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ESTADOS UNIDOS CONSIDERAM BRASIL PARCEIRO ESTRATÉGICO PARA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2009

8 de Dezembro de 2009 - Roberto Maltchik - Enviado especial - Copenhague (Dinamarca) - Em evento patrocinado pelo Brasil para analisar o impacto dos biocombustíveis na emissão de gases de efeito estufa, a chefe da Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental, Lisa Jackson, garantiu que os Estados Unidos têm interesse em uma parceria estratégica com o Brasil no setor. “O Brasil e os Estados Unidos juntos podem trabalhar para o desenvolvimento desse tipo de energia, que protege o meio ambiente”.

Lisa Jackson foi a representante dos Estados Unidos que anunciou ontem (7), em Washington, que o governo de Barack Obama passou a considerar danosos à saúde seis gases que provocam o efeito estufa, o que causou grande repercussão no segundo dia da Conferência Mundial do Clima, na capital dinamarquesa.

A delegação da Suécia, outro país interessado no mercado de biocombustíveis, defendeu o etanol brasileiro como a principal fonte disponível hoje para reduzir o impacto do transporte no aquecimento global. A meta da Suécia é alcançar em 2030 um padrão econômico capaz de tornar o país independente do uso de combustíveis fósseis.

Segundo o Itamaraty, a participação do Brasil com o evento sobre biocombustíveis não visa a criar mercado para o produto brasileiro, mas oferecer uma alternativa ao mundo de energia limpa e renovável.

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Para geógrafo, serviço ambiental é oportunidade em tempos de crise ecológica global

10 de Dezembro de 2009 - Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Brasil pode ser um dos principais beneficiários das soluções para conter a destruição da camada de ozônio e o aquecimento do planeta, que estão em discussão na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, na Dinamarca.

Além de abrigar a maior floresta e a maior biodiversidade do planeta e dispor de um quinto do volume de água doce existente no mundo, o Brasil tem um estoque de terras reflorestáveis que poderão ser usadas para a recuperação de áreas degradadas. A disponibilidade dessas terras é um trunfo nas negociações de metas ambientais em debate na conferência.

“Em um cenário de crise ecológica que vivemos, nasce uma nova oportunidade para o Brasil. Nesse mercado ambiental, tudo aquilo que degradamos na nossa história passa a ser, no mercado global, uma oportunidade para a reconstrução. Nós vamos ter a oportunidade de reconstruir paisagens e biomas nacionais dentro dessa lógica”, afirma Arnaldo Carneiro Filho, geógrafo do Instituto Socioambiental.

Ele estima que haja uma área de 1 milhão de quilômetros quadrados que pode ser usada para a agroenergia, a produção de madeira e a recuperação de paisagens. “O Brasil pode vender serviços ambientais”, disse o o geógrafo, acrescentando que há possibilidade de agricultores se tornarem recuperadores remunerados de áreas devastadas.

A hipótese de prestar serviços ambientais ao planeta depende, no entanto, de o país melhorar os índices de produtividade na lavoura e na pecuária. “A nossa lógica sempre foi a produção e não a produtividade”, reconhece. Na opinião de Carneiro Filho, é preciso intensificar a produção agrícola e ter mais rebanhos em áreas menores.

Ele acredita que o tema do desenvolvimento sustentável estará na agenda da campanha presidencial do próximo ano. Em sua avaliação, 2010 também será um ano de testes para avaliar se as medidas governamentais de fato surtiram efeito contra o desmatamento. No ano que vem, com o aquecimento da economia mundial e da produção interna, haverá maior pressão por desmatamento, prevê.

Segundo carneiro Filho, o desmatamento é um “animal adormecido” e o despertar depende de demanda do mercado interno e do mercado externo, que vem regulando a curva de destruição da Amazônia.

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China ainda acredita num acordo formal em Copenhague, garante chefe da missão

9 de Dezembro de 2009 - Roberto Maltchik - Enviado especial - Copenhague (Dinamarca) - O principal negociador chinês na Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, Xie Zhenhua, disse hoje (9), em entrevista exclusiva à Agência Brasil, que ainda acredita na assinatura de um acordo formal para combater o aquecimento global ao final da reunião de Copenhague. Ele espera o acordo, apesar da divisão entre os países ricos e as nações em desenvolvimento nos três primeiros dias de encontro. “As negociações estão apenas começando. Acho que ainda temos um longo caminho pela frente”, avaliou.

O negociador chinês cobrou atitude dos países desenvolvidos para que cada proposta sobre a mesa seja avaliada seriamente. “O processo não é feito apenas por entendimentos políticos. Precisamos que os países ricos entendam que é preciso ação”.

A China chegou a Copenhague com uma proposta de reduzir entre 40% e 45% a emissão de gás carbônico, por unidade do Produto Interno Bruto (PIB), até 2020, considerando os níveis de emissão em 2005. O país é atualmente o maior emissor de gases que provocam o efeito estufa do planeta.

A principal cobrança dos chineses é que os países ricos elevem as metas anunciadas antes da conferência. A meta dos Estados Unidos é reduzir as emissões em 17%, também em comparação com 2005. No entanto, o esforço norte-americano é criticado até mesmo pelos países da União Europeia.

A chefe da agência norte-americana de Mudanças Climáticas, Lisa Jackson, admitiu que a crise financeira tirou um pouco do entusiasmo da indústria do seu país para se adaptar ao uso de novas fontes de energia limpa, que podem elevar o custo de produção. Ela disse que os Estados Unidos vão trabalhar duro para garantir um acordo global contra o aquecimento global.

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Inpe vai repassar tecnologia brasileira de monitoramento por satélite do desmatamento

10 de Dezembro de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) assinou hoje (10) com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) um acordo para repassar tecnologia e a experiência brasileira no monitoramento por satélite do desmatamento. A colaboração foi acertada durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, na Dinamarca.

O Inpe vai treinar técnicos de países pobres para analisar imagens de satélite a partir do TerraAmazon, sistema desenvolvido pelo instituto para os programas de monitoramento. Os cursos de capacitação serão realizados no Centro Regional da Amazônia, inaugurado recentemente em Belém (PA).

O monitoramento do desmate em florestas tropicais é um dos pontos fundamentais para alavancar a inclusão do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd) no acordo climático global que deve sair de Copenhague. Para compensar financeiramente um país pela redução do desmate, é preciso ter certeza da diminuição das derrubadas, o que é possível com as imagens de satélites.

O Inpe é reconhecido internacionalmente pelos sistemas de observação do desmatamento da Amazônia. Desde 1988, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes) cobre 4 milhões de quilômetros quadrados de floresta e revela a taxa anual do desmatamento por corte raso na região. Já o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), fornece alertas mensais para orientar ações de fiscalização e controle de derrubadas.

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Minc: Brasil fará pressão por crédito de países ricos para projetos de redução de gás carbônico

8 de Dezembro de 2009 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Brasil pretende fazer “grande pressão” para que os projetos das nações emergentes para redução de gases de efeito estufa sejam também beneficiados com recursos públicos das nações ricas. A afirmação foi feita hoje (8) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, após encontro com os ministros Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, e Sergio Rezende, da Ciência e Tecnologia. No encontro, os ministros discutiram as estratégias brasileiras que serão levadas à 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague.

Segundo Minc, os negociadores brasileiros que já estão em na capital dinamarquesa têm tido dificuldade para acertar os ponto de um acordo que trata da questão da criação do Fundo Global, uma espécie de financiamento dos países ricos às ações para tornar ambientalmente sustentável o crescimento econômico nas próximas décadas.

Minc disse que o Brasil pretende cumprir sua meta de redução de emissões de gás carbônico (CO2), no entanto, ressaltou que para isso serão necessários recursos internos e também externos. “Vamos discutir com eles [os países ricos]. Vamos dizer que os recursos que eles estão colocando na mesa são insuficientes, tanto para a redução das emissões quanto para evitar a desertificação e inundações. Não aceitamos isso. Com esses recursos, o problema das mudanças climáticas não fecha.”

Sobre a possibilidade de o Brasil recuar em relação à sua meta de redução da emissão de gás carbônico, caso fique de fora do Fundo Global, Minc lembrou que as medidas para diminuir o desmatamento da Amazônia e reduzir a emissões de gases serão transformados em lei.

"Nossa estratégia é dizer o seguinte: vamos cumprir as metas, mas temos que ter recursos suficientes para isso. Vamos batalhar por eles [recursos]. Vamos estar lá [na Dinamarca] com estande do Fundo Amazônia, vamos abrir o Fundo Cerrado. Mas para atingirmos isso, acredito até que possamos chegar a 90% de queda do desmatamento da Amazônia, necessitamos realmente desses recursos".

O ministro criticou a postura dos países europeus, que sinalizaram hoje que podem adotar um percentual mais baixo de emissões de gases de efeito estufa. “Os europeus, que falavam em 20% a 30%, estão começando a falar em mais de 20% de corte para permitir que os Estados Unidos entrem com uma menor diferença entre eles. Ou seja, em vez de puxar os Estados Unidos para cima, os europeus querem ir mais para baixo. Seria, para o clima, catastrófico”, ressaltou Minc.

Ele informou ainda que, além dele e da ministra Dilma Rousseff, que chefiará a delegação brasileira na COP-15, devem integrar a comitiva os ministros Sérgio Resende e Celso Amorim, das Relações Exteriores. De acordo com Minc, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá estar na Dinamarca nos dias 17 e 18, nos dois últimos dias do evento.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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