21 de Dezembro
de 2009 - Thais Leitão - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (21)
que a Conferência das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15)
foi “uma decepção completa”, mas destacou
que a participação do Brasil no encontro
foi bastante elogiada.
Ele garantiu que o país vai continuar empenhado
em cobrar posturas mais fortes das nações
ricas, além de lançar medidas de curto
prazo para minimizar os efeitos do aquecimento global.
“Não é porque o
egoísmo e a insensatez prevaleceram lá
que não vamos avançar no nosso dever
de casa. Vamos continuar trabalhando”, disse ao
participar na manhã de hoje (21), no Rio
de Janeiro, da cerimônia de encerramento do
segundo semestre do Programa Nas Ondas do Ambiente,
desenvolvido pelo governo fluminense, que une comunicação
e educação ambiental.
De acordo com Minc, entre as medidas
que o governo brasileiro vai adotar está
o lançamento do Fundo Cerrado. Sem dar mais
detalhes, o ministro disse que ele deverá
seguir os moldes do Fundo Amazônia, criado
no ano passado, para reduzir o desmatamento na região.
O fundo já existente prevê a contribuição
de doadores internacionais e é gerido pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES).
Minc também garantiu que
o Brasil vai continuar buscando articulações
com outros países, entre eles nações
vizinhas da América Latina, para incrementar
os esforços de preservação
da Amazônia, e da África, onde será
intensificada a implementação de programas
de combate à desertificação.
A COP-15, que reuniu 192 países,
terminou na última sexta-feira (18) em Copenhague,
Dinamarca, sem um novo acordo climático,
que ficou para 2010. Apenas um acordo parcial foi
fechado entre os Estados Unidos, a China, a Índia,
o Brasil e a África do Sul com apoio de outros
países, mas ainda depende de aprovação
formal. A próxima reunião sobre mudanças
climáticas será no ano quem, no México.