Panorama
 
 
 

DESMATAMENTO ZERO NO BRASIL ATÉ 2015

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Dezembro de 2009

Banco Central discute sua responsabilidade sócioambiental - 04 de Dezembro de 2009 - Afluente do rio Purus, em área ao sul do Amazonas que pode ser impactada com a pavimentação da rodovia BR-319.
São Paulo, (SP) — O Greenpeace participou nesta quinta feira (03/12) de um encontro realizado pelo Banco Central em Brasília para discutir a Responsabilidade Socioambiental do Banco. Estavam presentes representantes de outras organizações não governamentais, governamentais, academia e bancos públicos.

O BC realizou esta e outras duas reuniões em São Paulo e Rio de Janeiro para debater idéias e ouvir reflexões de entidades ligadas as questões socioambientais. O debate principal tinha como questão uma perguntada formulada pelo próprio banco: “de que maneira o Bacen pode contribuir para o desenvolvimento sustentável do país”. Sobre este tema prometem realizar um seminário interno com vários setores do banco em fevereiro de 2010 .

O BC não empresta dinheiro, mas tem o papel de estabelecer as regras do jogo, orientando a aplicação dos recursos dos bancos e outras instituições financeiras publicas e privadas. Além de criar as normas, compete a ele a fiscalização e o aperfeiçoamento dos instrumentos financeiros e de crédito em geral. Em outras palavras o banco tem o poder de criar condições para impor um modelo de desenvolvimento não predatório e com responsabilidade social.

O crédito rural e outras modalidades de financiamento subsidiam o desmatamento na Amazônia. Esse dinheiro sai pelos bancos privados mas, sobretudo, pelos bancos públicos. Atualmente é raro observar a tomada de empréstimos para serem aplicados diretamente no desmatamento de uma área de floresta. Porém tem sido comum o crédito consolidar o desmatamento já feito através do financiamento para compra de máquinas agrícolas, sementes, gado, implementação de pastagens, construção de cercas e obras rurais.

Como parte de um pacote para conter o desmatamento na Amazônia no início de 2008 foi lançada a Resolução do Conselho Monetário Nacional no 3545. Ela foi um avanço na tentativa de evitar o financiamento do desmatamento e a grilagem de terras, estabelecendo a partir de julho de 2008 a necessidade de apresentação de documentos como o certificado de cadastro de imóvel rural, ausência de embargo ambiental e atestado de regularidade ambiental das propriedades rurais que queiram utilizar o crédito rural para financiar suas atividades na região.

Mas o BC não tem fiscalizado os bancos para checar o cumprimento desta Resolução e tampouco estudou seus efeitos. O Greenpeace defende que ela necessita ser revista e aprimorada. De um lado, parte do setor agropecuário que trabalha na ilegalidade se adaptou rapidamente, enquanto de outro, algumas agências bancárias não tem sido rigorosas, aceitando documentos frágeis ou isentando de documentação algumas práticas. A concessão de crédito irregular já havia sido diagnosticada pelo governo em 2008 na revisão do Plano de Ação para Controle e Prevenção do Desmatamento na Amazônia Legal.

A necessidade de padronização e normatização de princípios e critérios socioambientais entre bancos públicos e privados também foi um tema que chamou atenção. Atualmente a análise de risco sócioambiental de empréstimos de grande valor para atividades como mineração, instalação de frigoríficos ou curtumes etc. varia de banco para banco e cada um estabelece normas próprias. Tem sido comum um banco perder clientes por ser mais rigoroso que o outro. A falta de normas e critérios dificulta saber também qual banco é mais “verde” e facilita a vida dos empreendimentos que querem ficar mais a margem da lei e da responsabilidade sócioambiental.

Além da padronização, recomendou-se ao BC durante o encontro a necessidade de normatizar a garantia de legalidade e sustentabilidade socioambiental da cadeia produtiva de empresas que trabalham com insumos primários: madeira, grãos, minério, boi etc.. Um frigorífico para receber financiamento deve garantir durante a vigência do contrato que o gado comprado não virá de áreas griladas, desmatadas ilegalmente e que não respeitam a legislação ambiental.

Sobre as normas de crédito, a sugestão é que o Banco padronize as exigências documentais para outras linhas de crédito. Numa economia estável alguns proprietários rurais estão fugindo do crédito rural que, apesar dos juros mais baixos, exige um mínimo de documentação ambiental e fundiária para ser aprovado. A extensão das normas de crédito rural para o Bioma Cerrado e demais Biomas também foi um tema abordado.

Por fim o Greenpeace defendeu transparência e participação da sociedade neste processo para que esta iniciativa do Bacen não fique restrita a um diminuto grupo de funcionários que quer buscar soluções: as ovelhas “verdes” do banco.

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Líderes mundiais já estão na vidraça em Copenhague

02 de Dezembro de 2009 - Anúncio impresso dos líderes mundiais envelhecidos lamentando o fracasso do acordo climático no aeroporto de Copenhague.
Internacional — Fotos espalhadas pelo aeroporto de Copenhague expõem mais uma vez a falta de liderança global em busca de um acordo climático ambicioso.

Os viajantes que chegarem a partir de hoje no aeroporto de Copenhague serão saudados com fotos dos líderes mundiais envelhecidos , pedindo desculpas por terem falhado em combater as mudanças climáticas e em vencer o desafio de salvar o planeta.
Anúncios exibidos no aeroporto mostram imagens de Barack Obama, Lula, e outros acompanhados da frase "Desculpe. Nós poderíamos ter parado as mudanças climáticas catastróficas … mas nós não fizemos ", seguido de “Aja agora: salve o futuro”.

Os anúncios foram colocados pela coligação global, tcktcktck.org e Greenpeace como parte de uma campanha para estimular um acordo justo, ambicioso e legalmente vinculativo na Conferência de Clima de Copenhague que começa a menos de cinco dias.

O aeroporto será rota de milhares de delegados, imprensa e políticos que chegam a Copenhague para participar da reunião que vai decidir o destino do clima. "Se dirigentes como Obama, Sarkozy, Merkel e Brown não trabalharem para um acordo robusto, o legado deles será a fome e a migração em massa. Se isso acontecer, um pedido de desculpas não vai resolver" disse Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional.

O sucesso em Copenhague exigirá um acordo justo, ambicioso, que tenha validade legal e contemple:
* um compromisso dos países industrializados de reduzir as emissões em até 40% até 2020 (níveis de 11000);
* um plano para pôr fim ao desmatamento tropical até 2020;
*pelo menos US$ 140 bilhões por ano em financiamentos públicos para os países em desenvolvimento.

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Jovens de todo o mundo mandam recado para Lula em Copenhague

03 de Dezembro de 2009 - Ativistas do acampamento da juventude visitam embaixadores em Copenhague para pedir que eles influenciem os chefes de estado a tomarem medidas efetivas contra aquecimento global. Embaixada brasileira fez parte do roteiro.
Copenhague, Dinamarca — Participantes da vigília da juventude, entre eles dois brasileiros pedem ao embaixador do Brasil na Dinamarca que influencie o presidente Lula na reunião do clima

Os 44 jovens que participam da vigília da juventude, organizada pelo Greenpeace em Copenhague, visitaram hoje o embaixador do Brasil na Dinamarca, Georges Lamazière. No início da semana, os jovens foram as embaixadas americanas e francesas. A proposta da vigília é fazer uma grande mobilização popular no centro da Dinamarca e convocar os embaixadores dos 16 países representados pelos jovens a trabalhar pelo clima.

Dois brasileiros, Rafael Ventura, 20 anos, e Maira Borges Fainguelernt, 24 anos, estão participando da vigília. Para Maíra, manter viva a floresta amazônica e proteger sua biodiversidade é fundamental para combater a crise climática. “O governo brasileiro tem agido na direção certa, definindo metas de desmatamento, mas não é suficiente. O Brasil precisa chegar ao desmatamento zero até 2015. Eu quero ver o presidente Lula se comprometer aqui, durante a reunião do clima, com um acordo justo que leve a uma drástica redução das emissões. Só assim ele vai garantir o futuro da minha geração”, disse a jovem carioca.

Amanhã a visita será à embaixada da Alemanha. No domingo (6/12), os jovens da vigília receberão os embaixadores no navio do Greenpeace Arctic Sunrise, que está em Copenhague para uma série de atividades que serão realizadas durante a Conferência do Clima.
Abigail Jabines, filipenha que está coordenando o acampamento, disse os jovens estão determinados a serem ouvidos. "Vamos continuar batendo nossos tambores e abrindo nossos banners até os líderes do mundo perceberem que suas decisões não afetam apenas o clima, mas também a juventude de hoje e as futuras gerações".

Um bom acordo em Copenhague deve contemplar os seguintes pontos:

Compromisso dos países desenvolvidos de cortar suas emissões em 40% em relação aos níveis de 1900.

Investimentos anuais de US$ 140 bilhões para os países em desenvolvimento aplicarem em medidas de adaptações e medidas de redução de emissões, como energias renováveis e o fim do desmatamento.

 


 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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