08/03/2010
- A promoção da conservação
de energia, reciclagem de resíduos e economia
de insumos resultam em uma produção
de baixo impacto ambiental
Os cafeicultores estão
se conscientizando da necessidade de adotar práticas
agrícolas sustentáveis na condução
de suas lavouras, buscando tecnologias agronômicas
de baixo impacto ambiental. O objetivo é
a promoção da conservação
de energia, reciclagem de resíduos e economia
de insumos, especialmente a água, com a aplicação
de novas técnicas de lavagem.
Segundo o secretário estadual
do Meio Ambiente, Xico Graziano, o engajamento dos
produtores é fundamental para que “novos
conceitos como o da sustentabilidade na produção
agrícola, com respeito ao meio ambiente,
sejam assimilados pela cafeicultura no Brasil”.
Graziano participou na sexta-feira, 05.03, da solenidade
de entrega do 19º Prêmio Ernesto Illy
de Qualidade do Café para Espresso, realizada
pela torrefadora italiana Illycafé para destacar
o trabalho de seus fornecedores no Brasil.
O presidente da empresa, Andréa
Illy, explicou que o prêmio, em sua 19ª
edição, tem a finalidade de promover
o desenvolvimento da produção de cafés
especiais, reconhecendo o trabalho dos produtores
que vêm investindo na qualidade dos grãos.
Em 2008, com a preocupação em amenizar
os impactos sobre o meio ambiente, a Illycafé
lançou o Programa de Reconhecimento às
Melhores Práticas com o objetivo de promover
a adoção de procedimentos sustentáveis
adequados a cada ecossistema.
Com base em questionários
aplicados aos produtores vinculados à Illycafé
e por meio de visitas técnicas, uma comissão
avaliou as propriedades sobre aspectos relacionados
à sustentabilidade sob o ponto de vista social,
ambiental e econômico. O Diploma de Reconhecimento
às Melhores Práticas e Sustentabilidade
foi concedido a Maria Luzia Tonelli de Faria, da
Fazenda Boa Vista, de Tapiraí, Minas Gerais.
O prêmio principal foi entregue a Clóvis
Carvalho Filho, de Campos Altos, Minas Gerais. Foram
entregues também prêmios aos melhores
classificadores e fornecedores.
A Illycafé é uma
empresa com sede em Triestre, na Itália,
que produz e comercializa uma mistura de café
em mais de 140 países, por meio de mais de
50 mil restaurantes e bares que vendem, diariamente,
mais de seis milhões de xícaras. Mantém
ainda uma rede de 230 lojas com a sua marca, em
30 países. A organização registrou,
em 2008, um faturamento de € 280 milhões,
com lucro líquido de € 8 milhões.
A Illycafé adquire o café
verde arábica diretamente dos cafeicultores,
estabelecendo parcerias com produtores do Brasil,
América Central, Índia e África.
Texto: Newton Miura Fotografia: José Jorge
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Área de cana mecanizada
no Estado aumenta para 55,8%
11/03/2010 - Na última
safra, 2009/2010, o Estado de São Paulo conseguiu
superar uma barreira e já tem mais da metade
da sua área de cana-de-açúcar
sendo colhida por máquinas e não mais
por meio da queima. Uma área de 2,4 milhões
de hectares de cana foi colhida mecanicamente, o
que significa 55,8 % da safra 09/10. O número
mostra que, devido ao trabalho do projeto Etanol
Verde da Secretária do Meio Ambiente – SMA,
o fim da queima será antecipado, em vez de
terminar em 2031 como prevê a Lei Estadual
11.241/02.
Com os novos prazos estabelecidos
pelo governo paulista por meio do Protocolo Agroambiental
a previsão é de que em 2014 seja eliminada
a queima da cana-de-açúcar nas áreas
mecanizáveis e, em 2017, nas áreas
não mecanizáveis, aquelas que apresentam
declividade acima de 12%. Desde 2007, início
do projeto, deixaram de ser queimados 2,6 milhões
de hectares no Estado de São Paulo, valor
equivalente a emissão da frota de 23 mil
ônibus a diesel, no período de um ano.
Em 2009 deixaram de ser queimados 1,1 milhão
de hectares de cana, evitando a emissão de
cerca de 3,3 milhões de toneladas de monóxido
de carbono. Também deixaram de ser emitidas
cerca de 290 mil toneladas de material particulado
e 480 mil toneladas de hidrocarbonetos. Além
disso, as unidades agroindustriais certificadas
pelo Protocolo Agroambiental e os fornecedores de
cana-de-açúcar comprometeram-se com
a recuperação de 251.375 hectares
de mata ciliar, o que representa mais de 40 mil
km de rios protegidos.
Texto: Ludmilla Fregonesi
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