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BNDES LIBERA R$ 70 MILHÕES PARA PROJETOS DO FUNDO AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2009

9 de Dezembro de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou hoje (9) a liberação de R$ 70,3 milhões para os primeiros cinco projetos que serão financiados com recursos do Fundo Amazônia. Criado em 2008, o fundo recebeu US$ 110 milhões da Noruega, que até 2016 deve aportar US$ 1 bilhão, e tem prometidos 18 milhões de euros da Alemanha até março de 2010.

Os projetos aprovados foram apresentados pelo Fórum Amazonas Sustentável, ligado ao governo do Amazonas, pelas organizações não governamentais Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), TNC Brasil e Instituto Ouro Verde e pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). As iniciativas contemplam ações de redução do desmatamento, apoio à regularização fundiária e recuperação de áreas degradadas.

De acordo com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, há pelo menos outros 20 projetos em fase de análise e mais 50 em consulta inicial. “O fundo não é apenas uma iniciativa no papel, já está plenamente operacional, é eficiente, tem capacidade de operar e prover resultados efetivo para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, afirmou.

As organizações selecionadas irão agora assinar os contratos com o BNDES e, em seguida, o dinheiro começa a ser liberado. O repasse será feito por parcelamento, a partir de um plano de uso e comprovação de gastos, como em outros financiamentos do banco. A execução deve começar em janeiro e o tempo médio de duração dos projetos é de três anos. Os investimentos poderão ser monitorados publicamente por meio da página do Fundo Amazônia na internet.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que a apresentação dos primeiros projetos credencia o Brasil para garantir mais recursos internacionais para o fundo durante a 15ª Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, na Dinamarca. Sem revelar valores ou citar os países, Minc afirmou que durante a COP-15 pelo menos dois doadores confirmarão aportes à iniciativa brasileira.

Para o ministro, a demora na aprovação nos projetos foi necessária para evitar a “ecopicaretagem”.

Além do Fundo Amazônia, o BNDES também será responsável pela gestão do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas, que segundo Minc, deve ser sancionado esta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O fundo vai utilizar parte dos recursos do petróleo – entre R$ 700 milhões e 800 milhões no primeiro ano – para financiar ações de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e adaptação às consequências das mudanças climáticas.

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Crise econômica foi fator positivo na redução do desmatamento, diz pesquisador

9 de Dezembro de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - A crise econômica foi um fato positivo para a redução do desmatamento na Amazônia, na opinião do pesquisador da organização não governamental (ONG) Instituto Socioambiental (ISA), Arnaldo Carneiro Filho.

“A crise econômica influenciou na queda da demanda internacional de carne e soja, por exemplo, o que acabou reduzindo todo o processo de expansão na região. Porque o que vem de fato controlando a curva do desmatamento é a demanda. Quanto maior a demanda, maior o desmatamento”.

Para Carneiro Filho, autor do Atlas de Pressões e Ameaças às Terras Indígenas na Amazônia Brasileira, lançado hoje na sede da ONG, não há muito o que comemorar esse resultado. Segundo ele, ainda há uma série de pressões causando impactos socioambientais nos territórios indígenas da região amazônica.

Ele explicou que o estudo chama a atenção para as pressões socioambientais na Amazônia, que vão muito além do desmatamento. Segundo ele, os índices de desmatamento têm diminuído, mas há uma série de condições desfavoráveis aos territórios indígenas, como a expansão de infra-estrutura, a expansão hidrelétrica, a exploração ilegal de madeira e minérios.

Na opinião do pesquisador, a intenção do ISA ao criar o atlas foi gerar um produto de fácil acesso e leitura, que atenda a um público amplo, já que ele ilustra não só questões dos territórios indígenas, mas de toda a Amazônia Legal.

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Programa busca conter avanço do desmatamento causado pela pecuária na Amazônia

9 de Dezembro de 2009 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, lançam hoje (9) em Marabá o Programa Boi Guardião, que promete conter o avanço do desmatamento causado pela pecuária na Amazônia. O projeto piloto abrangerá cerca de 19 mil propriedades rurais de seis municípios paraenses: Marabá, Eldorado dos Carajás, Água Azul do Norte, Ourilândia do Norte, Tucumã e São Félix do Xingu.

Essas fazendas, que de acordo com o Ministério da Agricultura abrigam rebanho de quase 4 milhões de cabeças de gado, foram georreferenciadas, ou seja, tiveram suas coordenadas obtidas por meio de GPS (Global Positioning System), receberão Guias de Trânsito Animal (GTA) Eletrônica e serão monitoradas. Para garantir a eficiência do programa, o governo federal vai cruzar, eletronicamente, os dados de georreferenciamento das fazendas com os de desmatamento na Amazônia. Se uma dessas propriedades estiver derrubando árvores ilegalmente, será identificada. Por outro lado, a ideia é que o pecuarista que respeitar o programa, terá mais credibilidade e mais mercados para a carne que produz.

“Uma equipe dentro do Inmet [o Instituto Nacional de Meteorologia], com gente da Embrapa [a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], tira e analisa a primeira fotografia agora. Em julho, tira outra que é capaz de detectar desmatamento a partir de 1 hectare”, disse o ministro à Agência Brasil. Segundo ele, a meta dos governos federal e estadual é que o Programa Boi Guardião cubra todo o estado do Pará até o fim de 2010. O leste e o sul do estado foram escolhidos para o início do projeto por serem as regiões mais críticas em relação ao avanço do desmatamento para a criação de gado.

Stephanes disse ainda que, além do Pará, até o fim de 2011 será possível cobrir os estados de Rondônia e de Mato Grosso, usando a mesma metodologia aplicada nas propriedades rurais paraenses. “A partir de julho do próximo ano, começamos a trabalhar o Mato Grosso e Rondônia, de tal forma que daqui a dois anos se tenha toda essa área coberta com o programa”, afirmou.

Segundo a governadora Ana Júlia Carepa, apesar de o projeto piloto lançado hoje começar com 19 mil fazendas, o estado já tem mais de 50 mil propriedades rurais georreferenciadas, e pretende chegar a 80 mil até o fim do ano.

Além dos governos federal e estadual, o programa tem outros parceiros, como a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os frigoríficos Bertin e JBS-Friboi, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, o Inmet e a Embrapa.

A ideia do programa ganhou força depois que, em junho deste ano, três grandes redes de supermercados - Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart - decidiram suspender a compra de carne de 11 frigoríficos localizados em áreas apontadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no estado como de desmatamento.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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