Crédito:
Mast - Livro sobre o Darwinismo - 22/12/2009 - A
pesquisadora da Coordenação de História
da Ciência do Museu de Astronomia e Ciências
Afins (Mast/MCT), Heloisa Bertol, lança hoje
(22) o livro Darwinismo, meio ambiente, sociedade,
da Via Lettera Editora. O evento será das
18h30 às 2h na Livraria Museu da República,
na rua do Catete, 153, Glória, Museu da República.
A obra, que é resultado
do Encontro Internacional de Historiadores da Teoria
de Darwin, realizado em Manaus (AM) em 2004, traz
à discussão a teoria darwinista sob
três vertentes: a construção
da teoria e o meio físico e biológico;
darwinismo e o meio cultural e político;
e darwinismo e divulgação. A coletânea
de 23 artigos apresenta partidarismos e oposições
à teoria do naturalista inglês.
A publicação foi
organizada a partir de uma parceria com mais três
especialistas em História das Ciências:
Magali Romero Sá, pesquisadora da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), Miguel Angel Puig-Samper,
diretor do Departamento de Publicações
do Consejo Superior de Investigaciones Científicas
(Csic), e Rosaura Ruiz Gutierrez, atual presidente
da Academia Mexicana de la Ciencia. Pela característica
da organização e autores, o livro
se apresenta com artigos em português e espanhol.
+ Mais
Projeto Panamazônia aponta
limites entre cerrado e floresta no Mato Grosso
17/12/2009 - Onde termina a floresta
e começa o cerrado? No Mato Grosso, o limite
entre os dois biomas observados nas imagens de satélites
foram confirmados em campo pelo Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT). Em novembro,
mais de 7.500 quilômetros foram percorridos
por pesquisadores da Divisão de Sensoriamento
Remoto para verificação do limite
cartográfico e espectral, de acordo com a
metodologia desenvolvida pelo Projeto Panamazônia
2.
A metodologia do Panamazônia
adota um modelo adequado a mapeamentos baseados
em imagens obtidas por diferentes sensores em épocas
distintas. Foram utilizados mosaicos MSS-Landsat
de 1980, Geocover de 11000 e 2000, e Modis de 2007.
As imagens foram editadas no software Spring, que
produziu o banco de dados com a seguinte classificação:
floresta, desflorestamento, rebrota, cerrado, desmatamento,
regeneração, queimada e hidrologia.
Esta metodologia de mapeamento
é aplicada a todos os estados da Amazônia
Legal Brasileira e deve ser transferida aos demais
países da região por meio da Organização
do Tratado de Cooperação Amazônica
(Otca), ligada ao Ministério de Relações
Exteriores (MRE). “Os mapas gerados têm alta
qualidade cartográfica uma vez que se baseiam
em produtos ortorretificados”, diz Paulo Roberto
Martini, coordenador do Projeto Panamazônia
2.
O trabalho de campo realizado
em novembro deu ênfase à região
nordeste do Mato Grosso, principalmente às
áreas ao longo do rio Araguaia e cabeceiras
do Xingu. Segundo Martini, a próxima etapa
se dedicará às cabeceiras do rio Tapajós.
A separação entre
floresta e cerrado foi observada claramente no município
de Cascalheira, por exemplo, no alto da Serra do
Roncador bem como no degrau topográfico ao
norte de Paranatinga. “O limite em Cascalheira se
caracteriza pelo fato dos cerrados secarem na época
de estiagem enquanto a vegetação de
porte florestal permanece verde. O limite em Paranatinga
já obedece à topografia: na parte
alta do degrau o domínio é florestal
enquanto que na parte baixa é predominante
a savana”, explica o pesquisador do Inpe.