Panorama
 
 
 

POVOS INDÍGENAS REIVINDICAM SISTEMA PRÓPRIO DE EDUCAÇÃO ESCOLAR

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2009

26/11/2009 - A I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, realizada entre 16 e 20/12, inaugurou espaço de diálogo entre organizações indígenas, indigenistas, sociedade civil e órgãos governamentais para debater e recomendar diretrizes que orientem políticas educacionais específicas.

"A educação escolar indígena é um direito, mas tem que ser do nosso jeito". Esse foi um dos motes levantados pelo movimento indígena durante a I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, realizada entre 16 e 20 de novembro, em Luiziânia (GO), a 60 km de Brasília. A conferência inaugurou um espaço de diálogo entre os povos e organizações indígenas, universidades, instituições indigenistas, sociedade civil organizada e órgãos governamentais, para a elaboração de um conjunto de diretrizes que orientem as políticas educacionais voltadas aos povos indígenas. Dela participaram representantes de 210 povos indígenas. As discussões foram pautadas por três eixos principais:

:: Educação Escolar, Territorialidade e Autonomia dos Povos Indígenas

:: Práticas Pedagógicas, Participação e Controle Social e - Diretrizes para a Educação Escolar Indígena

:: Políticas, Gestão e Financiamento da Educação Escolar Indígena

A realização da Conferência vinha sendo reivindicada há alguns anos pelos povos indígenas para que pudessem participar diretamente das definições das políticas para as suas escolas de forma legítima e organizada. Foi precedida por 1.862 conferências locais, onde as comunidades tiveram oportunidade de opinar e sugerir mudanças e melhorias para as escolas. (Saiba mais sobre as propostas dos índios do Xingu e dos Ye'kuana e Yanomami). Depois vieram as conferências regionais, em 18 diferentes regiões do Brasil. Nelas foram escolhidos os delegados e delegadas à conferência.

A educação escolar indígena é garantida pela Constituição Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n.9394/96) e pela Resolução CNE/CEB n.03/99 que apontam os princípios para o funcionamento diferenciado de escolas, respeitada a especificidade e autodeterminação dos povos indígenas.

Entretanto, ainda não foram construídos mecanismos operacionais que ordenem e normatizem o atendimento diferenciado das escolas indígenas pelas secretarias estaduais e municipais de educação, resultando em um atendimento semelhante ao ofertado pelas escolas urbanas sem considerar suas especificidades em termos de organização e funcionamento.

Polêmica sobre territórios etnoeducacionais

No sentido de avançar na efetividade do direito a uma educação escolar indígena diferenciada, específica, multilíngüe e intercultural, os povos indígenas aprovaram a construção de um sistema próprio para a educação escolar indígena, com estrutura e normas condizentes com as propostas políticas e pedagógicas das escolas indígenas, fundamentadas nos projetos societários dos diferentes povos indígenas.

O ponto mais polêmico da conferência foi a proposta do MEC de organização da educação escolar indígena por meio de territórios etnoeducacionais, outorgada pelo Decreto Presidencial nº 6861 de 21 de maio de 2009. Em linhas gerais, o território etnoeducacional é uma proposta de reorganização da gestão das escolas indígenas por região, a partir da criação de uma comissão composta por representantes indígenas e de órgãos governamentais e não governamentais com a função de estabelecer um plano de trabalho pactuado para o atendimento às demandas escolares dos povos indígenas de cada região. Leia aqui a moção de protesto contra os territórios etnoeducacionais.

O decreto gerou insatisfação por ter sido promulgado antes dos resultados e diretrizes elaboradas pela conferência nacional. A delegação dos povos indígenas do Nordeste leu em plenária uma moção de repúdio ao decreto pedindo sua revogação enquanto a delegação do Amazonas e alguns povos do Mato Grosso do Sul manifestaram-se a favor dos territórios etnoeducacionais desde que seja mantida a liberdade dos povos em aderir ou não à proposta e que se faça uma revisão do decreto a partir das diretrizes da conferência nacional.

A manifestação considerou o processo aberto de implantação do território em algumas regiões do Amazonas e Pantanal onde já foram iniciados os planos de trabalho pactuados após as conferências regionais. A plenária da conferência condicionou ainda a implantação dos territórios a uma ampla consulta organizada pelo MEC em forma de seminários, para definição do território e esclarecimentos sobre seu funcionamento.

Sistema Específico para a Educação Escolar Indígena

O documento final aprovado teve como principal proposta a criação de um Sistema Específico para a Educação Escolar Indígena a ser organizado, basicamente, a partir de uma Secretaria Nacional de Educação Escolar Indígena, coordenada pelo MEC, um Conselho Nacional dos Territórios Etnoeducacionais e pela Coordenação e Conselhos Territoriais. Estabeleceu ainda um conjunto de propostas sobre a composição do futuro sistema e diretrizes para organização do funcionamento da educação escolar indígena em todos os níveis e modalidades de ensino. O texto também considerou disposições gerais para a educação escolar indígena e disposições transitórias que deverão ser implantadas de imediato até que se constitua o sistema específico.

Os povos indígenas propuseram a realização periódica da Conferência Nacional, precedida pelas conferências nas comunidades educativas, e pelas regionais para a continuidade e manutenção do diálogo com o poder público. Também para avaliar os desdobramentos das diretrizes estabelecidas e mantendo esse espaço de forma permanente.

Dos cerca de 230 povos identificados no Brasil, 210 foram representados por 610 delegados, 65 convidados, 44 observadores, totalizando 710 pessoas. Na abertura do evento, teve a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad, do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcio Meira, do secretário da educação do Estado de Mato Grosso, Ságuas Moraes Souza e do representante das instituições indigenistas por meio da Rede de Cooperação Alternativa (RCA), Luis Donizete Grupioni.

No encerramento, foram eleitos os delegados indígenas para participar da Conferência Nacional de Educação (Conae), a ser realizada em 29 de março e 1º de abril de 2010. Agora, o desafio é viabilizar na prática os pontos contidos no documento final, que será lançado oficialmente pelo MEC após sua finalização.

A I Conferência Nacional de Educação Escola Indígena celebrou o espaço da diversidade, das diferenças, da alegria e da união entre os povos indígenas no Brasil, expressa em suas pinturas corporais, em apresentações culturais, e na possibilidade de realizar diferentes formas de manifestação. Na plenária, o projeto da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, foi alvo de protestos bem como o desaparecimento de dois professores Guarani-Kaiowá do Mato Grosso do Sul, Ronildo e Genivaldo.

O evento foi realizado no Centro Nacional de Trabalhadores da Industria e promovido pelo Ministério da Educação (MEC) com apoio da Fundação Nacional do Índio (Fnai), Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena (Cneei) e Conselho Nacional de secretários de educação. Contou ainda com a participação de assessores dos projetos de educação indígena dos programas Rio Negro, Pró-Yanomami e Xingu do ISA.

Durante a conferência os povos indígenas leram cartas que enviaram ao Presidente Lula contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte e pedindo a reestruturação da Funai em cartas aberta ao Presidente Lula.

Também foram divulgadas moções de repúdio ao genocídio do povo Guarani-Kaiowá e sobre a estadualização de escolas indígenas na Bahia.

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São Paulo e Amazônia avançam nas conexões sustentáveis

17/11/2009 - Depois de um ano, o Conexões Sustentáveis São Paulo-Amazônia apresentou balanço do que foi feito pelas empresas que aderiram aos pactos setoriais da madeira, pecuária e soja.

Iniciativa do Fórum Amazônia Sustentável (FAS) e do Movimento Nossa São Paulo, duas redes formadas por organizações da sociedade civil, movimentos e empresas, criado em outubro de 2008, o II Seminário Conexões Sustentáveis mostrou, em 12 de novembro último, em São Paulo, os avanços depois de um ano de trabalho do Comitê de Acompanhamento dos Pactos Empresariais (CAP) (madeira, soja e pecuária). Caio Magri, representante do FAS, e Maurício Broinizi, do Nossa São Paulo, abriram o evento ressaltando a responsabilidade de São Paulo em buscar alternativas para o consumo e de se responsabilizar pelos biomas que cercam a cidade. Broinizi reforçou que grande parte do que se consome na cidade é originário da Amazônia, abastecem indústrias e residências, sendo portanto responsabilidade de todos que vivem na metrópole. O objetivo do Conexões Sustentáveis é criar exemplaridade e trazer à responsabilidade empresas que ainda não o fizeram, além de estimular que outras cidades também assumam responsabilidades.

Em seguida, o professor Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris, especialista em sustentabilidade, fez uma breve exposição abordando o período pós-crise econômica que o mundo atravessa paralelamente a uma crise ambiental. Sachs considera que esta fase é a da terceira transição, que significa a saída da era do petróleo e das energias fósseis, de transição acelerada para uma economia com baixas emissões de carbono. Para Sachs, a palavra-chave é voluntarismo responsável, que significa construir um projeto de longo prazo que tenha chance de ser realizado e tenha responsabilidade. Lembrou que para exercer o voluntarismo responsável é preciso planejar, desenvolver uma visão fundamentada sobre para onde estamos indo e de que forma.

Entre outras questões e levando em conta que a maior cidade do Brasil e suas indústrias usam recursos que são explorados na Amazônia, Sachs acredita que existem ferramentas a serem usadas tais como a certificação dos produtos e os pactos das empresas compradoras com as fornecedoras. Nesse caso, ele apontou duas: a certificação e a questão dos preços e repartição do valor agregado. Mas fez uma ressalva quanto à certificação já que é preciso estudar uma forma de incluir os pequenos produtores que não têm como arcar com os custos desse processo. Sugeriu que o governo subsidiasse tais custos.

Sachs criticou a opção do governo brasileiro pelo transporte rodoviário e sobre as conseqüências sociais da abertura de estradas. Apesar de reconhecer que elas são necessárias ele sugeriu que se pensem alternativas e uma delas, em sua opinião, seria utilizar dirigíveis, que se prestam ao transporte de cargas médias e de produtos perecíveis. O intelectual falou também sobre a questão das cidades e da pobreza nas periferias apontando como solução um novo ciclo de desenvolvimento rural.

Resumo das atividades e site novo

Em seguida, Sergio Mauro (Sema) Santos Filho, do ISA, apresentou um resumo desse ano de trabalho do Conexões, período em que as partes envolvidas passaram por uma fase de adaptação e receberão as recomendações do CAP relativas a eventuais não conformidades nos relatos enviados pelos signatários dos pactos. Alguns signatários não enviaram seus relatórios e o prazo final para recebimento foi estabelecido para 30 de novembro. A partir desta data, quem não tiver enviado seu relato será excluído do respectivo pacto, e até lá são considerados suspensos. A versão final das recomendações e os respectivos relatos serão divulgadas até o dia 18 de dezembro. Veja aqui a Veja aqui a apresentação na íntegra com as listas de signatários e de relatos enviados em cada um dos pactos.

Durante o evento, Leonardo Sakamoto do Repórter Brasil apresentou o site Conexões Sustentáveis e seguiram-se apresentações de Roberto Smeraldi, da Amigos da Terra, Marques Casara, da Papel Social, Paulo Pianez, representando a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e por fim do secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge. A prefeitura de São Paulo é signatária de um pacto e seu compromisso – assumido pelos candidatos à prefeitura em 2008 - é levantar entre outras atividades, todos os produtos de origem amazônica que consome; controlar as licitações; coibir o trabalho escravo e aprimorar a legislação atual; fiscalizar o comércio e o transporte de produtos de origem amazônica e formar um Grupo de Trabalho para realizar as ações necessárias.

O Comitê de Acompanhamento dos Pactos das Conexões Sustentáveis é formado pelas ONGs Amigos da Terra, Instituto Socioambiental, Instituto Akatu, Repórter Brasil, Imaflora, Grupo de Trabalho Amazônico, Imazon e Movimento Nossa São Paulo; pelo Instituto Ethos que exerce a secretaria executiva e pelas empresas Carrefour, Walmart, Pão de Açucar e Grupo Orsa. O CAP valida ou não as ações declaradas pelos signatários dos pactos setoriais como sendo suficientes para o cumprimento de cada um deles.

O evento teve o patrocínio da Fundação Avina e da Natura Cosméticos e o apoio instrucional do Sesc-SP.
ISA, Inês Zanchetta.

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Audiência pública discute impactos da usina de Belo Monte com populações do Xingu

27/11/2009 - Povos indígenas e comunidades tradicionais se mobilizam contra construção da hidrelétrica e exigem explicações do governo Lula.

No próximo dia 1º de dezembro, a 6ª Câmara de Coordenação e Revisão (Índios e Minorias) do Ministério Público Federal promove Audiência Pública sobre a construção da Usina de Belo Monte na Bacia do Rio Xingu, maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula, que ameaça a vida e a subsistência dos povos indígenas e demais populações que habitam a região. A reunião acontece às 14 horas no Auditório JK, no prédio da Procuradoria Geral da República, em Brasília - DF.

O principal objetivo da audiência é obter explicações definitivas sobre a insistência do governo federal em construir o empreendimento e seus reais impactos e consequências. Após tentativas infrutíferas de diálogo com o governo sobre o assunto, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), entidade que faz parte da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e representantes dos povos indígenas do Xingu conseguiram, junto à 6ª Câmara, a realização da audiência com a presença das autoridades envolvidas na construção da usina. Foram convocados para prestar esclarecimentos representantes do Ministério das Minas e Energia, Ibama, Ministério do Meio Ambiente, da Assessoria Especial do Gabinete da Presidência da República e da Fundação Nacional do Ìndio (Funai).

Mais de 250 lideranças são esperadas em Brasília para a audiência, entre elas indígenas, ribeirinhos, trabalhadores rurais, representantes de populações tradicionais, dos movimentos sociais, organizações não-governamentais, especialistas em meio ambiente, pesquisadores e estudantes. Também participam da reunião as organizações que compõem o Fórum de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas (FDDI) – Instituto Socioambiental (ISA), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), além dos dirigentes das organizações regionais indígenas que integram a Apib (Arpinsul, Arpipan, Arpinsudeste, Apoinme, Coiab e Aty Guassu).

Impactos de Belo Monte e o aval da Funai

A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte na Bacia do Rio Xingu foi contestada desde o início, em 1985. Especialistas de todo o País têm alertado para o impacto sem precedentes que a obra terá sobre o ecossistema local, com a redução do volume de água no trecho conhecido como Volta Grande, o que pode afetar de maneira irreparável a pesca e a fauna. Além disso, serão alagados cerca de 51 mil hectares de floresta.

Outra conseqüência danosa da obra será o incremento populacional. Segundo o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte, serão atraídas para a região mais de 100 mil pessoas, o que agravará a pressão sobre os recursos naturais. O aumento populacional que o empreendimento trará afetará também as comunidades locais porque incentivará um consequente aumento do desmatamento, da pesca e caça ilegal, da exploração madeireira e garimpeira.

O governo federal, interessado na concretização de Belo Monte, a qualquer custo, violou o legítimo direito à consulta livre, prévia e informada das comunidades indígenas, ribeirinhos e demais afetados pelo empreendimento - direitos esses garantidos na Constituição Federal e na legislação internacional (Convenção 169 da OIT e Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas). As audiências públicas obrigatórias que antecederam o projeto estão sob investigação do Ministério Público Federal, por não contarem com a participação de todas as comunidades indígenas e outras populações do Xingu. Nem mesmo o Ministério Público Federal participou de todas as reuniões. Mesmo assim, a Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão que tem a responsabilidade de zelar pelo bem-estar dos povos indígenas, apresentou parecer favorável à usina, contrariando a posição de seus próprios técnicos e de especialistas de renome nacional e internacional, mas sobretudo dos povos indígenas contrários à construção da Usina de Belo Monte e de qualquer outro empreendimento que afete o curso do rio Xingu.


 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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