03 de Fevereiro
de 2010 - O potencial de países como o Brasil
para a geração de energia por meio
de fazendas eólica é gigantesco e
o custo (financeiro e ambiental) bem menor do que
o de fontes sujas como a nuclear.
Internacional — China e Estados Unidos lideram crescimento
de 31% em 2009
O Conselho Global de Energia Eólica
(Global Wind Energy Council) divulgou hoje os números
do avanço de projetos de energia eólica
no mundo em 2009. A capacidade instalada cresceu
31% em 2009, passando de 120, 8 GW para 157,9 GW
(ou 157.900 MW). Estes números têm
superado as projeções mais otimistas
do Greenpeace e surpreendido inclusive até
mesmo a indústria eólica.
O crescimento representa cerca
de três usinas de Itaipu e aconteceu em grande
parte na China, que acrescentou 13 GW e dobrou sua
capacidade instalada pelo terceiro ano seguido.
Os Estados Unidos vieram com a segunda maior contribuição,
de 9,9 GW, e seguem como o país com maior
capacidade de energia eólica no mundo, com
35 GW. A Europa instalou 10,5 GW no ano passado,
liderados por Espanha (2,5 GW) e Alemanha (1,9 GW).
"A continuidade do rápido
crescimento da energia eólica, apesar da
crise financeira e da recessão econômica
é uma prova da capacidade de atratividade
desta tecnologia limpa, confiável e rápida
de instalar. A energia eólica se tornou a
fonte que mais cresce em cada vez mais países
do mundo", disse Steve Sawyer, Secretário
Geral do GWEC. "Apesar da falta de consenso
nas negociações de Copenhague, a energia
eólica continuou a crescer graças
a políticas energéticas nacionais
em seus principais mercados", disse ele.
O mercado global de turbinas eólicas
movimento cerca de 63 bilhões de dólares
em 2009, empregando cerca de meio milhão
de pessoas ao redor do mundo, de acordo com a GWEC.
Os 157,9 GW de capacidade instalada economizam cerca
de 204 milhões de toneladas equivalentes
de carbono por ano. Estes números não
deixam dúvidas de que a energia eólica
é a escolha certa tanto para a economia,
quanto para o clima.
O Brasil, que havia fechado 2008
com 400 MW instalados, agora conta com 660 MW de
capacidade instalada. A conclusão das usinas
contratadas pelo Proinfa (Programa Nacional de Incentivo
às Fontes Alternativas) e o impulso dado
pelo primeiro leilão de energia eólica,
realizado em dezembro de 2009, devem elevar este
número a 3 mil MW em 2012.
“O Brasil tem todas as condições
de aproveitar seu gigantesco potencial eólico
e posicionar-se entre os países de maiores
gerações no mundo. Para tanto, o Greenpeace
vem trabalhando no fortalecimento das políticas
energéticas para novas fontes renováveis
no país e pede a realização
de leilões anuais de 1000 MW para a fonte
eólica.” declarou Ricardo Baitelo, coordenador
da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace
Brasil.