21/12/2009 - Aida Feitosa - O
ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, lançou, nesta segunda-feira
(21/12), no Museu Nacional da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, a obra inédita Informe
sobre as Espécies Exóticas Invasoras
Marinhas no Brasil. Primeira de uma série
de informes científicos sobre espécies
exóticas invasoras no Brasil, a publicação
pretende ampliar o conhecimento da sociedade sobre
o tema e difundir informações atualizadas
para professores e estudantes da área com
intuito de prevenir, controlar e monitorar essas
espécies que, frequentemente, se tornam pragas
e geram grandes perdas para o País.
Durante o evento, o ministro Carlos
Minc disse que a publicação vai facilitar
e estimular a pesquisa científica, reconhecendo
a importância do trabalho para que o Brasil
não fique na dependência dos conhecimentos
externos. O ministro lembrou que o Brasil preside
os países megadiversos e a obra, lançada,
representa um dos esforços brasileiros para
aprovação de um regime internacional
de acesso e repartição de benefícios
dos recursos da biodiversidade.
Ainda admitiu ser grande o desafio
para que o Brasil cumpra a meta de reduzir em 10%
a perda da biodiversidade, uma vez que as espécies
exóticas invasoras no País são
a segunda maior ameaça à biodiversidade
depois da perda de hábitats. "Temos
feito esforços para preservar todas as formas
de vida", destacou Minc lembrando que o MMA
trabalha para que o Congresso aprove no próximo
ano a revisão da Lei de Acesso a Recursos
Genéticos.
A obra sobre as espécies
marinhas é composta por dois conjuntos de
dados: o primeiro relaciona-se às espécies
propriamente ditas, e o segundo reflete a estrutura
existente no País para seu enfrentamento.
O trabalho de comunicação e mobilização
vai prevenir a entrada e o aumento da espécies
exóticas e invasoras marinhas com ações
conjuntas que serão constantemente atualizadas.
As próximas edições
que serão lançadas em 2010 tratarão
das espécies invasoras nas águas continentais,
nos ambientes terrestres, nos sistemas de produção
e na saúde humana. Todos os informes foram
realizados ao longo dos anos de 2004 e 2005 e são
resultados dos inúmeros acordos ambientais
internacionais de que o Brasil é signatário.
A publicação é
resultado da parceria da Secretaria de Biodiversidade
e Florestas do Ministério do Meio Ambiente
com o Programa das Nações Unidades
para o Desenvolvimento (PNUD), da Universidade Federal
do Rio de Janeiro ( UFRJ), da Universidade de São
Paulo (USP) e da Marinha do Brasil.