07 de Dezembro de 2009 - Minc
fala da importância da certificação
da Abras para a cadeia produtiva de carne bovina
no Brasil.
No dia de início da
COP15, o Brasil ganha uma importante iniciativa
para auxiliar no combate ao desmatamento e na redução
da emissão de gases de efeito estufa.
Com a presença do ministro
do meio ambiente, Carlos Minc, a Associação
Brasileira dos Supermercados, Abras, lançou
hoje o programa “Certificação de Produção
Responsável na Cadeia Bovina. O programa
promete criar condições para que os
supermercados participantes ofereçam ao consumidor
apenas produtos de frigoríficos que estejam
comprometidos com o fim do desmatamento na Amazônia.
O programa também inclui
o respeito ás leis trabalhistas, indigenistas,
de saúde, á legislação
ambiental e o não uso de trabalho infantil.
Após a adesão ao programa, que deverá
ser realizado num prazo máximo de 60 dias,
os frigoríficos terão suas unidades
de abate avaliadas, e deverão implementar
o programa de forma continuada em todos os seus
fornecedores, incluindo fazendas de cria e recria
de animais. Após 1 ano, devem comprovar que
pelo menos 50% dos critérios exigidos encontram-se
em algum estágio de implementação.
As avaliações serão conduzidas
por equipes de auditores externos.
A ABRAS anuncia que os casos identificados
como de não conformidade com o programa sofrerão
punições que vão desde a assinatura
de um TAC (termo de ajustamento de conduta) até
a suspensão do fornecimento. Os frigoríficos
que apresentarem boa avaliação receberão
um certificado válido por 3 anos.
A iniciativa acontece seis meses
após o lançamento do relatório
do Greenpeace “A Farra do boi na Amazônia”,
que aponta o setor pecuário como principal
vetor de desmatamento da floresta. O Brasil ocupa
a quarta posição de maior emissor
de gases de efeito estufa no mundo e a principal
fonte de emissão brasileira é a destruição
da Amazônia.
Em outubro, grandes frigoríficos
como a Marfrig, Bertin, Minerva e JBS assumiram
publicamente o compromisso de desmatamento zero
na Amazônia. ¨Com o lançamento
deste programa, a ABRAS também entra nessa
briga¨ - disse Marcio Astrini, da Campanha da
Amazônia do Greenpeace.
O programa também tem o
potencial de criar uma espécie de guia de
consulta aos consumidores, diferenciando os supermercados
que assinam o programa dos que não o assinam.
Essa lista, segundo a ABRAS, estará publicada
em seu site.