04/12/2009 - O município
de Avaré assinou contrato para a remoção
de amianto, material de alto risco à saúde,
considerado cancerígeno e apontado pela OIT
(Organização Internacional do Trabalho)
e pela OMS (Organização Mundial da
Saúde) como a “catástrofe
sanitária” do século 20. A cerimônia
de assinatura de contrato com a empresa que executará
a operação de retirada do amianto
foi realizada na sede da prefeitura da Estância
Turística de Avaré e contou com a
presença, além do prefeito Rogélio
Barcheti Urrêa, de vários prefeitos
da região.
O secretário de estado
do Meio Ambiente, Xico Graziano acompanhou o ato
de assinatura do contrato e elogiou a proatividade
do prefeito, “damos total apoio aos municípios
que têm ação efetiva, passo
decisivo para fazer a coisa certa. Agora vamos tirar
Avaré do cadastro de áreas contaminadas
da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
- Cetesb”, explicou ele.
A remoção do lixo
tóxico será realizada pela empresa
WPA Ambiental, Indústria e Comércio
e Serviço Ltda - que ganhou a licitação
e é especializada nesse tipo de operação.
O custo será de R$287.500. Após a
emissão do Certificado de Movimentação
de Resíduos de Interesse Ambiental - CADRI,
emitido pela Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo – CETESB, é que a empresa fará
a programação da retirada do amianto,
e terá um prazo de 90 dias, contados a partir
da assinatura do contrato, para a execução
da operação.
Segundo o gerente da Agência Ambiental de
Avaré, Márcio Lourenço Gomes,
o material deverá ser devidamente embalado
tomando o cuidado no uso de Equipamento de Proteção
Individual – EPI. “Nossos técnicos vão
acompanhar também toda a operação”,
afirmou. As 250 toneladas de amianto serão
depositadas no aterro sanitário licenciado
pela Cetesb, em Tremembé.
Histórico
Esse passivo ambiental foi deixado há 12
anos pela empresa Auco Componentes Automobilísticos,
antiga fábrica de pastilhas de freios para
veículos. O material foi armazenado na região
central da cidade, em um galpão deteriorado
e desprotegido, pondo em risco os mananciais e a
vida dos moradores da região. Várias
embalagens foram rompidas devido a ações
do tempo e, pessoas desavisadas, que desconhecem
efetivamente os seus riscos, podem se contaminar.
De acordo com a secretária
de Meio Ambiente de Avaré, Mirthes Yara de
Freitas Vieira, o processo contra o antigo proprietário
da empresa se arrastou na justiça durante
muitos anos, o que dificultou a remoção
desse lixo tóxico. “Após audiência
pública e com o aval do ministério
público, demos início ao processo
de retirada. Ontem, parecia uma utopia, hoje se
tornou uma realidade”. Ela foi uma das pessoas que
buscou destinar o material a um aterro sanitário
adequado.
Lixo tóxico
A periculosidade do amianto é explicada pela
sua ação no organismo, uma vez dentro
do corpo humano, as fibras microscópicas
do pó de amianto nunca mais são eliminadas.
Essas fibras estimulam as mutações
celulares que dão origem aos tumores. Alguns
médicos afirmam que o risco surge apenas
quando o material é partido, rachado ou danificado,
e seu pó liberado no ambiente. O amianto
é um mineral empregado na fabricação
de caixas d'água, telhas de cimento-amianto,
lonas e pastilhas de freios para carros, ônibus,
caminhões, tecidos e mantas antichamas, pisos
vinílicos, juntas automotivas, tintas, plásticos
reforçados entre outros.
Texto: Rosely Ferreira Fotografia: José Jorge
+ Mais
Regente Feijó e Narandiba
recebem equipamentos do FECOP
04/12/2009 - Os municípios
de Narandiba e Regente Feijó receberam uma
importante ferramenta para otimizar a operação
dos seus aterros sanitários. O secretário
estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, fez a
entrega de duas pás carregadeiras para as
cidades, em evento nesta quinta-feira, 03.12, em
frente ao Anfiteatro Municipal de Regente Feijó.
Os prefeitos da regente Feijó e Narandiba,
Arlindo Fantini e Ênio Magro receberam as
máquinas da secretaria do Meio Ambiente do
Estado de São Paulo - SMA, que foram compradas
por meio do Fundo Estadual de Prevenção
e Controle da Poluição – FECOP.
As cidades receberam R$ 250 mil
cada uma para efetuar a aquisição
dos equipamentos. Ao todo cada máquina custou
R$ 285 mil, e os R$ 35 mil restantes foram arcados
pelas cidades como contrapartida. O investimento
total do Governo do Estado de São Paulo foi
de R$ 500 mil. Fantini, prefeito de Regente Feijó
destacou que o equipamento é fruto do trabalho
do projeto Município Verde Azul, que na terça-feira,
01.12, certificou 156 cidades. “É por meio
dele que a secretaria de estado vem ajudando as
Prefeituras, atendendo nossas necessidades, cobrando
atitudes ambientais e também, como nesta
semana em São Paulo, reconhecendo o esforço
e o trabalho sério daqueles que trabalham
pelo meio ambiente”, disse.
Prefeito de Narandiba, Magro também atribuiu
ao Município Verde Azul a conquista do equipamento.
“Graças a esta política ambiental
descentralizadora nós estamos conseguindo
melhorar o ambiente na nossa região. Essa
pá carregadeira vai ajudar muito Narandiba
na operação do aterro sanitário”,
afirmou.
Graziano explicou que os equipamentos são
contrapartidas pelo que as Prefeituras estão
fazendo pelo meio ambiente. “Nós cobramos
que os governos municipais façam a lição
de casa ambiental e o Governo do Estado de São
Paulo tem ajudado nisso, alguns casos, como aqui
com recursos, em outros treinando e capacitando
técnicos. Quem tem próatividade em
fazer, nós ajudamos a fazer”, afirmou.
No evento, o secretário anunciou que o governador
José Serra autorizou que o FECOP repasse
R$ 50 milhões para Prefeituras em 2010. “A
prioridade do Governo para 2010 serão projetos
de coleta seletiva e reciclagem de lixo”, declarou.
FECOP
O FECOP foi criado para financiar, apoiar e incentivar
a prevenção e o controle da poluição
no Estado, visando a melhoria das condições
ambientais dos municípios paulistas. Em 2008
e 2009, 226 municípios foram beneficiados
com recursos do FECOP, que correspondem a investimentos
na ordem de R$ 32,8 milhões.
Texto: Lucas Campagna