A Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos do Paraná deu
um grande exemplo de sustentabilidade ao país
com a substituição do papel branco
pelo papel 100% reciclado em todas as esferas da
administração pública estadual.
Para que se tenha uma ideia - entre os meses de
janeiro a dezembro de 2009 - o uso de papel reciclado
garantiu a economia de 67,18 milhões de litros
de água, 41.134 árvores que deixaram
de ser cortadas, 1,7 tonelada a menos de gás
carbônico emitido na atmosfera e a reutilização
de 29, 807 mil embalagens longa vida.
Devido a esta contribuição
para economia dos recursos naturais o Governo do
Estado recebeu nesta terça-feira (09), em
Curitiba, a certificação de consciência
ambiental. O certificado foi entregue ao secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues, pelo representante da empresa Incoplastic
- fabricante dos papéis Incopy e Aquatro
Cléa, que são 100% reciclados pós-consumo.
Todos os dados de economia foram contabilizados
e divulgados pela empresa fabricante de papel reciclado.
Segundo o secretário Rasca,
desde o ano passado, 100% dos órgãos
de governo passaram a utilizar papel reciclado em
cartões, recibos, papéis timbrados,
publicações, processos e embalagens.
“A atitude do Governo proporcionou uma mudança
de hábito e contribuiu significativamente
para a redução de impactos ambientais”,
destacou o secretário ao receber o certificado.
Há dois anos o Estado enfrentava
um grave problema com a destinação
correta das embalagens longa vida porque tinha um
volume de aproximadamente 1,7 tonelada de embalagens
acarretando danos ao meio ambiente. A confecção
do papel reciclável foi um avanço
para a destinação dessas embalagens.
“O papel reciclável é
importante por vários motivos, entre eles
a diminuição de resíduos nos
aterros sanitários e a monocultura, ambientalmente
falando”, explica o coordenador de Resíduos
Sólidos da Secretaria, Laerty Dudas.
Os resultados apresentados apontam
esforços para a proteção de
espécies, melhoria da qualidade de vida de
todos e, principalmente, exemplos eficientes para
a educação das novas gerações.
HISTÓRICO – O Paraná
foi o pioneiro na cobrança da utilização
do papel reciclável nos órgãos
públicos. O diretor da consultoria FMC Trade,
Fabio Chierigatti, comenta que apenas Paraná
e Bahia são os Estados brasileiros que exigem
a utilização de papel reciclado nos
órgãos públicos.
Segundo ele, este é um
exemplo que deve ser seguido por todos porque além
do ganho ambiental também proporciona geração
de emprego e renda. “Atualmente são mais
de 10 mil empregos gerados para as cooperativas
de reciclagens atenderem a demanda para a confecção
dos papéis reciclados”, destaca Fábio.
No mês de abril de 2009
a coordenação de resíduos sólidos
da Secretaria apresentou o projeto “Selo Azul” –
certificação necessária para
que os fabricantes de papel reciclado possam vender
seus produtos ao governo do Estado. A partir daí
o governador Roberto Requião sancionou a
Lei N° 15.696 em que todas as instituições
devem utilizar pelo menos 30% dos materiais de expediente
confeccionado em papel reciclado.
SELO – Para a obtenção
do Selo Azul, as empresas devem apresentar a documentação
solicitada pela Secretaria, o fabricante terá
o símbolo do Selo Azul impresso em seus produtos
e poderá vendê-los para órgãos
públicos. Para mais informações,
acesse o site www.sema.pr.gov.br e clique no link
“Resoluções SEMA 2008”.
+ Mais
Projeto Caiçara será
lançado nesta quarta-feira em Pontal do Sul
O secretário do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, lança
nesta quarta-feira (10), às 14 horas, no
Parque do Perequê – balneário de Pontal
do Sul, o Projeto Caiçara que prevê
a valorização da cultura e das tradições
locais, bem como ações direcionadas
à preservação do meio ambiente
no município de Pontal do Paraná.
O projeto – idealizado pela coordenadoria
de Educação Ambiental da SEMA e desenvolvido
pela Organização Não-Governamental
Mar Brasil, com apoio do Centro de Estudos do Mar
(CEM) da Universidade Federal do PAraná –
prevê cinco atividades diferenciadas e abertas
ao público.
São elas: exposição
de animais marinhos encontrados na costa litorânea;
trilhas monitoradas pelo mangue e restinga, incluindo
palestras; oficinas de ciências – para observação
de aves, identificação de tartarugas,
identificação de golfinhos, manguezal,
histórias de pescador e arte com sucata.
Todas as oficinas são de três horas
e serão ministradas por pesquisadores do
CEM, pescadores e artesãos locais.
O projeto inclui ainda o lançamento
de uma Série Ambiental, com seis cadernos,
voltado a crianças de nove a 12 anos. As
publicações tratam dos ecossistemas
do Litoral e as histórias contadas por animais/personagens
que vivem nestes locais. A história da baía,
por exemplo, é contada pelo boto cinza; o
mangue, pelo caranguejo Uçá, sobre
a praia quem fala é o caranguejo marinha
farinha; a Coruja Buraqueira conta a história
da restinga; o papagaio da cara roxa fala sobre
a mata atlântica e sobre as ilhas o peixe
Mero.
Outra ação do Projeto
Caiçara em Pontal do Sul que promete mexer
com a população é a compostagem
de resíduos orgânicos. Serão
implantados pontos de coleta (bombas próprias
para disposição de lixo orgânico),
em locais onde há grande concentração
de pessoas. O projeto fará o monitoramento
permanente das bombas e depois irá disponibilizar
húmus para hortas e jardins produzido com
os resíduos orgânicos.
OUTROS LOCAIS – Os municípios
de Matinhos e Guaratuba também participam
do Projeto Caiçara. Em Guaratuba, a ação
é chefiada pelo Instituto Guajú com
o Barco Escola e em Matinhos, foi montada a “Tenda
da Consciência”, onde são promovidas
ações de educação ambiental,
aliando arte, turismo e história local. O
intuito é divulgar as comunidades tradicionais
nos municípios litorâneos e a preservação
do meio ambiente.
“O ‘Projeto Caiçara’ busca
a valorização dos costumes locais,
visa resgatar a identidade do povo caiçara,
promove a inserção da comunidade no
seu ambiente, além de trazer novas opções
de lazer para a população”, declarou
o Secretário Estadual do Meio Ambiente, Rasca
Rodrigues.