Elmano Augusto
- Brasília (26/02/2010) – O governo brasileiro
se mantém firme a favor da moratória
da caça comercial da baleia e contra a captura
para fins científicos. A posição
será levada à reunião de um
grupo de trabalho da Comissão Internacional
da Baleia (CIB), na próxima terça-feira
(2), na Flórida (EUA). A reunião é
preparatória para o encontro marcado para
junho, que vai avaliar o protocolo de intenções
sobre a redução da caça científica,
hoje praticada pelo Japão na Antártica.
A posição brasileira
será levada pelo comissário do Brasil
na CIB, embaixador Fábio Vaz Pitaluga, que
terá a companhia da chefe do Centro de Mamíferos
Aquáticos (CMA), Fábia Luna, do Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio). O ICMBio atua como órgão
de assessoramento científico do governo brasileiro
nessa questão.
Nesta semana, Pitaluga se reuniu,
no Itamaraty, em Brasília, com representantes
do Ministério do Meio Ambiente, ICMBio, Sociedade
Mundial de Proteção Animal (WSPA),
Instituto Baleia Jubarte, Greenpeace, Centro de
Conservação Cetácea, Instituto
Justiça Ambiental e Instituto Sea Shepherd
Brasil para discutir o tema e fechar a posição
brasileira.
Apesar da moratória estabelecida
pela Comissão em 1986 e da declaração
da Antártica como um Santuário de
Baleias em 1994, a caça está em franca
escalada na região sob o pretexto de “captura
científica”.O Japão faz a caça
e, apesar de frequentemente condenado pela maioria
dos países da CIB, nega-se a parar. Há
a suspeita de que a prática teria objetivos
comerciais.
+ Mais
Desmatamento da Caatinga e do
Cerrado será monitorado a partir de março
Brasília (26/02/2010) –
A Caatinga e o Cerrado serão monitorados
pelos técnicos do Ministério do Meio
Ambiente com objetivo de combater o processo de
desmatamento que atinge dois dos importantes biomas
do país. De acordo com o ministro Carlos
Minc, o monitoramento começa a ser executado
a partir de março.
Para o ministro, o país
não deve apenas se preocupar com o desmatamento
da Amazônia. “Até algum tempo atrás,
só a Amazônia era monitorada, parecia
que só existia a Amazônia, como se
não houvesse desmatamento dos outros biomas.
O Brasil não é um samba de uma nota
só”, disse.
Minc participou na quinta-feira
(25) da reunião do grupo de trabalho responsável
pela elaboração do Macro Zoneamento
Ecológico-Econômico (ZEE) da Amazônia.
Na reunião estiveram presente também
representantes do estados da Amazônia Legal
e do Consórcio ZEE Brasil, composto por 14
instituições públicas.
A proposta do zoneamento está
em fase de consulta pública no site do Ministério
do Meio Ambiente. Até o dia 6 de março,
os técnicos responsáveis pela elaboração
do ZEE estarão recebendo sugestões
e críticas da sociedade, dos movimentos sociais,
das universidades, de pesquisadores e dos setores
produtivo e empresarial com a finalidade de aperfeiçoar
as estratégias de desenvolvimento sustentável
na Amazônia. Minc disse que “o macro zoneamento
está numa fase importante, porque as pessoas
podem participar”.
O analista ambiental e coordenador
do ZEE da Amazônia, Bruno Siqueira, afirmou
que a partir do levantamento dos aspectos sociais,
ambientais e econômicos feito pelo ZEE, é
possível fazer um diagnóstico para
propôr uma estratégia de uso e ocupação
do território que tenha como objetivo maior
a sustentabilidade.
O ministro disse para os representantes
dos estados e integrantes do consórcio sobre
a importância do zoneamento no cumprimento
do Plano de Mudanças Climáticas assumido
pelo presidente Lula em Copenhague no fim do ano
passado. “Todo mundo olha para a Amazônia
e acho que vocês têm uma grande responsabilidade”,
afirmou.