PSDB-PA), eleitos vice-presidentes. O relator
será Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Micheletto é identificado
em seu site como "A voz da agricultura",
já Pereira e Rebelo receberam em junho deste
ano o prêmio “Inimigo da Amazônia”,
concedido pelo Fórum Brasileiro de ONGs e
Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.
A eleição foi adiada
pelo menos duas vezes por divergências entre
parlamentares ruralistas e ambientalistas. A escolha
de hoje foi viabilizada por uma coligação
entre PR, DEM, PTB, PT, PSB e PSDB.
+ Mais
Diretor do Inpa diz que Amazônia
pode ajudar a combater mudanças climáticas
globais
8 de Outubro de 2009 - Amanda
Mota - Repórter da Agência Brasil -
Manaus - O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (Inpa), Adalberto Val, defendeu
hoje (8), em Manaus, a preservação
da Floresta Amazônica como possibilidade para
enfrentar as modificações climáticas
que estão ocorrendo em escala global e que,
para ele, podem ocorrer de forma mais efetiva num
futuro próximo.
“A diversidade biológica
da Amazônia existe há milhares de anos.
Isso prova que a região viveu todos os extremos
ambientais do passado e, portanto, preserva e representa
um repositório de tudo isso que pode servir
de lição para a atualidade”, considerou.
Para um público composto
por prefeitos de diversos municípios da Região
Norte e de outros países da Amazônia
Internacional, Val deu uma palestra durante as atividades
da Cúpula Amazônica de Governos Locais.
Ele destacou que produtos podem
ser extraídos a partir da floresta, sem derrubá-la.
Como exemplo, o representante do Inpa citou a pesca
em igarapés (braços de rios) e o uso
de frutos e da vegetação das várzeas
(áreas que são alagadas pelos rios
em determinadas épocas do ano).
Para o diretor do Inpa, essas
alternativas poderão contribuir para a inclusão
social e a geração de renda. “Fazer
isso é diminuir a pressão sobre a
floresta.”
Ainda nas considerações
de Val, preservar a floresta é fundamental,
mas as pessoas que vivem nessa região precisam
de alternativas para sua sobrevivência, sob
pena de a pressão cair sobre a floresta.
“Não adianta importar soluções
para a Amazônia. Esta região precisa
resolver seus problemas de acordo com as soluções
que tem aqui”, acrescentou.
A Cúpula Amazônica
de Governos Locais obteve a chancela da Cidades
e Governos Locais Unidos (CGLU) - entidade internacional
que representa os municípios de 127 países
integrantes da Organização das Nações
Unidas (ONU) - para se tornar um Fórum Permanente
de Governos Locais com a finalidade de representar
os mais de 2 mil gestores locais (prefeitos) de
municípios situados na Floresta Amazônica.
A cúpula está sendo realizada em Manaus
e segue até sábado (10).