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PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS DO PARANÁ CHAMA ATENÇÃO DE TÉCNICOS ITALIANOS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Outubro de 2009

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos recebeu nesta sexta-feira (23) a visita do ministro do Meio Ambiente da região italiana de Toscana, Marco Betti, e o diretor de gestão territorial, Paolo Matina, para conhecer os programas de conservação ambiental desenvolvidos pelo Governo do Paraná. A visita teve o objetivo de promover a troca de experiências entre o Estado e a Itália nas ações realizadas para garantir a sustentabilidade e o equilíbrio ambiental.

Durante a visita, os técnicos paranaenses mostraram os resultados alcançados nos últimos anos com o Programa Estadual Mata Ciliar, Paraná Biodiversidade, Mudanças Climáticas e o Plano Estadual de Recursos Hídricos.

Para o secretário Rasca Rodrigues, a visita da comitiva italiana é a oportunidade que o Estado tem de apresentar para o mundo a importante política ambiental desenvolvida no Paraná.

“Além disso, a troca de experiências é muito válida. Temos que garantir os nossos recursos hídricos para o desenvolvimento de todos os setores da economia e preservá-los para as futuras gerações”, afirmou.

Um dos programas que mais chamaram a atenção dos representantes italianos foi o Plano de Recursos Hídricos do Estado, implantado recentemente e que prevê a conservação das águas com uma visão estratégica de uso, levando em consideração cenários para os próximos 15 anos.

“Gostamos de conhecer e saber como é feito o plano de recursos hídricos aqui no Estado e também apresentamos nossas idéias e mostramos como isso é feito na região de Toscana”, disse o ministro.

O Plano de Recursos Hídricos é um dos instrumentos estabelecidos pelas Leis federal n° 9.433/97 e Estadual n° 12.726/99, pelas quais é firmado um pacto entre o Poder Público, os usuários dos recursos hídricos (indústrias, irrigação, setor de abastecimento de água, geração de energia) e a sociedade civil (Ongs, sindicatos, universidades, associações comunitárias) para orientar a gestão de águas no Brasil.

O Plano deve ser elaborado em três níveis: Nacional, Estadual e Planos de Bacias Hidrográficas. O documento nacional foi concluído em janeiro de 2006 e garante um planejamento do uso racional da água até 2020. As próximas etapas são as estaduais.

O último nível, Planos de Bacias Hidrográficas, identifica os pontos negativos e positivos de cada bacia. As bacias do Rio Jordão, Alto-Iguaçu e Tibagi já concluíram seus diagnósticos.

Outros temas discutidos foram educação ambiental nas escolas, uso de aquecedores solares confeccionados com materiais recicláveis como garrafas pet e caixas de leite e como é encarada a legislação ambiental de cada país.

Foi feita uma análise do impacto da gestão feita pelos estados e países com relação ao desmatamento e bioenergia, os palestrantes comentaram da importância de diminuir o impacto da lei de integração e economizar ações entre os países obtendo assim um melhor funcionamento econômico.

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Regularização evita o êxodo rural e ajuda a fixar o homem no campo

As famílias que receberam seus títulos de terra nesta terça-feira (20), emitidos pelo Instituto de Terras, Cartografia e Geociência (ITCG) – autarquia da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - têm uma motivação a mais para permanecer no campo. “Com 45 anos já não esperava mais ter nas mãos este documento que me foi entregue hoje”, disse Jorge Alves Vieira, quer vive em Taquarinha, município de Campo Largo. Ele foi um dos 27 moradores beneficiados com o documento da propriedade e conta que, a partir de agora, sua relação com a propriedade irá mudar.

Além dos moradores do Taquarinha, outras 39 famílias de agricultores que residem no imóvel Postinho, em Tijucas do Sul, receberam o título definitivo das suas propriedades. “Com isso ganhamos mais perspectiva de vida para nossas famílias. Podemos investir em um lugar que é realmente nosso e trabalhar para fazê-lo prosperar. É a realização de um sonho de toda a vida”, ressaltou Jorge.

As famílias que ocupam tanto o imóvel Taquarinha quanto o imóvel Postinho herdaram a posse das terras devolutas (terras públicas), que passam de pai para filho, mas nunca tiveram acesso a programas sociais ou benefícios previdenciários, devido à falta do título.

Olívia Maria da Rocha, nascida e criada no imóvel em Postinho e que há 73 anos esperava a documentação, lembrou que o processo de regularização da sua propriedade teve início em 1986 e com a extinção do ITCG. “Durante todo este tempo ficamos aguardando um contato dos governos que passaram e só tivemos retorno depois que o governador Roberto Requião assumiu”, lembra. “A equipe do ITCG já conhece toda a nossa história e o esforço que fazemos para sobreviver no campo”, enfatiza Olívia.

Entre as preocupações do seu Nelson de Andrade, morador de Taquarinha, sempre esteve a possibilidade de garantir uma aposentadoria e um futuro melhor para a sua família. “Agora que sou realmente dono da terra já posso pensar em aposentadoria e em uma vida digna para minha família quando não tiver mais condições de trabalhar. É um direito de todo o cidadão e que não tínhamos”, relatou, emocionado.

Com a situação fundiária regularizada as famílias poderão ter acesso às políticas públicas como créditos fundiários, financiamentos e até mesmo a benefícios previdenciários e aposentadoria.

As 66 propriedades regularizadas em Campo Largo e Tijucas do Sul possuem em média 3,4 hectares e os moradores praticam agricultura familiar como, por exemplo, cultivos de milho, feijão, apicultura e pequenas criações.

Para o presidente do ITCG, Théo Botelho Marés de Souza, a falta de acesso a terra traz consequências nocivas ao processo de ocupação territorial urbana, dentre as quais a favelização.

Para o diretor de Terras do ITCG, Albari Lejambre, que desde 1976 atua na área de regularização fundiária do Estado, o título valoriza a propriedade e fixa o homem no campo, evitando o êxodo rural e dando terra para as pessoas que realmente valorizam e trabalham na propriedade. Segundo ele, as próximas regiões beneficiadas com a regularização fundiária para o próximo ano estão localizadas nos municípios de Jaguariaíva, Piraí do Sul, Curiúva, Sapopema, Castro e Litoral.

Albari explica que a maioria das famílias sofria por não ter acesso a empréstimos, linhas de créditos, Pronaf, entre outros programas que integram as políticas sociais do Governo Estadual e Federal. “São famílias humildes e que praticam a agricultura familiar de subsistência. Se o Governo não vai até o local, eles jamais teriam recursos e condições de requerer o uso capião das terras devolutas, por exemplo”, destaca.

ITCG –A regularização fundiária é o instrumento que define e consolida a ocupação de terras públicas devolutas e de terras particulares, por agricultores familiares que não têm títulos ou estão em situação de posse.

“A ausência de limites, base para a titulação de propriedades rurais, impossibilita a inserção de milhares de agricultores familiares paranaenses em políticas públicas de desenvolvimento agrário, estaduais e federais, com sérias conseqüências para a sua sobrevivência econômica e reprodução sócio-cultural”, destaca o presidente do ITCG, Théo Botelho Marés de Souza.

A Regularização Fundiária, portanto, além de um dever do Estado em cumprimento à determinação da lei nº. 10.267/2001 significa inclusão social e possibilidade de desenvolvimento sustentável do ponto de vista ambiental.

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Secretaria do Meio Ambiente discute preservação da Bacia do Rio Paranapanema

A secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos promoveu nesta terça-feira (20), em Curitiba, reunião com o Grupo de Trabalho para a elaboração do plano de gestão integrada e preservação da Bacia do Rio Paranapanema com representantes das secretarias do meio ambiente dos estados do Paraná e São Paulo. Do encontro foi elaborado um plano de trabalho consolidado que atenda as necessidades encontradas na extensão da bacia.

“É importante à interação entre os representantes dos dois estados para a elaboração de um plano de gestão em recursos hídricos eficaz que atenda a manutenção, qualidade e quantidade das águas desta bacia”, disse o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

O secretário comentou ainda que o Rio Paranapanema tem uma importância estratégica para o Brasil, que ultrapassa as fronteiras de São Paulo e do Paraná. “Razão pela qual precisamos unir esforços para que sua gestão se dê de forma integrada, vendo-o como um todo e não um estado em cada margem”.

Os estados são responsáveis por cerca 175 km2 que a bacia possui. O Rio Paranapanema passa por 267 municípios, sendo 141 no Paraná. A bacia está subdivida em 12 sub-bacias, que são: Alto Paranapanema, Médio Paranapanema, Pontal do Paranapanema, Cinzas, Itararé, Paranapanema I, Paranapanema II, Paranapanema III, Paranapanema IV, Pirapó e Tibagi.

Cerca de 4 milhões de habitantes residem próximos à bacia, dos quais 62% são paranaenses que, muitas vezes, possuem atividades profissionais relacionadas à bacia.

Para o coordenador de Recursos Hídricos da secretaria do Meio Ambiente do Paraná, José Luiz Scrocaro, a reunião técnica com o Grupo de Trabalho foi um pontapé inicial das atividades que serão desenvolvidas. “Estamos envolvidos para realizar um plano de ação eficaz e para que os trabalhos contribuam com melhores resultados para a recuperação e proteção do Rio Paranapanema”, afirmou.

Durante a reunião técnica, os representantes encaminharam a agenda de atividades, iniciaram o plano de trabalho e também foram apresentados os fundamentos dos Planos Estaduais de Recursos Hídricos dos Estados de São Paulo e Paraná. Foi organizado um grupo de trabalho para Capacitação, Educação Ambiental e Mobilização. O grupo definiu um programa de capacitação para os membros dos seis comitês.

“A capacitação apresentará conceitos básicos de gestão de água para os membros, aspectos quantitativos da água, quais são os instrumentos previstos nas políticas de gestão dos estados e da união, enfim, como formar os técnicos envolvidos no gerenciamento da bacia do Paranapanema”, disse a coordenadora de Recursos Hídricos da secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Rosa Maria Mancini.

Outro importante passo dado durante a reunião foi à elaboração de uma minuta de protocolo de troca de informações entre União e Estados, já que o Rio Paranapanema é de responsabilidade da União.

Cooperação - O grupo de trabalho foi criado em março deste ano após a assinatura de uma resolução conjunta entre as Secretarias do Meio Ambiente dos Estados de São Paulo e Paraná e Agência Nacional de Águas (ANA) que prevê aproximar as relações entre os órgãos ambientais dos estados para fortalecer as ações realizadas na bacia do Rio Paranapanema.


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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