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GOVERNO VAI REORDENAR A OCUPAÇÃO NA ILHA DO MEL

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Novembro de 2009

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e suas autarquias, Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG) e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) trabalharão em conjunto para regularizar e reordenar os moradores e comerciantes da Ilha do Mel, no litoral do Estado. A resolução conjunta número 006 de 2009 dispõe sobre os procedimentos administrativos relativos às concessões de uso na Ilha do Mel, sua respectiva remuneração e taxa de transferência.

“A ideia é garantir aos moradores nativos da Ilha o direito ao título de concessão de uso dos lotes e, por conseguinte, aumentar o nível de preservação do local, evitando ocupações irregulares e especulação imobiliária”, declarou o secretário Rasca Rodrigues. Segundo ele, o ordenamento territorial da Ilha é um fato inédito, tendo em vista que o plano de uso e ocupação da Ilha do Mel utilizado até o início deste ano foi criado em 1982.

“Com a aprovação da Lei 16.037, sancionada em fevereiro desse ano, que diz respeito às regras para zoneamento ambiental e diretrizes para uso e ocupação da região, será possível regulamentar tudo aquilo que existe em relação às questões fundiárias da Ilha”, completou o secretário. Ele explicou que o reordenamento envolverá a criação de mapas, cadastro de moradores, bem como normas para procedimentos essenciais para construção de escolas e hospitais, por exemplo.

CONCESSÃO DE POSSE - A resolução conjunta SEMA, IAP e ITCG foi assinada com o propósito de fazer cumprir as determinações da Lei, aprovada pela Assembleia Legislativa. O novo zoneamento cria condições e estruturas que reforçam a proteção e a preservação da ilha - Patrimônio da União e Sítio do Patrimônio Mundial Natural da Unesco.

“Para que se possa entender a importância do processo de regularização fundiária para a Ilha do Mel é importante saber que todos os lotes e terrenos habitados na Ilha pertencem a União, que repassou a administração da Ilha do Mel ao Governo do Paraná, no início da década de 80, em regime de concessão de uso”, conta o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko. “Além disso, nenhum morador da Ilha paga qualquer tipo de taxa ou imposto público”, completa.

Ele ressalta que o novo zoneamento da Ilha do Mel - instituído e devidamente discutido com a comunidade e Conselho Gestor – só permite a transmissão das concessões de uso dos lotes de terrenos da ilha mediante autorização do IAP, que administra a Unidade de Conservação.

De acordo com dados do IAP, moram 1.180 pessoas na Ilha, em 667 residências e existem 128 comércios espalhados em sua extensão.

Para garantir a transparência no processo junto aos moradores, os órgãos envolvidos farão neste mês de novembro quatro audiências públicas com os moradores e comerciantes de todas as comunidades da Ilha (Fortaleza, Nova Brasília, Farol e Encantadas) para ouvir a opinião dos moradores sobre a proposta e apresentar – passo a passo – o caminho para que todos possam regularizar suas situações.

O presidente do ITCG, Theo Botelho Marés de Souza, conta que atualmente os residentes e comerciantes da Ilha estão cadastrados junto ao IAP, mas não possuem os títulos de uso das suas propriedades.

Após as audiências, o ITCG fará um levantamento ocupacional e a medição dos imóveis cadastrados na Ilha. A partir daí, os moradores e comerciantes poderão requerer a concessão de uso, desde que apresentem a documentação necessária.

A resolução só abrange os terrenos cedidos, sob o regime de aforamento, ao Estado do Paraná e que estão efetivamente ocupados, com área mínima de 500 metros quadrados. Todos os moradores que tiverem interesse em requerer a concessão de uso deverão encaminhar aos técnicos do ITCG certidão de nascimento, casamento, RG e CPF, documentos da ocupação, caso não resida no imóvel, documento que comprove o domicílio.

Após a apresentação da documentação, o ITCG fará a vistoria do imóvel - pautado no plano de sustentabilidade da Ilha do Mel.

“Será elaborada a planta do lote, contendo memorial descritivo, dados das edificações, como parâmetros construtivos, material utilizado, altura e estado de conservação das construções”, explica Théo Botelho Marés de Souza. Segundo ele, após estes procedimentos o governo emitirá o Título de Concessão de Uso, assinado pelo governador Roberto Requião.

Segundo Paulo Nogueira, coordenador da Ilha do Mel, a regularização fundiária é uma antiga cobrança dos próprios ocupantes da Ilha que querem trabalhar e morar no local em consonância com a legislação. “A proposta vem ao encontro das solicitações da própria comunidade local, pois eles sabem da importância que é a regularização. Com a regularização poderemos controlar o pagamento das taxas de ocupação, pois eles estarão pagando algo que é realmente deles”, afirmou.

PAGAMENTO DE TAXAS - Com a emissão do novo título de concessão de uso, o procedimento administrativo será encaminhado ao IAP para a emissão de boleto bancário para pagamento da taxa de transferência. A taxa de transferência corresponderá a 5% do valor do imóvel, incluindo a benfeitoria, e utilizando o valor do metro quadrado instituído para pela Secretaria de Patrimônio da União no Paraná e atualizado anualmente.

A nova resolução, conforme a Lei prevê que a remuneração pela concessão de uso terreno na Ilha do Mel, seja fixada da seguinte forma: 2% do valor do terreno, ao ano, para concessão residencial, pagável à vista ou em sete parcelas mensais. Já para a concessão comercial, o valor corresponderá a 3% do valor do terreno que também poderão ser pagas à vista ou em sete parcelas mensais, no máximo.

Alcione Valentin é, ao mesmo tempo, comerciante e morador da Ilha, além de presidente da Associação dos Nativos da Ilha do Mel. “Aprovo a iniciativa, pois acho que ela é benéfica para todos e para a Ilha. Fico feliz com a realização das audiências para que todos tenham conhecimento da proposta”, disse Valentin.

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Desenvolvimento sustentável do litoral do PR é mostrado em conferência internacional

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos expõe, até esta sexta-feira (13), suas ações para o desenvolvimento sustentável da costa paranaense. O Programa Zoneamento Marinho do Paraná “Mar e Costa” é o primeiro a integrar o portal do Sistema de Informações do Gerenciamento Costeiro e Marinho (Sigercom), do Ministério do Meio Ambiente. Ele é apresentado na 9.ª Conferência Internacional sobre Recifes Artificiais e Habitats Aquáticos Relacionados, realizada em Curitiba, desde segunda-feira (8). O evento é promovido a cada quatro anos em um país do Hemisfério Sul.

As baías de Paranaguá, Guaratuba, Antonina e Guaraqueçaba - com 52 mil quilômetros quadrados – abrigam um dos mais ricos sistemas marinhos do mundo. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, os ecossistemas costeiros e marinhos do Paraná são extremamente ricos em biodiversidade. “É muito importante que tenhamos ações voltadas a sua conservação devido à constante pressão da atual dinâmica de uso e ocupação da área litorânea.”

Nesta quinta-feira (12), o coordenador estadual do Programa Paraná Mar e Costa, Paulo Roberto Castella, e técnicos da Secretaria participam do workshop “Recifes Artificiais como Ferramenta Alternativa para a Gestão Ambiental e Socioeconômica na Zona Costeira Brasileira.” Os recifes são estruturas sólidas que servem de habitat para organismos marinhos. Eles podem ser de origem natural, como os feitos pelos corais, ou artificiais, fabricados com galhos, pedras e até mesmo navios e outras estruturas de metal, afundadas.

Castella explica que o Programa paranaense atua no desenvolvimento sustentável e busca a qualidade ambiental das áreas litorâneas, localizadas no estuário lagunar paranaense. Para garantir a proteção do estuário, a Secretaria do Meio Ambiente construiu um sistema de informações com dados de navegação, diagnósticos dos meios físico, químico e biológico, levantamento de maricultura e pesca e contaminação da água. É um dos levantamentos mais completos do País. “Entre as atividades do programa está o licenciamento ambiental para produção de ostras e mariscos – nunca antes idealizado no Paraná – e o monitoramento da qualidade ambiental em toda área costeira do Estado”, conta Castella.

A partir das ações do Programa o CD Paraná Mar e Costa – Subsídios ao Ordenamento das Áreas Estuarinas e Costeiras do Estado foi produzido, para divulgar o trabalho realizado. O programa traz informações sobre as potencialidades e fragilidades de cada área ou ecossistema e de cada uma das 103 comunidades ribeirinhas que habitam o litoral paranaense.

PARTICIPAÇÃO - A Secretaria também está com um estande montado na 9.ª Conferência Internacional sobre Recifes Artificiais e Habitats Aquáticos Relacionados. O zoneamento marinho está sendo apresentado por meio de exposição fotográfica.

O diretor executivo da ONG MarBrasil - que trabalha com recifes artificiais, em Pontal do Sul, Alexandre Rycheta Arten, destaca que é muito importante para o Paraná sediar um evento deste porte. “Especialistas renomeados expõem temas que amadurecerão nosso conhecimento sobre corais.”

O evento acontece até o próximo dia 13 de novembro na Sala de Eventos do Teatro Positivo - Pequeno Auditório.


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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