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TERRAS GRILADAS NA AMAZÔNIA SÃO ANUNCIADAS PARA VENDA NA INTERNET

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2009

21 de Outubro de 2009 - Karina Cardoso - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Alguns sites de venda de imóveis na internet estão anunciando a venda de terras ocupadas ilegalmente na Amazônia. É o caso de fazendas que foram divulgadas no site MF Rural, cuja sede está localizada em São Paulo.

Segundo o coordenador do Terra Legal, programa de regularização fundiária do governo federal, Carlos Guedes, os imóveis oferecidos na internet não constam no cadastro oficial de propriedades privadas.

“Ficou comprovado por meio da nossa análise que, além de não serem terras particulares - serem em terras públicas - boa parte dessas áreas estava sobre unidades de conservação e de terras indígenas já demarcadas pelo governo federal”, afirmou.

As terras divulgadas no site estão em Lábrea, no sul do Amazonas. A região integra a lista dos 43 municípios responsáveis pela metade do desmatamento na Amazônia, segundo os dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Agora, o site MF Rural será questionado na Justiça. “A partir dos efeitos que podem ser tomados na esfera judicial, nós vamos procurar, do ponto de vista administrativo, avançar nessa investigação, utilizando pra isso a continuidade dessas iniciativas na área de inteligência com o sistema de proteção da Amazônia”, disse Guedes.

O responsável pelo endereço eletrônico do MF Rural, Wilson Oslis Sanchez Lucas, se defende das acusações ao afirmar que o site faz somente a divulgação das terras a serem vendidas.

“Os responsáveis pelo anúncio são as pessoas que anunciam e não a rádio, o jornal ou um site pela internet. Sendo que a internet não negocia, ela apresenta os produtos, mas não é responsável”, afirmou.

Wilson Lucas informou ainda que os anúncios continuam no site para que a Justiça possa chegar aos responsáveis pelas terras ilegais.

Um recente recadastramento de terras em Lábrea aponta que 46 dos 120 imóveis na região não têm posse legalizada. Mais 200 imóveis tiveram o cadastro suspenso no ano passado.

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Brasil tem que defender meta global de emissões, diz consultor do Ministério do Meio Ambiente

29 de Outubro de 2009 - Luana Lourenço* - Enviada Especial - Belém - A posição brasileira para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, em dezembro, em Copenhague (Dinamarca), só deve ser definida na próxima semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A principal ideia em discussão é a do Ministério do Meio Ambiente (MMA), de reduzir as emissões nacionais de gases de efeito estufa em 40% até 2020, baseada principalmente na queda do desmatamento. Um dos autores da proposta, o consultor do MMA, Tasso Azevedo, argumenta que o Brasil deve ir além e defender uma meta global de emissões.

“O Brasil tem a obrigação de propor uma meta global. É preciso liderar para que os países desenvolvidos saiam do imobilismo”, defende.

Os ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores – encarregado da negociação diplomática – têm ressalvas a compromissos mais ousados sem que haja contrapartida dos países ricos, que, segundo as regras internacionais do clima, contribuíram mais para o aquecimento do planeta e por isso têm que assumir responsabilidades maiores no enfrentamento do problema.

Segundo Azevedo, sem um limite global de emissões, “que diga quanto o planeta poderá emitir”, não é possível fechar a conta para definir mecanismos compensatórios, como a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd). O risco é que os países desenvolvidos comprem créditos de reduções feitas por outras nações e continuem a emitir gases estufa sem restrições.

“O Redd não pode cometer o mesmo erro do MDL [Mecanismo de Desenvolvimento Limpo], que é falido do ponto de vista da redução de emissões”, avalia.

A pouco mais de um mês da reunião, Azevedo teme a movimentação internacional em torno de um plano B para Copenhague. Alguns negociadores já cogitam adiar para meados de 2010 a decisão sobre o novo acordo climático que ampliará o Protocolo de Quioto . “Isso é desonesto com o processo. Temos forçado a barra para não deixar a bola cair e forçar uma decisão em Copenhague.”

Um dos freios da negociação, segundo Azevedo, é a expectativa internacional pela posição dos Estados Unidos, que podem chegar à conferência sem a lei climática nacional votada pelo Senado. “Estamos sendo complacentes com os EUA, o mundo está esperando a lei americana para definir o que os outros países poderão fazer. Isso é um absurdo, porque o que eles pretendem fazer é muito pouco.”


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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