Panorama
 
 
 

NEGOCIAÇÕES DE CLIMA NÃO PODEM FALHAR

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2009

Posted on 22 October 2009
É preciso ter vontade política agora
Rede WWF alerta que é preciso serenidade política para que o novo acordo global de clima em Copenhague seja assinado.

“O mundo não quer que Copenhague se transforme numa rodada de Doha,” compara Kim Carstensen, líder da Iniciativa Global de Clima da Rede WWF.

“Rumores na mídia e manobras diplomáticas nos bastidores são um reflexo de que os países industrializados estão tentando diminuir as expectativas sobre Copenhague enquanto continuam a se esquivar de decisões importantes como redução de emissões e a transição para uma economia de baixo carbono”, afirma.

O mundo precisa de lideranças. Mas, em vez de demonstrar força e vontade, os líderes já estão começando a dar desculpas para não assinar um tratado justo, eficiente e ambicioso.”

A Rede WWF e o WWF-Brasil têm acompanhado os rumores de uma campanha diplomática está sendo feita na surdina e que costura um plano sobre clima que exclui um acordo com força de lei em Copenhague. Somente um acordo onde as partes sejam obrigadas a responder legalmente pelo que se comprometeram a fazer poderá deter o aquecimento global.

“Só existem o plano A e o plano F. O F é aquele em que falhamos”, afirma Carstensen.

“O clima não espera pelas manobras políticas e diplomáticas. Os líderes não podem adiar a tomada de decisões difíceis agora porque elas só vão se tornar cada vez mais difíceis.

“Muitos países no mundo em desenvolvimento já estão agindo e sinalizando que podem avançar ainda mais como Índia, China e Brasil. Mas, para isso, é preciso que haja a certeza legal de que as nações industrializadas vão fazer sua parte”, afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

“Setores empresariais também já estão começando a se mobilizar no Brasil e no mundo para que haja um acordo ambicioso em Copenhague como o que estava sendo planejado. O mercado e seus investidores precisam dessa demonstração de solidez para realmente começar a mudar para uma economia de baixo carbono”, explica Carlos Rittl, coordenador do programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil.

A Rede WWF acredita que o surgimento de propostas de cancelar o acordo a apenas uma semana da última da última rodada de negociações não é coincidência. Os delegados se reúnem novamente em Barcelona de 2 a 6 de novembro para discutir o acordo de Copenhague.

“Esse é um jogo perigoso e pode tirar a atenção do que é realmente importante durante a próxima rodada de negociações. Se isso acontecer, o acordo justo, ambicioso e eficiente de que o mundo precisa estará em grande risco”, afirma Carstensen.

“Todos os ingredientes necessários para o acordo de Copenhague estão disponíveis. Os países tiveram dois anos para negociar datas e prazos, têm todas as informações que a ciência oferece, todas as opções de textos e palavras de que precisam e todos os argumentos morais e econômicos de que necessitam para se convencer de que a hora é agora e Copenhague é o lugar para assinar o acordo. Só falta vontade política”, analisa Carstensen.

"O senado norte-americano precisa aprovar a lei dos EUA sobre clima e mostrar liderança, como Obama prometeu. Não queremos que outros países industrializados usem como desculpa o que acham que o senado norte-americano irá fazer”, finaliza.

A Rede WWF afirma que é necessário que o Protocolo de Quioto seja mantido para os países ricos e que também seja assinado um novo protocolo em Copenhague, capaz de exigir legalmente que seus assinantes cumpram o que prometeram.

O acordo deve conter, entre outros temas, metas ambiciosas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países industrializados, reconhecimento e apoio para ações em países em desenvolvimento, compromisso de aumentar o financiamento especialmente para adaptação e um novo arranjo institucional e de governança sob a liderança das Nações Unidas.

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O acordo de clima em Copenhague não é apenas possível. É absolutamente necessário

Posted on 30 October 2009 - Cada dia de atraso na tomada de decisões corretas e concretas para deter as mudanças climáticas terá graves consequências para nós e as gerações futuras. Na próxima semana (2 a 6/11), delegados de todos os países-membros da ONU estarão reunidos para a última rodada de negociações sobre o acordo global de clima, em Barcelona, antes da Conferência das Partes em Copenhague, em dezembro. Eles precisam mostrar que progredir e selar um tratado climático justo, eficiente e ambicioso, não só é possível, como é crítico para o futuro do clima do planeta.

Nas últimas duas semanas, alguns líderes mundiais deram sinais de que o acordo climático não seria fechado em Copenhague. “Essas declarações são irresponsáveis e podem provocar um efeito dominó, levando um país após outro a diminuir o nível de ambição”, analisa Kim Carstensen, líder da Iniciativa Global de Clima da Rede WWF.

Líderes que não tomarem nenhuma ação serão responsáveis pelo caos climático, pelo enfraquecimento da autoridade das instituições públicas internacionais e, finalmente, pela perda de confiança dos seus eleitores em todo o mundo, que acreditam e esperam que essas negociações tenham um resultado ambicioso e com força de lei.

“Se não selarmos o acordo ambicioso e com força de lei, esta geração de chefes de Estado será lembrada como a que não fez nada para enfrentar o maior desafio de nossos tempos. Tenho certeza que nenhum dos líderes gostaria de ser lembrado dessa forma”, afirma.

A reunião dos negociadores em Barcelona será um teste decisivo para saber se eles receberam um mandato claro de seus governos para avançar rumo a um acordo em Copenhague com o potencial de salvar o mundo dos graves riscos que as mudanças climáticas representam. Uma evolução rápida nas negociações, com transparência e ambição sobre os fundamentos políticos do acordo nesta reunião, enviaria um forte sinal ao mundo de que sim, um acordo sobre o clima é possível.

No Brasil

Na semana passada, o WWF-Brasil enviou carta ao presidente Lula pedindo a ele que manifestasse publicamente aos líderes mundiais que é absolutamente inaceitável adiar as decisões que devem ser tomadas em Copenhague.

A carta agora conta com a assinatura de mais 37 entidades da sociedade civil e com o apoio da campanha TicTacTicTac, uma coalização global de ONGs, que pedem ao presidente e seus ministros que se conclamem todos os países a seguirem até Copenhagen com o objetivo de selar o acordo climático pelo qual o mundo espera.

“O presidente Lula ainda não respondeu ao pedido da sociedade civil. Sua voz será muito importante para chamar à responsabilidade os líderes mundiais por uma negociação séria e efetiva até o final da conferência em Copenhague”, afirma Carlos Rittl, coordenador do programa Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil. “Esperamos que ele nos atenda até a próxima semana, quando se reúnirá com ministros para tratar de mudanças climáticas e da posição do Brasil nas negociações”, explica Rittl.

Além desta declaração pública do presidente, o WWF-Brasil espera do país um posicionamento forte em Copenhague, com apresentação do compromisso nacional de redução e controle de emissões de desmatamento e de todos os setores de nossa economia na próxima década.

“O Brasil e todos nós só temos a ganhar se nos comprometermos a transformar nosso país em uma economia de baixo carbono, com desenvolvimento econômico limpo e sustentável no longo prazo”, afirma Carlos Rittl.

“Esperamos que, neste momento de investida contra a legislação ambiental brasileira no Congresso Nacional, o governo brasileiro seja firme e coerente com o seu discurso na arena internacional de clima”, afirma Rittl, referindo-se a uma tentativa, nesta semana, de votação de um projeto de lei que altera o Código Florestal, permitindo que haja mais desmatamento legal no país.

“Como ficará a credibilidade do Brasil no cenário global se anunciamos metas de redução do desmatamento e, no âmbito legislativo, aprovarem-se leis que irão aumentar a destruição de nossas florestas?”, questiona Rittl.

“O presidente Lula tem que pedir a seus ministros e aliados que trabalhem juntos por um Brasil sustentável. Não podemos manter o padrão atual predatório e ineficiente de uso dos nossos ecossistemas naturais”, finaliza.

 


 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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