Qui, 17 de Dezembro de 2009 -
O secretário de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de
Minas Gerais, José Carlos Carvalho, informou
em contato com a chefe da delegação
brasileira na Cúpula Mundial sobre Mudanças
do Clima (COP-15), a ministra da Casa Civil Dilma
Rousseff e ministro de Meio Ambiente Brasileiro,
Carlos Minc, para solicitar especial atenção
dos negociadores brasileiros na COP-15 sobre a adoção
do conceito de florestas em exaustão na implementação
do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), tendo
em vista que as metodologias de sua utilização
já foram aprovadas no conselho executivo
do Protocolo de Kyoto.
“A proposta é uma forma
de ampliar o uso do MDL e da negociação
de crédito de carbono para projetos de reflorestamento
em países em desenvolvimento. Esta medida
é fundamental para Minas Gerais, pois é
um grande incentivo para o desenvolvimento da ‘siderurgia
verde’, baseada no uso de carvão vegetal
de origem de florestas plantadas. O processo se
dará por meio de novos plantios em áreas
já ocupadas por florestas plantadas, o que
em nenhuma hipótese pode significar novos
desmatamentos de florestas nativas”, explicou o
secretário.
“As articulações
se justificam diante do impasse das negociações
técnicas e a inevitável providência
de levar as decisões para o alto nível
das delegações, na expectativa de
que os chefes de estado e de governo possam salvar
pelo menos parte das negociações para
reduzir a emissão dos gases de efeito estufa”,
disse.
“Esta medida ajudaria também
os países africanos e menos desenvolvidos,
que poderiam se beneficiar das possibilidades do
reflorestamento, numa perspectiva de cooperação
sul-sul, na qual o Governo de Minas, em articulação
com o governo federal, poderia prestar apoio em
razão do avançado estagio tecnológico
da silvicultura no Estado”, completou.
Carvalho agiu também em
contato com Organizações Não-Governamentais
Internacional (ONGs) para demonstrar que a silvicultura
em Minas não representará pressão
para novos desmates. Nesse contexto, o secretário
destacou a nova Lei Florestal Estadual recentemente
sancionada pelo governador Aécio Neves que
fixa metas de redução do desmatamento
no estado e institucionaliza o pacto celebrado com
o setor produtivo e a sociedade civil para eliminar,
em nove anos, o uso de carvão vegetal originário
de florestas nativas, sendo que em Minas, a partir
de 2010, o consumo de carvão vegetal de origem
de mata nativa não pode ultrapassar 15% do
consumo total.
Fonte: Ascom/ Sisema