Panorama
 
 
 

ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTURA ORGÂNICA COMPLETA 20 ANOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2009

16/11/2009 - A procura por maneiras mais sustentáveis de plantar alimentos já é discutida há décadas. A Associação de Agricultura Orgânica – AAO, que apóia essa discussão, comemorou seus 20 anos no último sábado dia 14.11, no Parque da Água Branca, em São Paulo. O secretário de estado do Meio Ambiente, Xico Graziano, e o diretor do departamento de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria do Meio Ambiente – SMA, Ricardo Viegas, participaram das comemorações.

A Associação é uma organização não-governamental – ONG, que tem como proposta defender e apoiar a produção de alimentos de alto valor nutritivo por processos naturais, não poluidores e socialmente justos. A AAO foi a primeira ONG brasileira a criar normas de produção orgânica e a agroecologia. O movimento de agricultura alternativa – como era chamada na época, eclodiu no Brasil na década de 70, com a contribuição do agrônomo e ecologista, José Lutzemberger. “Ele era um revolucionário total, um filósofo”, como definiu Graziano.

Fomentado pelas políticas públicas do projeto governamental de modernização da agricultura, Graziano foi também um dos idealizadores do modelo verde de produção agrícola, levando um expressivo número de agrônomos a repensar seus paradigmas e fundamentos técnicos profissionais. “O meu envolvimento com esse movimento, é uma paixão, de longa data. Eu não podia deixar de estar aqui com os colegas para essa confraternização tão importante”, acrescentou o secretário. Participaram também do evento a senadora Marina Silva e o vereador José Luís de França Penna, do Partido Verde.
Texto: Rosely Ferreira

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Economia verde foi discutida em seminário internacional

27/11/2009 - Professores, pesquisadores, estudantes e empresários da Europa, Estados Unidos e América Latina discutiram nesta sexta-feira, 27.11, as regulamentações necessárias ao agronegócio. O secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano, esteve entre os debatedores e apresentou dados do Zoneamento Agroambiental para o Setor Sucroenergético e defendeu as novas oportunidades de negócios com a economia verde.

O VII International Pensa Conference, foi promovido pelo Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial, um centro avançado de pesquisa em agronegócios da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo FEA/USP. Graziano debateu a temática junto com a professora doutora Elizabeth Farina, da USP, Roberto Waack, presidente da Amata S/A e do Conselho Internacional do Forest Stewardship Council (FSC), e Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar – ÚNICA.

Os debatedores apresentaram uma visão de um novo mercado a partir dos próximos anos e apontaram para uma grande mudança de paradigma na economia. “Nós temos um novo desafio, que talvez não seja mais o conceito de sustentabilidade, mas de uma economia de baixo carbono, que eu prefiro chamar de economia verde. O mundo vai sofrer uma mudança de paradigma na economia, uma mudança no modelo de produção e consumo que começa agora e vai ser concretizada nos próximos 30 anos”, apontou Graziano.

Para o secretário o governo terá um papel fundamental nesse contexto. “Essa grande transformação da economia exige o ativismo. Nosso maior desafio é a redução da emissão dos gases de efeito estufa e isso não significa frear o desenvolvimento econômico, mas aproveitar as novas oportunidades de negócios. A Política Estadual de Mudanças Climáticas vai ajudar no surgimento de novos setores, novos empreendimentos e novos empresários”, defendeu.

O Zoneamento Agroambiental para o Setor Sucroenergético no Estado de São Paulo, que visa ordenar a ocupação do solo e nortear o licenciamento desse tipo de empreendimento, também foi discutido. O presidente da ÚNICA ressaltou a importância de sua assinatura. “Nós produzimos 30% da bioenergia gerada no Estado de São Paulo e 61,4% da produção de etanol do Brasil, temos, portanto, muito a colaborar com o desenvolvimento sustentável”, disse.
Texto: Lucas Campagna

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Reserva legal é tema de discussão em encontro sobre biodiversidade

17/11/2009 - A questão da reserva legal nas propriedades rurais continua a dominar o debate quando se juntam ambientalistas e ruralistas. Foi o que aconteceu na abertura do I Encontro Paulista de Biodiversidade – Floresta e Sustentabilidade, ocorrido no auditório da Fundação Mokiti Okada, em São Paulo. O evento, organizado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, vai se estender até a próxima quarta-feira, 18.11, com palestras e discussões sobre economia, mudanças climáticas, restauração de áreas florestais, pagamento por serviços ambientais e outras questões.

Na sessão de 16.11, Helena Carrascosa, coordenadora de Biodiversidade e Recursos Naturais, da SMA, mediou um debate que reuniu Eduardo Pires Castanho, do Instituto de Economia Agrícola – IEA, Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cláudio Pádua, do Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPE, e Ricardo Rodrigues, do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal – LERF, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz, da Universidade de São Paulo – SP.

Helena Carrascosa, com base em um levantamento sobre a aptidão das terras para produção agrícola e as áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos, propôs a destinação de áreas com alta declividade, restrições climáticas, alta suscetibilidade a erosões e outras para a preservação florestal. Por outro lado, áreas com menor relevância para a conectividade necessária para a manutenção da biodiversidade seriam destinadas à produção agropecuária. Propôs ainda a definição de áreas em que a necessidade de preservação ambiental se harmonize com os interesses dos produtores rurais. São áreas para uso agrícola de menor impacto, como as culturas perenes, atividades com baixo uso de agroquímicos e sistemas agroflorestais, assegurando os fluxos gênicos entre populações de plantas e animais.

O estudo apresentado aponta 7,5 milhões de hectares de áreas de baixa prioridade para floresta e 3,2 milhões de hectares de áreas para alta prioridade para floresta, além de 9,7 milhões de hectares de áreas de média-baixa prioridade para floresta e 3,5 milhões de hectares de áreas de média-alta prioridade para floresta, totalizando 23,9 milhões de hectares. Com estes dados, Carrascosa propõe dois cenários, considerando destinação de 50% e de 30% das áreas de média-alta prioridade para florestas para a recuperação de áreas florestais. No primeiro caso, a agricultura ocuparia 17,9 milhões de hectares contra 5,9 milhões de hectares de florestas, e no segundo, respectivamente, 18,9 milhões de hectares e 5,2 milhões de hectares.

A questão da reserva legal que, segundo o Código Florestal, é de 20% das propriedades, chegando a 80% nas áreas de florestas amazônicas, foi duramente criticada por Eduardo Pires Castanho, para quem a exigência inviabilizaria a agricultura. O técnico considera que a reserva legal constitui um bem público, cujo custo deve ser bancado pela sociedade. No seu entender, em São Paulo, uma propriedade em área com alta aptidão para a agricultura teria de sacrificar 20% para manter uma reserva legal, além de arcar com o custo de implantação de uma floresta nativa estimado em R$ 7 mil por hectare. Castanho defende primeiro a elaboração do zoneamento agrícola, com as florestas recebendo pagamento por serviço ambiental prestado.

Atualmente, o Estado de São Paulo conta com 325 mil propriedades rurais, totalizando 20 milhões de hectares, dos quais, segundo o Código Florestal, 4 milhões de hectares seriam de reserva legal. Castanho, que defende o investimento do Estado na recuperação dessas áreas, estima gastos da ordem de R$ 37 milhões anuais nos próximos 30 trinta anos, ao final dos quais, só para manutenção seria necessário R$ 1 bilhão por ano. “Isso significa algo em torno de 3% do ICMS do setor agrícola do Estado”, afirmou.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira – SRB, Cesário Ramalho da Silva, propôs uma nova leitura das imagens de satélite para amenizar o que ele chamou de “ênfase exclusivamente ambientalista da discussão”. No seu entender, o Código Florestal, que instituiu a figura da reserva legal em 1965, está superado.

Ricardo Rodrigues, do LERF, defendeu a necessidade do setor agrícola buscar a melhor produtividade com o menor impacto possível. Informou que pastagens em áreas de Mata Atlântica rendem ao produtor cerca de R$ 170,00 por hectare. Essa mesma área, se ocupada com florestas, proporcionaria um rendimento mais vantajoso ao proprietário rural.
Texto: Newton Miura Fotografia: José Jorge


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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