14 de Outubro
de 2009 - Iolando Lourenço - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - O presidente
da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP),
recebeu hoje (14) pedido de integrantes da Comissão
Especial Sobre Mudanças Climáticas
para votação de seis projetos que
tratam da questão. Os parlamentares pediram
a Temer que paute essas propostas para votação
já no mês de outubro, para que elas
sejam aprovadas antes da 15ª Conferência
das Partes sobre Mudança do Clima da Organização
das Nações Unidas, em Copenhague,
no próximo mês de dezembro.
A presidente da comissão,
senadora Ideli Salvatti (PT-SC), disse que o deputado
Michel Temer prometeu conversar com os líderes
para incluir essas propostas em votação
o quanto antes. Segundo ela, entre os seis projetos,
a prioridade é para o que estabelece a Política
Nacional sobre Mudanças Climáticas
e o que cria o Fundo Nacional de Mudanças
Climáticas por meio da redistribuição
dos recursos da participação especial
no petróleo.
A senadora, que é líder
do governo no Congresso, informou que se os projetos
forem votados pela Câmara até a próxima
semana será possível que eles também
sejam aprovadas pelo Senado ainda no mês de
novembro. Segundo a senadora, a aprovação
dessas proposições é importante
para firmar a posição do Brasil, que
também vai levar suas sugestões para
discussão na conferência em Copenhague.
+ Mais
Stephanes defende plantio direto
para reduzir emissão de gases causadores
do efeito estufa
14 de Outubro de 2009 - Lourenço
Canuto - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - O ministro da Agricultura, Reinhold
Stephanes, defendeu hoje (14), na Câmara dos
Deputados, a adoção do plantio direto
como forma de reduzir a emissão de gases
responsáveis pelo aquecimento global. De
acordo com o ministro, a agricultura é responsável
por mais de 50% do efeito estufa e, por isso, sua
manipulação adequada precisa ser prioridade.
Stephanes ressaltou que, nesse
ponto, o Brasil já está colaborando
para a redução do efeito estufa com
o plantio direto da soja e do feijão, sistema
que, segundo ele, pode abranger outras culturas
nos próximos anos. Para ele, outro manejo
importante é a fixação do nitrogênio
nas colheitas e a eliminação das queimadas.
"A terra é um depósito de carbono
e pode ser manipulada de forma mais racional."
O país já tem um
projeto de desmatamento zero para a agropecuária,
que, segundo o ministro, é "bem construído
e bem instrumentalizado". Já foi estabelecido
o zoneamento para o plantio de cana, com restrição
ao desmatamento para essa cultura e para os projetos
agropecuários. De acordo com Stephanes, a
integração entre lavoura e pecuária
é a prática que tem que ser seguida
para reduzir a emissão de gases na atmosfera.
O ministro fez as declarações
ao participar do seminário O Setor Sucroenergético
e o Congresso Nacional: construindo uma agenda positiva,
que está sendo realizado no Auditório
Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.
Organizado com o apoio da União
da Indústria de Cana-de-Açúcar
(Unica), das empresas Monsanto, Dedini, Basf e Sew
Eurodrive e dos principais sindicatos de produtores
e fornecedores de cana da região Centro-Sul,
o encontro faz parte do Projeto Agora – Agroenergia
e Meio Ambiente. O objetivo é conscientizar
a classe política e a opinião pública
sobre os benefícios das energias renováveis.