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FUNDO AJUDARÁ PAÍSES POBRES NO COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2009

31/10/2009 - Ministros de Meio Ambiente e representantes de 24 países fecharam um acordo, neste sábado (31/10), em Barcelona, para a criação de um fundo internacional de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, em que os países desenvolvidos vão ajudar os em desenvolvimentos nas ações para mitigação do aquecimento global. Participaram do encontro representantes dos principais países que estarão na Convenção do Clima (COP-15), em dezembro, em Copenhague, na Dinamarca.

O fundo será financiado pelos países desenvolvidos, levando em conta o princípio do protocolo de Kyoto de responsabilidades diferenciadas para nações ricas e pobres. Então, ficou acertado que os países desenvolvidos vão dar dinheiro ao fundo de adaptação, e os em desenvolvimento ficam com o compromisso de investir diretamente em ações de combate às alterações do clima no próprio território.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, foi enfático ao defender que é preciso levar em consideração o histórico de emissão de cada país. "As geleiras estão derretendo pelas emissões dos últimos 60 anos, e não pelas do ano passado", salientou Minc.

Os países também tiveram consenso sobre a proposta de que cada nação deve apresentar suas ações de mitigação das mudanças climáticas. A idéia é a transparência das ações mundiais para combater a alteração do clima. "O que interessa é o que os países estão fazendo para reduzir as emissões, porque é isso que vai salvar o planeta", destacou o ministro.

Segundo o ministro Carlos Minc, os participantes consideraram as ações brasileiras como a grande novidade do encontro. "Eles reconheceram nossas metas como um forte exemplo de enfrentamento à questão do clima. Isso coloca o Brasil como protagonista nas discussões sobre o clima".

Dentre as ações do governo brasileiro contra o aquecimento global, Minc destacou o Fundo Clima, primeiro no mundo a utilizar recurso do petróleo - responsável por grande parte da emissão mundial - para mitigação e adaptação da mudança do clima. O fundo foi aprovado pela Câmara dos Deputados e vai para análise do Senado Federal. Minc ainda destacou que o desmatamento da Amazônia deverá ser o menor dos últimos 20 anos.

O ministro Carlos Minc reconheceu, também, os esforços dos países para o novo acordo sobre o clima. No entanto, ele cobra que as nações apresentem os seus compromissos. "Nós, que somos países em desenvolvimento, estamos colocando nossas metas na mesa, por que os maiores emissores não colocam", questionou Minc.

A comunidade internacional realiza, na próxima semana, em Barcelona, a última reunião preparatória para a COP 15, em Copenhague, que será o palco final para fechar um novo acordo global pelo clima, que vai substituir o protocolo de Kyoto, que encerra em 2012.

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Brasil ganha novos instrumentos contra o aquecimento global

29/10/2009 - Fundo Clima, aprovado na Câmara, deve movimentar cerca de R$ 400 milhões ao ano - A formulação de um Plano Nacional sobre Mudança do Clima e a aprovação do projeto que cria o Fundo Nacional sobre Mudança Climática, nesta quarta-feira (28/10), pela Câmara dos Deputados vão garantir a colocação em prática das diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), também deliberada na terça-feira (27/10) na Câmara dos Deputados. As matérias seguem agora para o Senado Federal.

Para a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Kahn, a medida sinaliza a importância que o Brasil vem dando à questão climática. Segundo ela, o Fundo vai movimentar por ano cerca de R$ 400 milhões. "A aprovação pela Câmara dos Deputados mostra que não apenas o Executivo, mas também o Legislativo está presente na luta contra o aquecimento global", disse a secretária.

O Fundo é direcionado ao financiamento de ações de adaptação à mudança climática e programas de controle de gases do efeito estufa e destina 6% dos recursos da participação da produção de petróleo para iniciativas como áreas degradadas, combate ao desmatamento e desenvolvimento de tecnologias ligadas à questão do clima. O dinheiro sairá da cota de 10% da participação especial sobre o petróleo recebida pelo MMA.

Outras fontes de recursos são os valores previstos no Orçamento da União, os decorrentes de acordos com os governos e órgãos da administração pública, e os empréstimos de instituições financeiras nacionais e internacionais.

O texto aprovado é o do substitutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, de autoria do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP). Ele incorporou ao projeto do deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AC) as contribuições dos projetos apensados, principalmente o PL 3820/08, do Executivo.

Política do Clima - O texto sobre a política de mudança do clima aprovado na terça-feira (27/10) é um substitutivo do deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP) que teve por base projeto de lei do deputado Sarney Filho e o projeto de lei do Poder Executivo. Em sua mensagem encaminhando o assunto à presidência da República, em junho deste ano, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, justificou que a PNMC é uma construção coletiva, resultado de processo que envolveu a participação de diversos setores da sociedade civil.

De acordo com o ministro, o que se pretende com a nova política é reduzir as emissões antrópicas (provocadas pela ação humana) por fontes e fortalecer as remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa no Brasil. A PNMC também vai definir e implementar medidas para promover a adaptação à mudança do clima das comunidades locais, dos municípios, estados e regiões e de setores econômicos e sociais, em particular aqueles especialmente vulneráveis aos seus efeitos adversos.

O ministro informou que o Governo Brasileiro tem atuado no sentido de evitar e minimizar as mudanças que podem ocorrer em função da alteração do clima adotando ações tanto na redução das emissões de gases de efeito estufa quanto na sua remoção por sumidouros. De acordo com Carlos Minc, a mudança do clima pode ser considerada como um dos principais desafios globais a serem evitados nesse e nos próximos séculos. "Uma política nacional sobre mudanças do clima vai auxiliar no desafio de fortalecer e organizar essas ações, além de promover a identificação das lacunas existentes, por meio de uma forma coordenada de atuação".

A nova Política Nacional de Mudanças Climáticas tem entre seus objetivos a compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a proteção do sistema climático; o estímulo ao uso de tecnologias mais limpas; a promoção da eficiência tecnológica; a conscientização ambiental; a preservação ambiental; a preservação, conservação e recuperação dos recursos ambientais e o estímulo ao desenvolvimento do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE).

Para que a PNMC seja colocada em prática, ela contará com instrumentos definidos no texto aprovado. São eles: a compensação dos tributos; incentivos fiscais; disponibilização de linhas de crédito e financiamento; a criação do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas (FNMC); o desenvolvimento de linhas de pesquisa por agências de fomento; indicadores de sustentabilidade; planos de ação por setores ou categorias de fontes de emissão; inventários de emissões de gases de efeito estufa; estabelecimento de padrões ambientais; avaliação de impactos ambientais sobre o micro e o macroclima e a criação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE).


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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