11 de Dezembro de 2009
- Da Agência Brasil - Brasília - A
União Europeia vai oferecer uma ajuda de
7,2 bilhões de euros durante os próximos
três anos aos países em desenvolvimento
para a adoção de medidas urgentes
de adaptação e combate às mudanças
climáticas. As informações
são da BBC Brasil.
A contribuição deverá
fazer parte de um “fundo público internacional
de urgência” que, de acordo com a proposta
europeia, destinaria cerca de US$ 30 bilhões
até 2012 (US$ 10 bilhões por ano)
para financiar as primeiras medidas de adaptação
a secas e ao aumento do nível do mar, de
promoção de energias renováveis
e de combate ao desmatamento nos países pobres.
O valor foi decidido hoje (11)
ao final de uma reunião de governantes do
bloco em Bruxelas, depois de dois dias de negociações.
Para contentar os membros do Leste – que se negam
a financiar outros países quando consideram
que eles próprios ainda precisam de ajuda
para reduzir suas emissões – a UE decidiu
que a contribuição de cada país
ao fundo seria “voluntária”.
A Grã-Bretanha e a França
serão os maiores doadores, cada um com um
total de 1,7 bilhão de euros nos próximos
três anos, segundo informou o primeiro-ministro
britânico, Gordon Brown. O mesmo valor foi
anunciado pela chanceler alemã, Angela Merkel,
enquanto a Suécia se comprometeu com um total
de 1000 milhões de euros, e a Espanha, com
300 milhões.
Ainda segundo Brown, 20% do total
desse fundo deverá ser destinado a medidas
de combate ao desmatamento nos países em
desenvolvimento. Os governantes europeus também
reiteraram a oferta de aumentar de 20% para 30%
sua meta de redução de emissões,
com a condição de que outros países
desenvolvidos e emergentes façam “um esforço
similar”.
+ Mais
Oxfam critica proposta de acordo
apresentada em Copenhague
11 de Dezembro de 2009 - Luana
Lourenço - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - A Oxfam Internacional
criticou a falta de um pacote de financiamento a
longo prazo no projeto de acordo apresentado hoje
(11) durante a 15ª Conferência das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15)
em Copenhague.
A proposta, na avaliação
da Oxfam, não reflete dois anos de negociação
oficial e precisa ser melhorada pelos diplomatas
que participam da conferência antes do início
da fase decisiva da reunião, com a chegada
de ministros e chefes de Estado a partir de amanhã
(12).
Em comunicado, a organização
argumenta que “milhões de pessoas já
sofrem com inundações e secas” – consequências
das mudanças climáticas – e não
podem esperar mais deliberação e atraso
na definição de um novo acordo climático
justo e ambicioso.
O esboço, apresentado hoje,
mantém os compromissos assumidos pelos países
ricos no âmbito do Protocolo de Quioto, indica
a elaboração de um novo acordo para
que os Estados Unidos também tenham metas
obrigatórias de redução de
emissões de gases de efeito estufa e prevê
compromissos de ações de mitigação
para os países em desenvolvimento. O texto
reafirma a necessidade de dinheiro dos países
desenvolvidos para que os pobres se adaptem às
mudanças do clima, mas não trata dos
valores.