Panorama
 
 
 

SÃO PAULO ESTABELECE META DE REDUÇÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Outubro de 2009

13/10/2009 - O Estado de São Paulo mostrou-se à frente do resto do país na questão de mudanças climáticas com a aprovação, por unanimidade, da Política Estadual de Mudanças Climáticas – PEMC pela Assembleia Legislativa. O principal avanço estabelecido pela PEMC é a meta de redução, em todos os setores, de 20% da emissão de gases de efeito estufa até 2020, tendo por base o ano de 2005. “São Paulo determinou uma meta ambiciosa, mostrando que não teme a agenda de mudanças climáticas. Essa será a oportunidade para o Estado construir uma nova economia verde”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano.

A medida pioneira abre um precedente entre os países em desenvolvimento como a China e a Índia. A aprovação da PEMC, elaborada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, possibilita que São Paulo vá à Copenhague com posições mais fortes. A PEMC busca refletir os conceitos consolidados em tratados e convenções sobre o tema e pode se tornar uma iniciativa replicável a outras regiões ou esferas de governo.

Entre os principais pontos da PEMC está a criação do Conselho Estadual de Mudanças Climáticas, que terá caráter consultivo, e a permanência da atuação do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas. Além disso, o Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição – FECOP, que já apoia projetos relacionados ao controle da poluição e preservação do meio ambiente, terá como atribuição financiar ações e planos específicos de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Esses recursos serão destinados às regiões e setores da economia mais afetados por catástrofes naturais e aos municípios com maior vulnerabilidade.

Outro destaque da PEMC é a redução do prazo de elaboração da Comunicação Estadual, que conterá o inventário de emissões dos gases de efeito estufa de origem antrópica, ou seja, resultantes de atividades humanas. A idéia é usar esse instrumento de planejamento para promover a integração à questão climática em áreas como energia, transportes, agricultura e educação. “Todos os setores agora serão obrigados a agir imediatamente para a preparação dos inventários”, enfatizou o assessor técnico da SMA, Oswaldo Lucon.

Na área de transportes, a PEMC incentiva a criação de políticas públicas que priorizem o transporte sustentável. Dentre elas estão a construção de ciclovias, a criação de programas de carona solidária, a implantação da inspeção veicular e outras medidas que distribuam melhor o tráfego por rodovias.

(Obs: A consolidação oficial da Lei é realizada pela Comissão de Redação da ALESP. O texto ainda poderá sofrer alterações antes da Lei ser sancionada pelo governador José Serra).
Texto: Ludmilla Fregonesi e Valéria Duarte

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Propostas para a próxima Convenção do Clima são debatidas em evento na ESALQ

13/10/2009 - Ao apontar o caminho da convergência, o secretário Xico Graziano deu o tom final do debate realizado em 09.10 na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ, em Piracicaba, que teve como tema central a “COP 15 – Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas”. O evento foi realizado pela Associação Brasileira de Agribusiness - Abag, visando encaminhar sugestões para o governo federal levar à 15a. Conferência das Partes da Convenção do Clima – COP 15, que vai acontecer em Copenhague, na Dinamarca, em dezembro próximo.

Diante da platéia atenta que lotava o anfiteatro da Engenharia da ESALQ, o secretário estadual do Meio Ambiente expunha sua perplexidade diante do que considera “uma insanidade no país”, que coloca em lados opostos ambientalistas e agricultores. “Precisamos caminhar para a convergência”, afirmou, ressaltando que somente desta forma o país poderá superar os desafios propostos diante do problema das mudanças climáticas. Com o que concordou totalmente Otavio de Almeida Prado Bauer, engenheiro agrônomo formado na turma de 1974 na ESALQ e que atualmente dirige a regional de Jaú da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI, da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento. “Ele tem toda a razão. Só através do diálogo é que vamos chegar à desejada convergência”, disse.

A mesma opinião foi partilhada pelo estudante André Coutinho, de 22 anos, no quinto ano de Agronomia da ESALQ, que achou a colocação de Graziano ainda mais interessante e fundamental em função da discussão que acontecera na mesa de debate, entre representante do movimento ambientalista, de um lado, e dos pecuaristas, do outro. Ele só se mostrou decepcionado com a ausência de um representante do Ministério das Relações Exteriores, que havia sido convidado.

O secretário destacou, também, a posição de vanguarda e de liderança do Estado de São Paulo na questão das mudanças climáticas, lembrando que o Estado é co-presidente da Rede de Governos Regionais para o Desenvolvimento Sustentável - nrg4SD, que reúne mais de 300 governos locais em todo o planeta, e que o Governo Estadual irá levar uma proposta efetiva de redução de 20% de suas emissões de gases de Efeito Estufa até 2020, para a Convenção em Copenhague. “Temos que encarar os desafios e aproveitar as oportunidades, nos antecipando à nova economia mundial que se seguirá”, disse.

Graziano enfatizou, ainda, ao final de sua participação no encontro, a falta de uma base científica de informações que dêem um sustento sólido a diversos questionamentos acerca do problema das mudanças climáticas. “Precisamos investir muito na base de informações, que hoje é muito frágil”. E afirmou ser favorável a uma moratória do desmatamento no país, com suspensão inclusive das autorizações para desmatamento já concedidas.

Além de Graziano, a mesa de debates do Fórum da Abag contou com as participações do secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, João Sampaio; do diretor da ESALQ, Antonio Roque Dechen; do presidente da Abag, Carlo Lovatelli; do pesquisador do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP, Carlos Ferri; do diretor de campanhas do Greenpeace no Brasil, Sérgio Leitão; do superintendente do Instituto para o Agronegócio Responsável – Ares, Ocimar Vilela; o representante da Mckiensey & Company, Marcus Frank; e o mediador Roberto Waack, diretor da Amata Brasil.

Aliança pelo clima

Segundo a Abag, o agronegócio representa 26% do Produto Interno Bruto - PIB nacional e 16% das exportações brasileiras, ou US$ 31,4 bilhões, valor que supera o atual saldo da balança comercial brasileira. Além disso, conforme a entidade, o uso dos diversos tipos de biomassa, incluindo a cana-de-açúcar, as florestas plantadas e o carvão vegetal renovável, representa aproximadamente 28% de toda a matriz energética nacional, o que reflete o potencial desses setores para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país.

A Abag faz parte da “Aliança Brasileira pelo Clima”, criada por 14 entidades representativas do agronegócio no Brasil e que produziu o “Documento de Posicionamento sobre as Negociações de Mudanças Climáticas e as Ações do Governo Brasileiro”, com propostas para as negociações da COP 15. No documento, a Aliança aponta “a necessidade de ações coordenadas e urgentes por todas as partes envolvidas, que priorizem tecnologias disponíveis, economicamente viáveis e de impacto no curto prazo”.
Texto: Mário Senaga Fotografia: José Jorge

 


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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