Panorama
 
 
 

ESTUDO MOSTRA INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA EVITAR PERDAS COM MUDANÇA CLIMÁTICAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2009

25 de Novembro de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O estudo Economia da Mudança do Clima no Brasil: Custos e Oportunidades, que será lançado hoje (25), prevê perdas entre R$ 719 bilhões e R$ 3,6 trilhões até 2050 para a economia por causa das mudanças climáticas. Também aponta investimentos que o país pode fazer para evitar prejuízos e os setores em que é possível reduzir expressivamente as emissões de gases de efeito estufa.

Elaborado por 11 instituições, entre elas o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o estudo lista os investimentos necessários para evitar grandes perdas econômicas com a mudança do clima e calcula que sejam necessários pelos menos R$ 104 bilhões na agricultura, no setor energético e em ações de gestão e políticas públicas para as zonas costeiras, ameaçadas pela elevação do nível do mar.

Na agricultura, por exemplo, o investimento de R$ 65 milhões por ano na modificação genética de arroz – para garantir adaptação à mudança do clima – tem um benefício 8,2 vezes maior que o custo. Para a soja, a vantagem é 16,7 vezes maior que o investimento.

A previsão do estudo para o setor elétrico é que serão necessários investimentos de US$ 51 bilhões para garantir a instalação de capacidade extra de geração de energia, já que as hidrelétricas perderão potencial com a diminuição da vazão dos rios, provocada pela redução de chuvas nas regiões Norte e Nordeste. “De preferência com geração por gás natural, bagaço de cana e energia eólica”, sugere o relatório.

A proteção das zonas costeiras somaria R$ 3,72 bilhões até 2050, cerca de R$ 93 milhões por ano.

A conservação da floresta, os biocombustíveis e a taxação de carbono são listados como oportunidades de mitigação das emissões nacionais de carbono.

A produção de etanol pode evitar o lançamento de 187 milhões a 362 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente na atmosfera, de acordo com o estudo. A taxação do carbono entre US$ 30 e US$ 50 por tonelada (R$ 52 a R$ 86) emitida reduziria as emissões brasileiras entre 1,16% e 1,87%, com impacto no Produto Interno Bruto (PIB) de 0,13% e 0,08%, respectivamente.

O relatório também aponta a vantagem da redução do desmatamento na Amazônia a partir do pagamento pela manutenção da floresta em pé. “Um preço médio de carbono na Amazônia de US$ 3 por tonelada, ou US$ 450 por hectare, desestimularia entre 70% e 80% a pecuária na região”, de acordo com o texto.

A pesquisa foi inspirada no Relatório Stern, estudo britânico que em 2006 calculou o custo da mudança climática em 20% do PIB global e apontou a necessidade de investimentos da ordem de 1% das riquezas do planeta para evitar os prejuízos causado pelo clima.

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Minc diz a deputados que agricultura tem sido solução para preservação do meio ambiente

24 de Novembro de 2009 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (24) que sua área tem cada vez mais concordâncias com a agricultura, que, segundo ele, tem se tornado também uma solução para a preservação do meio ambiente e a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Ao participar de audiência pública da comissão especial que discute as propostas dos novos códigos Ambiental e Florestal brasileiros, Minc disse que, para que os agricultores possam se adequar à legislação ambiental, será criado o programa Mais Ambiente. Ele informou que o acordo que possibilitará a implantação do programa já foi feito com os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.

Diferentemente dos encontros entre Minc e representantes dos produtores rurais, geralmente marcados por polêmicas e confrontos verbais, na audiência desta tarde, alguns deputados elogiaram a postura do ministro e disseram que, das quase 50 audiências em que ele esteve presente no Congresso, desde que assumiu a pasta do Meio Ambiente, esta foi a que registrou mais pontos de consenso entre as duas partes.

Para o relator da comissão especial, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), no entanto, a situação no campo é menos tranquila do que afirma o ministro Carlos Minc. Na audiência, Rebelo disse ao ministro que ele e membros da comissão visitaram os estados de Mato Grosso, de Rondônia e do Pará e encontraram no campo uma “população aterrorizada”.

“O que vi me deixou chocado, estarrecido. O que encontrei foi uma população intimidada, aterrorizada, como se fossem refugiados políticos em seu próprio pais. Em Mato grosso, vimos 1.200 famílias de assentados do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] que estão sem poder receber crédito porque dez das 1.200 propriedades foram multadas”, relatou o deputado. De acordo com Rebelo, nesses estados, os produtores temem as restrições impostas pela legislação ambiental, que dificultam o acesso deles ao crédito

Rebelo disse que a falta acesso a informações por parte dos produtores rurais de algumas regiões do país aumenta a sensação de medo. Ele falou também sobre a situação de alguns produtores da Amazônia que, durante a ditadura militar, foram obrigados a desmatar pelo menos 50% das terras para receber o título de propriedade. Para Rebelo, a consciência ambiental em estados como Mato Grosso, Rondônia e Pará, ainda assim, é maior do que a vista em outros estados.

“Parece que os órgãos do governo marcaram com ferro em brasa esses estados, que são mais preservados do que os estados da maioria dos presentes aqui e onde não vi a consciência ambiental que vi nesses lugares”, comentou Rebelo.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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