Posted on 16 December 2009 - Mais
de mil empresas de todos
os continentes vêm defendendo um tratado ousado
e de cumprimento obrigatório para reduzir
as emissões de gases de efeito estufa e incrementar,
no planeta, a produção de energia
limpa, muito ao contrário da crença
de que o setor empresarial seria cauteloso quanto
às negociações em andamento
em Copenhague.
Juntas, estas empresas representam
US$ 11 trilhões de capitalização
de mercado, 20 milhões de empregos e US$
2,6 trilhões de faturamento anual em 2008.
O Grupo de Lideranças Corporativas
(CLG, na sigla em inglês), da União
Europeia defendeu, em carta o presente da UE, José
Manuel Barroso, um acordo forte, que permitiria
às empresas liderar as mudanças necessárias
para a economia mundial nas próximas décadas.
O Grupo de Lideranças Empresariais
da União Europeia e do Reino Unido emitiu
o Comunicado de Copenhague, em que apela aos líderes
para que cheguem a um acordo. No comunicado, mais
de 900 empresas de 60 países afirmam que,
“vivemos uma época difícil e plena
de desafios para a comunidade empresarial internacional
e um resultado insuficiente na Conferência
da ONU sobre Mudanças Climáticas em
Copenhague irá apenas acentuar essa realidade
(...)”.
As empresas que integram os Defensores
do Clima – parceiras da Rede WWF – têm o compromisso
de reduzir suas emissões em 50 milhões
de toneladas de CO2 até 2010, o que equivale
ao total de emissões anuais da Suíça.
Elas demonstram, na prática, que não
só é possível como rentável
investir em uma economia de baixo carbono.
Nos Estados Unidos, as Empresas
Pró Políticas Climáticas e
Energéticas Inovadoras (Bicep, na sigla em
inglês), da rede Ceres, declararam que é
necessário um acordo mundial que inclua metas
de redução significativa de emissões
no curto e no longo prazos, assim como o compromisso
das nações mais emissoras.
“É clara a urgência
de ação e a necessidade predominante
de uma liderança forte. Declaramos nosso
apoio à liderança climática
para ajudar a assegurar um acordo”, dizem as empresas
norte americanas.
Uma coalizão de governos
e empresas mais influentes do mundo, comprometidos
com o combate às mudanças climáticas,
criada pelo Grupo do Clima (The Climate Group),
apela por um sinal de Copenhague de longa duração
e acredita que haverá, como resultado uma
“onda sem paralelos” de investimento em uma verdadeira
“revolução de energia limpa e tecnologia”.
No Brasil, o Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável
(CEBDS), que reúne as 50 maiores empresas
do país, assinaram o Pacto do Clima e emitiram
artigo com sua posição sobre a COP-15,
entregue à comitiva de negociadores brasileiros,
como contribuição para um acordo realista
e positivo.
Na opinião do WWF-Brasil,
um conjunto de vozes tão retumbantemente
poderoso não pode e não deve ser ignorado
por aqueles que, em Copenhague, têm nas mãos
o futuro de todo o Planeta.