Ter, 02 de Março de 2010
- O governador Aécio Neves e o vice-governador
Antonio Anastasia inauguraram, nesta sexta-feira
(26), as novas instalações
do Parque Estadual do Rio Doce, localizado entre
os municípios de Marliéria, Dionísio
e Timóteo, no Vale do Aço. Foram R$
3,5 milhões em obras de reforma e ampliação
da infraestrutura do parque, consolidando-o como
uma das unidades de conservação mais
bem equipadas do país para o turismo ecológico,
pesquisas científicas, educação
ambiental e combate a incêndios florestais.
“Estamos inaugurando o mais bem
equipado parque florestal do país, o Parque
do Rio Doce. Primeira reserva florestal protegida
de Minas Gerais, ele é hoje um exemplo daquilo
que está sendo feito em outras regiões
do Estado, como no Ibitipoca, na região da
Zona da Mata. Há hoje uma consciência
ambiental nova em Minas, e é isso que nos
traz aqui hoje”, disse Aécio Neves, em entrevista
após a visita ao parque.
Os investimentos nas melhorias
do Parque Estadual do Rio Doce contaram com recursos
do Programa de Proteção da Mata Atlântica
(Promata) – parceria entre o governo da Alemanha
e o Governo de Minas – do Fundo Brasileiro para
a Biodiversidade (Funbio) e do Instituto Estadual
de Florestas (IEF).
Entre as melhorias feitas no parque
estão a reforma do posto de fiscalização
na estrada entre Marliéia e Pingo d’Agua,
da unidade de apoio à Pesquisa e Fiscalização,
o Centro de Treinamento, viveiros, galpão
de sementes, posto de vigilância e alojamento
para fiscais e pesquisadores, além do centro
de visitantes.
“Esse parque que aqui está,
mais do que a sua extraordinária estrutura,
seja de pesquisa, educação ambiental,
seja de lazer, significa que Minas Gerais assumiu
e assume de forma muito clara a sua responsabilidade
com a preservação da nossa biodiversidade.
Nenhum outro estado brasileiro avançou tanto
nas suas áreas protegidas”, disse o governador.
Participaram do evento, junto
ao governador e vice-governador, ambientalistas
de todo o país, que compõem a Rede
de ONGs da Mata Atlântica, que participaram
do “Encontro sobre a biodiversidade mineira”, executivos
de empresas instaladas no Vale do Aço, acadêmicos
e representantes da empresa Vale.
Pacto pela mata atlântica
Durante a solenidade no Parque
Estadual do Rio Doce, Minas Gerais aderiu ao Pacto
pela Restauração da Mata Atlântica,
projeto que tem objetivo de recuperar 15 milhões
de hectares até o ano de 2050 nos estados
brasileiros. O pacto é um instrumento de
articulação entre os projetos de instituições
públicas e privadas, governos e empresas
para gerar resultados na conservação
da biodiversidade. O pacto é uma iniciativa
da The Nature Conservancy, que reúne 16 organizações
de todo o país.
“O Governo Aécio Neves,
como vimos aqui, vem sendo aplaudido e reconhecido
não só em Minas, mas no Brasil e até
internacionalmente pela sua preocupação
com o meio ambiete. A presença das entidades
ambientalistas aqui é nesse sentido. O governador
disse bem. Nós não conseguimos resolver
100% dos problemas e jamais alguém conseguirá.
Mas avançamos muito positivamente, inclusive
na consciência ecológica da população
mineira da necessidade da preservação
do meio ambiente”, disse Antonio Anastasia.
O Parque do Rio Doce abriga a
maior área de Mata Atlântica de Minas
em seus 36.970 hectares e é considerado Reserva
da Biosfera pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco). É um dos maiores remanescentes
de Mata Atlântica em Minas Gerais e um dos
mais procurados por turistas. Em 2009 recebeu 18
mil visitantes.
No parque podem ser encontradas
cerca de 10 mil categorias de espécies da
Mata Atlântica. Já foram identificados
325 espécies de aves e 77 mamíferos,
inclusive espécies ameaçadas de extinção
como a onça-pintada, o macuco e o mono-carvoeiro,
maior primata das Américas.
Lista de Zonas Úmidas
O Parque do Rio Doce recebeu também,
durante a solenidade, o certificado de inclusão
da Unidade na Lista de Zonas Úmidas de Importância
Internacional, a Lista Ramsar. Será a primeira
área de Minas Gerais e a nona do Brasil a
fazer parte da lista. São consideradas zonas
úmidas, áreas de pântanos e
corpos de água, naturais ou artificiais,
permanentes ou temporários.
O Parque Estadual do Rio Doce
está inserido na região considerada
o terceiro maior ecossistema lacustre do Brasil,
perdendo apenas para o Pantanal e a Amazônia.
A região possui 40 lagos naturais.
Educação
A Secretaria de Estado de Meio
Ambiente lançou, durante a solenidade, o
material técnico e educativo que será
usado na implantação do Programa Ambientação
em unidades de conservação do Estado,
a começar pelo Parque do Rio Doce. O trabalho
busca sensibilizar os funcionários públicos
para as práticas ambientalmente corretas,
buscando reduzir o uso de recursos naturais e estimular
a destinação adequada dos resíduos.
“Esse parque, do qual todos devemos
nos orgulhar, em importância biológica,
transcende as fronteiras de Minas, para situar-se
como uma das mais importantes unidades de conservação
de mata atlântica do Brasil”, disse o secretário
de Estado de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho.
O secretario afirmou que o Centro
de Pesquisa do Parque do Rio Doce é o mais
bem montado das unidades de conservação
brasileira, onde mais de 100 trabalhos de pesquisa,
de tese de mestrado e doutorado já foram
realizadas sobre a biodiversidade da mata atlântica.
Unidades de Conservação
Desde 2003, houve aumento de 30%
nas áreas verdes de proteção
integral em Minas Gerais. O Estado possui 200 unidades
de conservação, totalizando dois milhões
de hectares de áreas protegidas, dos quais
515 mil são de máxima proteção.
Os investimentos nas Unidades de Conservação
nos últimos cinco anos superam R$ 230 milhões.
Somente nos últimos cinco
anos, o IEF criou 506 mil hectares de novas áreas
protegidas. Nessas unidades, além do turismo
ecológico, ocorrem ações de
educação ambiental e pesquisas científicas.
Além disso, o Governo de
Minas está investindo R$ 43,3 milhões
na melhoria de cem quilômetros de estradas
que levam a sete parques estaduais implantados no
Estado, por meio do programa “Melhoria de Acesso
aos Parques". Esse investimento garante ao
visitante um acesso de qualidade às belezas
naturais dos parques. Por se tratar de áreas
de preservação, estão sendo
utilizados broquetes e calçamento, e não
apenas asfalto.
Fonte: Assessoria de Imprensa Governador.