6 de Fevereiro de 2010 - Flávia
Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou a ação
de procuradores contra as licenças concedidas
pelo Ibama. Segundo ele, o caso da Usina de Belo
Monte (PA) é emblemático.
"O procurador foi como pessoa
física em cima desse analista, de 30 anos,
com duas filhinhas, pedindo o bloqueio dos bens
do rapaz, porque ele deu o aceite para o prosseguimento
dos trabalhos da Belo Monte, não foi nem
a licença. Para dar início às
audiências públicas.
As declarações do
ministro foram feitas durante a entrega de mapas
de um projeto de monitoramento da Mata Atlântica
no município do Rio de Janeiro, na sede da
Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ),
zona sul da cidade.
“Agora nenhum técnico que
assinar nada com medo de que algumas pessoas do
Ministério Público Federal vão
em cima dele. Tem mais de 70 analistas do Ibama
com ações de improbidade semelhantes
a de Belo Monte”, completou.
Minc informou que na segunda-feira
(8) se reunirá com o advogado-geral da União
e o procurador-geral da República para discutir
o impasse e buscar um consenso. O ministro disse
que é um “fã” do MP e que já
o utilizou muitas vezes para fiscalizar e acionar
obras em desacordo com a lei. “O que não
dá é um procurador ir, como pessoa
física, em cima de um técnico, que
está fazendo o trabalho dele”, afirmou.
+ Mais
Desmatamento na Mata Atlântica
do município do Rio foi praticamente zero
em 2009
5 de Fevereiro de 2010 - Flávia
Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O desmatamento nos maciços
da Tijuca e da Pedra Branca e nas favelas beneficiadas
pelo Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), no município do Rio de Janeiro, foi
de 0,16% entre 2008 e 2009. Já no Parque
Nacional da Tijuca não foi registrado nenhum
tipo de desmatamento no mesmo período.
Os dados são do Programa
Integrado de Monitoria Remota de Fragmentos Florestais
e de Crescimento Urbano no Rio de Janeiro (Pimar),
que é uma parceria entre a Secretaria de
Estado do Ambiente do Rio e a Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Dos 3.447 hectares monitorados,
foram detectados 500 pontos de extensão horizontal
e vertical no entorno do Parque da Tijuca. O local
com maior concentração de edificações
em área florestada foi na zona norte, sobretudo
na área da favela do Borel, na Tijuca. Na
Rocinha, em São Conrado, o ponto desmatado
que mais chama atenção é uma
área onde está sendo construída
uma das obras do PAC.
A parceria com o governo do estado
foi firmada em dezembro de 2008 com a meta de monitorar
por dois anos a Mata Atlântica da cidade.
A metodologia de monitoramento é pioneira,
com imagens de alta resolução por
satélite, para identificação
dos fragmentos florestais e de processos de expansão
urbana sobre áreas preservadas do estado.
O diretor do Núcleo Interdisciplinar
de Meio Ambiente (Nima) da PUC e coordenador do
projeto, Luiz Felipe Guanaes Rego, explicou que
nesta primeira etapa do projeto foram produzidos
40 mapas para que as autoridades façam o
juízo de valor quanto a legalidade ou não
dos desmatamentos.
“A prefeitura e o governo estadual
vão dizer se as supressões são
legais. Se houve corte de árvores em função
do risco de queda encima de uma casa. Por isso,
antes de divulgarmos os dados para a população,
acreditamos que esses dados devam ser qualificados
pelos órgãos competentes.”
Guanaes Rego explicou que a segunda
etapa prevê a participação popular,
via internet, que poderá fazer denúncias
sobre desmatamento e acrescentar informações
num mapa interativo. O coordenador do projeto disse
que, até o final do ano, será concluído
e disponibilizado o software do programa que poderá
ser usado por 3 mil municípios com área
de preservação da Mata Atlântica.
+ Mais
Incêndio atinge reserva
ambiental no Rio
4 de Fevereiro de 2010 - Vitor
Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um incêndio atinge o Parque
Estadual do Desengano, no norte do estado do Rio
de Janeiro. Bombeiros estão no local combatendo
o fogo, que começou no fim da tarde de ontem,
próximo a uma fazenda na localidade de Rio
Preto, e avançou para a área mais
alta da reserva da Mata Atlântica.
Segundo o Instituto Estadual do
Ambiente (Inea), responsável pelo parque,
os bombeiros conseguiram impedir que o incêndio
se alastrasse, mas ainda há pequenos focos
na parte alta da reserva. De acordo com o Inea,
os bombeiros usando uma aeronave, já que
o acesso por terra ao local é difícil.
Os bombeiros calculam que o fogo
tenha destruído pelo menos 25 hectares de
vegetação rasteira. Técnicos
do Inea começarão a fazer um mapeamento
da área atingida para verificar a real dimensão
do incêndio no parque, que tem 22.400 hectares.