O diretor geral
da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Alan Jones, e o presidente do Instituto Ambiental
do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, participaram
nesta terça-feira (09), em Curitiba, da abertura
do Encontro sobre Políticas de Conservação
e Gestão da Fauna.
O encontro tem o objetivo de discutir
as políticas públicas de conservação
e da gestão da Fauna no Paraná e Brasil.
Durante o evento serão demonstrados, pelos
técnicos do IAP e SEMA, os programas que
vêm sendo desenvolvidos no Estado em relação
à fauna nativa e ao manejo de espécies
exóticas.
Para Alan Jones, as ações
desenvolvidas pelo Estado são essenciais
para a preservação ambiental e conta
com o apoio de diversas instituições.
“Desenvolvemos importantes ações voltadas
para a fauna, dentro da política ambiental
do Estado, e pretendemos compartilhar essas informações
em nível nacional”, comenta o diretor geral.
Entre os temas que serão
apresentados está o programa de erradicação
de espécies invasoras. O Paraná foi
o primeiro estado brasileiro a regulamentar a retirada
de espécies exóticas com portaria
192/2005 do IAP que permite a extração
das espécies invasoras de Unidades de Conservação.
O Programa foi pioneiro em publicar
uma lista com 57 espécies de plantas e 26
de animais considerados exóticos aos ecossistemas
paranaenses; foi realizada a retirada de mais de
500 mil árvores de pinus do Parque Estadual
de Vila Velha, em Ponta Grossa; e feita revitalização
e remoção de espécies exóticas
invasoras que estavam ameaçando a vegetação
nativa do Parque Estadual do Monge, na Lapa.
Durante a abertura do encontro,
o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, destacou
a questão da luta contra as espécies
exóticas. “Combatemos as espécies
invasoras que são uma grande ameaça
à biodiversidade e ocupam os espaços
das espécies nativas”, reforçou.
O evento também promove
as novas ações do Sisfauna/PR na implementação
da Política Estadual de Proteção
à Fauna Nativa, especialmente na articulação
de vários segmentos, não só
governamentais, mas principalmente do setor privado
e da sociedade civil, para atuarem de forma conjunta
na conservação de fauna.
O Sistema de Proteção
à Fauna (Sisfauna) atuará em novas
frentes para reforçar a preservação
da fauna nativa no Paraná. As iniciativas
do IAP – responsável pela coordenação
do Sisfauna no Paraná – têm como objetivo
envolver a sociedade civil e o setor privado na
implementação da Política Estadual
de Proteção à Fauna Nativa.
Para a diretora de Biodiversidade
e Áreas Protegidas do IAP, Márcia
de Guadalupe Pires Tussolino, o encontro contribui
para a troca de experiências e a divulgação
das informações sobre a fauna brasileira.
“Além disso, é preciso envolver todos
neste processo para conhecer e colaborar com a política
de fauna do Estado”, conclui Márcia.
+ Mais
Secretaria do Meio Ambiente cobra
ações ambientais de empresas que geram
resíduos
As empresas do segmento de cigarro
e tintas participaram nesta terça-feira (09),
em Curitiba, de uma reunião com o secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues, e o coordenador de Resíduos Sólidos
da Sema, Laerty Dudas, para discutir soluções
mais eficientes para destinação correta
dos resíduos de cada segmento. Participaram
das reuniões 12 empresas de cigarros e 27
empresas de tintas, em reuniões separadas.
Os representantes da Philip Morris
e da Souza Cruz, responsáveis pela maioria
das marcas de cigarro vendidos no Estado, ouviram
do secretário os principais problemas causados
pelas embalagens e bitucas de cigarro, principalmente
no litoral paranaense.
“Estamos abrindo este espaço
para conversar em conjunto e buscarmos soluções
para este problema. O que a gente quer é
que as industrias assumam este compromisso também
e promovam campanhas de educação ambiental,
principalmente focado nos consumidores”, sugeriu
Rasca.
De acordo com o secretário,
durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro
os municípios de Guaratuba, Matinhos e Pontal
do Paraná sofrem com o acumulo destes resíduos.
“Devido ao Natal, Ano Novo e Carnaval as praias
do Paraná ficam cheias de bitucas e embalagens
e nenhuma empresa toma uma atitude. Por tanto, a
partir de agora as empresas serão responsabilizadas
por este acumulo”, salientou.
O secretário apresentou
as bituqueiras (recipientes para destinação
das bitucas) como uma medida que pode ser adotada
pelas empresas de cigarro. “Há quatro anos
adotamos este recipiente no litoral. É uma
medida simples e eficaz. Até porque, nós
não queremos ser contra o cigarro ou os fumantes,
mas contra a má destinação
dos resíduos desta industria”, completou.
As empresas de cigarro, já
que não sugeriram uma proposta, terão
60 dias para apresentar um planejamento viável.
A próxima reunião está marcada
para o dia 9 de maio onde as empresas deverão
apresentar um plano de ação eficaz
para o passivo ambiental.
TINTAS – Na sequência, foi
à vez dos fabricantes (Suvinil, Renner, Coral,
Bast, Eucatex, Shewin Willians, entre outros) e
lojistas (Cassol, Balaroti, Tintas Verginia e Bigolin)
de tinta apresentarem alternativas para a logística
reversa das latas de tinta e dos resíduos
não utilizados pelos consumidores.
“Nosso objetivo é definir
com as empresas de tinta uma proposta, que deve
ser apresentada pelas empresas, que seja dentro
da realidade do segmento. As propostas devem ter
uma preocupação com destinação
final das latas, dos resíduos e também
estar atentas a sua responsabilidade social, ou
seja, pensar em toda a cadeia produtiva de tintas”,
explicou Laerty Dudas, coordenador de resíduos
sólidos da secretaria.
As empresas de tinta terão
um prazo de 30 dias para apresentar uma proposta,
que depois será apresentada aos gestores
ambientais dos principais municípios do Paraná.
“Considero a ideia e esta convocação
do Governo do Paraná fundamental, pois precisamos
ser parceiros neste processo. Precisamos montar
um plano eficaz para contribuirmos com este passivo
ambiental”, analisou Dilson Ferreira, presidente
da Associação Brasileira dos Fabricantes
de Tintas (Abrafati).
Das 27 empresas convocadas, apenas
seis não compareceram e pode ser multado
por não atender ao chamamento do órgão
ambiental.