Panorama
 
 
 

POLÍTICA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS NO BRASIL AVANÇA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Outubro de 2009

23 de Outubro de 2009 Comissão Especial de Fontes Renováveis de Energia da Câmara aprovou na quarta-feira (21), por unanimidade, o texto do relator Fernando Ferro (PT-PE)

A Comissão Especial de Fontes Renováveis de Energia da Câmara aprovou na quarta-feira (21), por unanimidade, o texto do relator Fernando Ferro (PT-PE). Com isso, avança o que pode um novo marco regulatório, vital para o crescimento do setor de renováveis no Brasil.

A aprovação foi feita em acordo com o deputado Fernando Marroni (PT-RS), que foi contra a taxa de contribuição das termelétricas fósseis para o Fundo Nacional para Pesquisa e Desenvolvimento das Fontes Alternativas Renováveis. De acordo com o relatório, parte desse fundo seria composto por 5% da receita operacional líquida das térmicas, movidas a partir de combustíveis fósseis. O deputado Fernando Ferro concordou em reduzir esta taxa para 2%.

O próximo passo da comissão é apresentar uma nova versão do relatório, com a incorporação dessa e outras alterações. Os deputados da comissão podem então entrar com recurso solicitando a votação em plenário. Em caso negativo, a proposta – que tem caráter conclusivo - segue diretamente para o Senado.

Das 96 emendas propostas pela comissão, apenas 39 foram aprovadas. O relator optou por não alterar os principais artigos que garantem a contratação de energia renovável por leilões ou chamadas públicas (de acordo com o porte e a conexão do empreendimento) e aceitou incluir algumas propostas no relatório final – como pesquisa de armazenamento de energia e de carros elétricos e híbridos.

Alguns pontos que entraram no texto saíram da proposta do deputado Edson Duarte (PV-BA), escrita com a colaboração do Greenpeace e que trata do estabelecimento de uma tarifa feed-in. Essa tarifa reduz o risco para os empreendedores, ao conectar os geradores e as distribuidoras de energia.

Também contribuíram ao relatório de Ferro os projetos do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) – que propõe programas para a geração de energia renovável descentralizada ou em sistemas isolados – e do deputado Guilherme Campos (DEM-SP) – que institui a renúncia fiscal para a importação de equipamentos para a geração a partir de fontes renováveis.

Os principais pontos do relatório referem-se ao direito de distribuir energia gerada por parques eólicos, usinas a biomassa ou painéis fotovoltaicos conectados à rede ou em comunidades isoladas. O texto garante aos geradores o direito de vender sua energia às concessionárias por meio de contratos de longo prazo, o que dá um mínimo de segurança aos investimentos em geração renovável. Outro ponto importante é a isenção de pagamento de tarifas de transmissão destes empreendimentos, o que reduz os custos finais para o gerador.

O incentivo ao uso de aquecimento solares em casas, previsto na lei, embute um estímulo à eficiência energética, por garantir a redução da tarifa de eletricidade das residências que instalarem os coletores, além da economia na conta de luz pela redução no uso do chuveiro. Ferro também propõe a criação de um fundo para a pesquisa e desenvolvimento de energias renováveis, essenciais para a capacitação tecnológica e técnica do país e a produção de equipamentos renováveis adaptados para melhor aproveitarem o potencial nacional das energias renováveis.

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Comunitários bloqueiam e retém balsa com madeira ilegal no rio Arapiuns

21 de Outubro de 2009 Santarém, Brasil — Moradores da Gleba Nova Olinda pressionam o governo do Pará por soluções para o caos fundiário e ambiental na região

Duas balsas carregadas de madeira ilegal estão, desde o último sábado, retidas por moradores da Gleba Nova Olinda, no município de Santarém, oeste do Pará. A quantidade retida de madeira está estimada entre 500 e 600 toras, algo em torno de 1,5 mil metros cúbicos. Após dez dias de iniciado o ´empate´ no rio Arapiuns, cerca de 400 moradores de 25 comunidades seguem mobilizados para impedir a descida de quaisquer balsas transportando madeira. O protesto quer chamar a atenção do governo do Pará para o caos fundiário e a intensa atividade de exploração de madeira na Gleba que, segundo os moradores, é ilegal. De acordo com relatos locais, a cada semana de cinco a dez balsas de madeira descem o rio.

O bloqueio, iniciado no feriado de 12 de outubro, acontece dois anos depois da chamada descentralização da gestão florestal na Amazônia. Quando a competência pelas autorizações por novos planos de manejo passou para os estados, a expectativa era de agilizar o combate à ilegalidade. No entanto, o que aconteceu na realidade foi que as deficiências dos órgãos estaduais de meio ambiente diminuíram o controle sobre o fluxo da produção de madeira amazônica. Ainda que a situação no estado do Pará seja bastante crítica, essa é a realidade de outros estados da Amazônia também. “Infelizmente, além de toda a problemática socioambiental ligada à exploração ilegal de madeira, esse despreparo dos órgãos ambientais compromete a meta de redução de desmatamento e põe em risco o potencial das florestas no combate ao aquecimento global. As florestas degradadas pela extração madeireira inadequada estão condenadas a uma morte lenta” argumenta Raquel Carvalho, da campanha Amazônia do Greenpeace.

Ontem, 20/10, representantes do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Santarém (STTR) e da ONG Terra de Direitos sobrevoaram a Gleba para documentar a situação das áreas degradadas que foram detectadas com auxílio de imagens de satélite. Pelo menos cinco pontos de exploração, totalizando cerca de três mil hectares, já foram degradados.

Apesar dos boatos de violência que circulam na cidade de Santarém, o clima na comunidade São Pedro, onde acontece o “empate”, é pacífico. Ao longo do dia, pessoas de todas as idades fazem atividades educativas, repassam informações e discutem os próximos passos da mobilização. Por meio de uma rádio improvisada, a “Rádio comunitária São Pedro”, os moradores organizam também as tarefas diárias que incluem abastecimento e preparação da comida, limpeza da praia, serestas e outras atividades culturais. “Não temos ninguém mandando a gente agir, temos gente mais experiente que orienta e discute, mas somos um coletivo, todas as pessoas têm espaço” disse Dinael Cardoso, 38 anos, da Comunidade Braço Grande.

No dia 14 de outubro, em reunião com entidades do movimento social, representantes de órgãos de governo do Pará, incluindo Sema, Ideflor e Iterpa, assumiram o compromisso de fiscalizar as áreas alvo de exploração e a expectativa é que isso aconteça ainda esta semana. “Até que a situação fundiária na Gleba seja definida, queremos assegurar que essas florestas não serão destruídas. Enquanto o governo não fiscalizar as áreas e apresentar um relatório, o rio Arapiuns permanecerá bloqueado e a madeira não será liberada” disse Manoel Edvaldo, vice-presidente do STTR.

 


 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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