Panorama
 
 
 

ÍNDIOS NÃO SERÃO DESLOCADOS PARA
CONSTRUÇÃO DE BELO MONTE, DIZ MINC

Panorama Ambiental
Brasilia (DF) – Brasil
Fevereiro de 2010

1 de Fevereiro de 2010 - Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que teve a licença prévia assinada hoje (1º), não exigirá o deslocamento de índios que vivem na região do Rio Xingu, no Pará. “Não vai ter um índio deslocado. Eles serão impactados indiretamente, mas não terão que sair das terras indígenas”, disse hoje o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Entre as 40 condicionantes impostas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na licença prévia, nenhuma trata diretamente das populações indígenas. No entanto, de acordo com o diretor de licenciamento do instituto, Pedro Bignelli, as obrigações que o empreendedor terá que cumprir beneficiarão indiretamente os indígenas da região.

“Várias da condicionantes atingem os índios, por melhorar a região como um todo”, afirmou.

A licença prevê a construção de casas, escolas e postos de saúde e investimentos em saneamento básico em municípios na área de influência da barragem. Também determina a elaboração e o acompanhamento de medidas que garantam a conservação da fauna e da flora da região e da navegabilidade do rio.

A diminuição da vazão do rio em um trecho que passa por uma terra indígena não vai prejudicar as populações locais, disse Bignelli. “O rio não vai secar”, completou. Segundo ele, o Xingu já tem uma vazão bastante variável – de 23 mil metros cúbicos por segundo na época da cheia à 270 metros cúbicos por segundo na seca – independentemente da construção da barragem.

Desde a década de 1970, quando começou a ser elaborado, o projeto de Belo Monte é alvo de críticas de comunidades tradicionais, lideranças indígenas e organizações ambientalistas. Um dos episódios mais conhecidos da polêmica aconteceu durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em 1989, em que uma indígena contrária à usina ameaçou um funcionário da Eletronorte com um facão.

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Usina de Belo Monte pode ajudar a diminuir preço da energia, diz presidente da EPE

1 de Fevereiro de 2010 - Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A licença prévia para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, concedida hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), deve ser comemorada, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. “É uma usina muito importante, tanto do ponto de vista energético como socioambiental.”

Ele lembrou que Belo Monte será a terceira maior usina do mundo e a segunda maior do Brasil de uma fonte renovável, que não emite gás carbônico, principal causador do efeito estufa. “Além disso, é uma energia barata e competitiva.” Tolmasquim acha que isso poderá ajudar a baixar o preço da tarifa.

De acordo com o presidente da EPE, a empresa que vencer o leilão de Belo Monte terá que cumprir uma série de exigências de investimento referentes ao meio ambiente, incluindo a recuperação de áreas degradadas e investimento em áreas de conservação ambiental. “Além de investir na conservação da fauna e da flora, vai investir em unidades de conservação”.

Serão transformadas em unidades de conservação duas áreas localizadas às margens do Rio Xingu, totalizando 100 mil hectares. “A implantação dessas unidades de conservação permitirá tornar um bloco contínuo de florestas de cerca de 1,6 milhão de hectares próximo às terras indígenas”.

Outro ponto destacado pelo presidente da EPE são os investimentos que permitirão retirar populações que vivem em palafitas no entorno da obra, transferindo-as para casas de alvenaria.

“Serão feitos investimentos nas áreas de saneamento, comunicação, transporte para beneficiar a população local. Por tudo isso, eu acho que é um momento que deve ser comemorado”.

O estudo de viabilidade da usina de Belo Monte começou em 1980. “Finalmente, a gente conseguiu. E chegamos a um processo importante em que conciliamos o interesse energético com o interesse ambiental. Isso é importante. Cada um cedeu um pouco”.

No projeto original, a energia gerada prevista era maior, como também era mais extensa a área a ser alagada. Tolmasquim explicou que no novo projeto a área alagada foi reduzida.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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