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PARCERIA EM AÇÃO ECOLÓGICA VAI PERMITIR PLANTIO DE 10 MIL ÁRVORES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2009

(13/11/2009) Uma parceria que envolve o projeto “Tarumã Vivo” da Embrapa Amazônia Ocidental, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Associação Agrícola Rural do Ramal do Pau Rosa (Assagrir) e a Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas (SEC) permitirá o plantio de dez mil mudas de árvores frutíferas e florestais em comunidades da zona rural de Manaus, como compensação ambiental das emissões de carbono do 6º Amazonas Film Festival, evento internacional que ocorreu de 6 a 12 de novembro em Manaus.

A parceria socioambiental visa à restauração da floresta na área do Assentamento Tarumã-Mirim, onde assentados utilizam a floresta para produção de carvão e a retirada de madeira. Os comunitários querem deixar de vez a fumaça e a motosserra e passar a produzir alimentos e madeira, numa luta conjunta a favor da biodiversidade.

A pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental, bióloga Joanne Régis, coordenadora do projeto Tarumã Vivo, explica que as árvores contribuem para a absorção de carbono, preservação da biodiversidade e dos recursos hídricos. Para a pesquisadora, “a idéia é abater as emissões e recuperar áreas degradadas, evitar que áreas já abertas sejam mal conduzidas e abandonadas e melhorar a produção agroflorestal”, disse.

O projeto “Tarumã Vivo” tem realizado doações de mudas para pequenos proprietários rurais que desejam recompor reservas legais e áreas de preservação permanente, conforme exige a legislação ambiental.

Outra ação do projeto é a implantação de “Viveiros Educadores”, que funcionam como espaços de aprendizagem, procurando incorporar a dimensão educadora no processo, sendo a produção de mudas tratada como oportunidade para identificar problemas e alternativas, buscando o enfrentamento para a
problemática socioambiental.

Além dos plantios e viveiros, a equipe da Embrapa e parceiros - como o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam) do campus Manaus zona leste - têm oferecido cursos, palestras e participado de reuniões em busca de soluções para os problemas agroambientais locais.

O objetivo é estimular o surgimento de novas iniciativas que fortaleçam a atuação da comunidade e haja uma ampliação dessas ações para outras áreas do assentamento. Até 2011, as metas visam ampliar os plantios para novas áreas, realizar dias de campo e ministrar novos cursos e palestras para capacitação.

“O trabalho realizado com os parceiros tem feito a diferença no assentamento. Começamos a viver com dignidade”, afirma o agricultor Antonivaldo Sousa, líder da Assagrir. Segundo Lauriene Faraco, técnica da Secretaria de Cultura, a compensação ambiental do evento de cinema visa também “a melhoria da qualidade de vida de pequenos produtores em uma área com forte pressão antrópica e impactos
ambientais negativos”.

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Eventos avaliam impactos ambientais da produção de girassol na obtenção de biocombustíveis

(10/11/2009) O Projeto de Pesquisa em Rede sobre Biodiesel da Embrapa já avaliou oleaginosas com potencial de geração de biocombustíveis, como dendê, mamona, soja e canola. Agora é a vez do girassol. Em 24 e 25 de novembro, a equipe do projeto promove curso e dia de campo sobre avaliação de impactos ambientais da produção de girassol na obtenção de biocombustíveis no Centro Universitário do Sul de Minas – UNIS e em propriedade rural em Três Pontas, MG, respectivamente. São parceiros a Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) e a usina Biosep - Biodiesel e Agronegócio.

O cultivo do girassol vem aumentando no Brasil, impulsionado principalmente pelo interesse da região Centro-Oeste e Sudeste em culturas de sucessão à safra de verão, denominada “safrinha”.

A política brasileira de incentivo à produção de biodiesel, dentre as oleaginosas disponíveis, tem tido distintos resultados de acordo com as particularidades regionais e, principalmente, pela matéria-prima utilizada no processo, explica o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Cláudio Buschinelli, um dos responsáveis pelo projeto.

“A opção pelo girassol está associada à ampla vantagem técnica que inclui, além do grande potencial de uso para biodiesel pelo elevado teor de óleo (38 a 47%) e facilidade de extração, outras características como torta de excelente qualidade, possibilidade de adaptação a diferentes condições climáticas, fácil manejo e bom rendimento econômico, em termos de investimento e retorno”, diz o pesquisador.

Entretanto, questões relacionadas à importância do girassol como alimento de nobre valor nutricional, do uso extensivo de terras para a produção de energia e da sustentabilidade dessa expansão, têm sido levantadas como possíveis entraves para o setor agroenergético no médio e longo prazos.

A atenção à cultura do girassol teve início na Embrapa Meio Ambiente há aproximadamente três anos, e já permite inferência sobre o comportamento da cultura dentro do Estado de São Paulo. Na XVIII Reunião Nacional de Pesquisa de Girassol, realizada em Pelotas, RS recentemente, a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Nilza Patrícia Ramos apresentou os resultados do último monitoramento paulista das safras 2007/08 e 2008/09.

“Esse estudo aponta para redução na área plantada”, diz Nilza. Segundo o Levantamento de Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo – Lupa, o girassol foi cultivado em aproximadamente 1.055 ha na safra 2007/08, distribuído em diferentes municípios paulistas, com destaque para as micro-regiões de Casa Branca e Reginópolis.

Em 2008/09 a área plantada ficou em aproximadamente 1.100 ha, com médias de produtividade próximas a 1.300kg/ha e cultivo no período de safrinha - semeadura entre fevereiro-março, após milho e soja. “O cultivo como segunda cultura ou de safrinha apresenta vantagens sob o ponto de vista de melhor uso e aproveitamento da terra, redução no consumo de insumos e geração complementar de receita”, explica a pesquisadora.

“No Estado, a produção de grãos tem sido destinada basicamente ao mercado de óleo alimentício, com pequena parte para forragem e alimentação de pássaros, sem expressão como matéria-prima para a geração de biodiesel”, completa Nilza.

Notou-se que a soja é a matéria-prima mais empregada nas usinas paulistas, seguida pelo sebo bovino. Os principais problemas enfrentados pelos produtores para a cultura do girassol são a falta de produtos para controle fitossanitário registrados, dificuldade de semeadura, em função da necessidade de melhor classificação de sementes, ataque de pássaros em áreas pequenas e dificuldade de comercialização da produção.

Já como necessidade de pesquisa foram identificadas oportunidades relacionadas ao controle de pássaros, zoneamento de risco climático para doenças, cultivo em sistemas integrados e consórcios, potencial para cultivo em áreas de reforma de cana-de-açúcar a partir do desenvolvimento tecnológico voltado para ciclo precoce, tolerância à alternaria e atenção a herbicidas com longos períodos residuais (usados em cana-de-açúcar).

Curso e dia de campo

O curso irá abordar a realidade e as perspectivas do cultivo de girassol no Brasil e a prática de avaliação socioambiental dessa cadeia produtiva para geração de biodiesel.

O dia de campo irá demonstrar procedimentos de avaliação e gestão ambiental de estabelecimentos rurais no sentido de oferecer aos produtores um mecanismo integrado das relações entre a atividade produtiva e a qualidade do ambiente. Para tanto, será aplicado o Sistema APOIA-NovoRural; uma ferramenta de análise de estabelecimentos rurais, que orienta as ações produtivas seguindo critérios de sustentabilidade.

Haverá visita técnica ao campo de cultivo, ao estabelecimento e início da avaliação, com análise de indicadores, entrevista ao produtor e preenchimento das planilhas eletrônicas do Sistema APOIA-NovoRural, além de debate sobre o desempenho ambiental do estabelecimento e proposição de práticas de manejo e tecnologias.

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Pinhão Manso contibuirá para o Programa Nacional de Biodiesel

(11/11/2009) Com a palestra “Política Pública para Pinhão Manso”, o representante da Casa Civil, José Honório Accarini, apontou os desafios enfrentados para a estruturação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) durante o I Congresso Brasileiro de Pesquisa em Pinhão Manso, que acontece em Brasília até o dia 12 de novembro.

“O uso do biodiesel cumpre importante papel na diminuição nos gastos com importação do óleo diesel. Atualmente, o diesel responde por cerca de 50% de todos os combustíveis líquidos e, desse volume, o Brasil importa 10%. A adição progressiva do biodiesel, além das outras vantagens, permitirá diminuir a importação desse derivado de petróleo e aumentar a segurança energética do país”, complementou o representante da Casa Civil.

Na oportunidade, Accarini explicou a relação entre o PNPB e a agricultura familiar. O Programa tem um forte componente de inclusão social com o apoio à agricultura familiar. Para tanto, foi estabelecido o Selo Social para o biodiesel produzido a partir de matérias- primas oriundas desses produtores. Além disso, a agricultura familiar, onde estiver presente no País, terá redução de 61% de ICMS, garante.

Ao falar do uso de matérias-primas, o palestrante enfatizou que não se pode pensar apenas na produção do biodiesel, sendo necessário fazer uso de todos os co-produtos e resíduos. Portanto, deve ser feita uma análise completa, para um melhor aproveitamento, salienta Accarini.

Um dos aspectos importantes do Congresso é a busca pela diversificação das matérias-primas, para que o PNPB não fique tão dependente da soja, vegetal que atualmente responde por 84% da produção de todo o biodiesel em todo o país. O pinhão manso tem grande potencial, por ser uma cultura que não compete com a cadeia alimentar.

A antecipação para janeiro de 2010 da mistura de 5% do biodiesel a todo o óleo diesel consumido no Brasil, exigirá a produção de 2,3 bilhões de litros do biocombustível por ano, com valor estimado em US $ 2,8 bilhões. “É um volume de recursos diretamente repassado para o setor produtivo brasileiro, em função de um programa governamental”. Ele complementou que esse programa precisa da estreita cooperação dos governos, da pesquisa, dos agricultores, dos industriais e dos consumidores para dar certo e trazer os benefícios esperados para o país.


 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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