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18 December 2009 - Países signatários
do acordo querem investir US$ 25 bi em planos de
Redução das Emissões do Desmatamento
e da Degradação Florestal - REDD
O Departamento de Energia e Mudança
Climática do Reino Unido anunciou, ontem
(17/12), um acordo entre Austrália, França,
Japão, Noruega, Reino Unido e Estados Unidos
para alocar US$ 3,5 bilhões de dólares,
destinados a iniciar o financiamento público
de ações com o objetivo de retardar,
parar e eventualmente reverter o desmatamento nos
países em desenvolvimento.
O anúncio diz que "ações
para reduzir as emissões oriundas de florestas
podem ajudar a estabilizar o clima, apoiar o meio
de subsistência das populações
e garantir a conservação da biodiversidade,
bem como promover o desenvolvimento econômico”.
Os signatários reconhecem,
segundo o documento, o papel significativo do financiamento
público internacional no apoio aos países
em desenvolvimento, como parte de um acordo ambicioso
e abrangente.
“É um esforço para
retardar, parar e eventualmente reverter o desmatamento.
Foi nisso que pensamos ao fazer a alocação
conjunta de US$ 3,5 bilhões de dólares
para iniciar o financiamento de planos de Redução
das Emissões do Desmatamento e da Degradação
Florestal - REDD durante o período de 2010
a 2012”, afirmam os países em sua declaração
conjunta.
Para eles, esses recursos são
um investimento inicial a ser aplicado nos países
em desenvolvimento que coloquem em andamento planos
ambiciosos de REDD e que obtenham reduções
de emissões florestais, conforme sua própria
capacidade.
“Assumimos o compromisso conjunto
de aumentar a escala desse financiamento de acordo
com as oportunidades e os resultados a serem obtidos”,
completa o anúncio, que convida, ainda, outros
doadores a se unirem a estes esforços para
tornar realidade os primeiros projetos de REDD.
Convidamos outros doadores a se unirem a nós
nesse esforço para tornar realidade as primeiras
providências de REDD."
O primeiro-ministro do Reino Unido,
Gordon Brown, destacou textualmente que “o desmatamento
é responsável por quase um quinto
das emissões mundiais. Ao armazenarem a poluição
global, as florestas das nações tropicais
prestam um serviço para o mundo”.
Segundo Brown, é possível
que essas florestas estejam irremediavelmente perdidas
se ninguém tomar uma atitude. “Tal perda
provocaria um impacto no clima mundial e, também,
nos meios de subsistência de 90% das 1,2 bilhões
de pessoas que vivem na extrema pobreza e que dependem
dos recursos florestais para sua sobrevivência”.
O primeiro-ministro acredita que
um acordo para retardar, parar e eventualmente reverter
o desmatamento precisa ser o ponto focal do resultado
a ser alcançado em Copenhague, e que são
necessários cerca de US$ 25 bilhões
durante o período de 2010 a 2015 para diminuir
em 25% os índices de desmatamento nos países
em desenvolvimento até 2015. “Os países
desenvolvidos devem prover a maior parte desses
recursos e apoiar os países tropicais em
seus esforços nesse sentido”, disse Gordon
Brown.
O dirigente britânico informou
também que o Reino Unido contribuirá,
em um primeiro momento, com US$ 480 milhões,
para garantir um rápido começo. “Eu
farei todos os esforços possíveis
para fortalecer tal esforço coletivo e trabalhar
junto com todas as nações, a fim de
alcançar um acordo climático que seja
o mais ambicioso", concluiu.