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GOVERNO E EMPRESAS DE ISOPOR E GESSO ATUAM JUNTOS PARA DESTINAÇÃO CORRETA DOS RESÍDUOS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Março de 2010

Representantes de empresas de isopor e gesso se reuniram com técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos nesta terça-feira (16). O objetivo foi a definição de propostas concretas de logística reversa, retirando do meio ambiente os resíduos produzidos pelas empresas, e debater de maneira conjunta com poder público, iniciativa privada e sociedade, soluções para destinação correta e reciclagem dos produtos.

O Poliestireno Expandido (EPS), popularmente conhecido como isopor, é um dos resíduos mais problemáticos para os 22 municípios integrantes do G22 – grupo formado pelo Programa Desperdício Zero da SEMA, por produzirem mais resíduos no Estado. O Programa de Governo tem como meta reduzir em 30% o volume de lixo destinado aos aterros sanitários municipais, ampliando sua vida útil. “O isopor é um problema nacional e no Paraná, como dificilmente alguém faz a coleta, ele ocupa muito espaço, principalmente nos aterros sanitários”, afirmou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

Na reunião, os representantes da Associação Brasileira de Poliestileno Expandido (Abrapex) falaram das ações feitas e ganharam 30 dias para apresentar aos 22 municípios uma proposta concreta e viável. “O que queremos saber é quem produz o isopor. Vamos cobrar à participação de todos os envolvidos na cadeia do isopor para chegarmos a uma solução”, sugeriu coordenador de resíduos sólidos da Secretaria do Meio Ambiente, Laerty Dudas.

O encontro, segundo o coordenador de reciclados da Termotécnica e representante da Abrapex, Paulo Michels, serve como primeiro passo para mobilizar os envolvidos. “Da parte do poder público é tudo o que queríamos ouvir. Este encontro é fundamental para avançarmos para conscientizar que todos cooperem na logística reversa do isopor”.

Os representantes das empresas de gesso também receberam 30 dias para apresentar propostas, em uma reunião com os gestores dos 22 municípios no dia 15 de abril, em Curitiba. Das 31 empresas notificadas, 18 estiveram presentes e, assim como o segmento de isopor, mostraram interesse na cooperação.

No Paraná estima-se que mais de 20 mil toneladas de gesso necessitam de uma destinação final adequada e estão abandonados em aterros sanitários e terrenos baldios. “Essa conversa com os fabricantes é uma oportunidade de engajarmos toda a cadeia, queremos envolvimento de todos que trabalham com gesso, inclusive as construtoras. Sabemos que multar não resolve o problema ambiental, mas as parcerias podem ser um meio”, afirmou Dudas.

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall, o engenheiro Luiz Martins Filho, a intenção da Sema em buscar soluções é importante e aproxima os fabricantes dos municípios. “Considero este encontro como uma oportunidade única porque podermos dialogar com os municípios, por meio da secretaria. Sem esta interlocução, isto seria inviável”, disse.

Dudas afirmou que o sucesso na implantação de uma proposta conjunta depende da contrapartida dos municípios que indicaram os resíduos mais problemáticos. “Vamos cobrar a participação de todos. Percebemos hoje que a iniciativa privada quer encontrar uma solução para os municípios que apresenta os problemas, mas precisamos que os gestores municipais façam também os seus dever de casa e apresentem seus planos de resíduos da construção civil”, lembrou.

De acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) n° 307/2002, os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos domiciliares, em encostas, corpos d’água, lotes vagos ou áreas protegidas por lei. E, determina que os municípios elaborem um Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, que sirva como base para todos os empreendimentos.

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Governo autua empresas de refrigerantes em R$ 14 mi

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos autuou nesta quarta-feira (31) fabricantes de refrigerantes e bebidas não-alcoólicas em R$ 14 milhões - cada uma foi multada em R$ 1 milhão – pelo descumprimento da legislação ambiental no que se refere à destinação dos resíduos de embalagens que disponibilizam no mercado. As empresas multadas foram Alflash, Brasfrigo, Chocoleite, Ambev, Danone, Nestlé, Pepsi-Cola, Schincariol, Red Bull, Refrigerantes Pakera, SIG Combibloc, Coca-cola, Ultrapan, Yoki.

Para o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, os fabricantes não cumpriram com o planejamento previamente acordado – com a Secretaria e o Ministério Publico - para a logística reversa de suas embalagens. “O nosso entendimento foi que estas empresas não estão assumindo os passivos ambientais produzidos por suas práticas comerciais no Estado”, disse.

Desde maio de 2009 técnicos da Secretaria, por meio do Programa Desperdício Zero, mantiveram conversas e negociações com a Associação Brasileira de Refrigerantes e Bebidas Não-Alcoólicas (ABIR), instituição que foi eleita pelas empresas para mediar as discussões e elaborar um Plano de logística reversa, que deveria ser apresentado à Secretaria.

Rasca Rodrigues comentou ainda que esta atitude dos fabricantes acaba onerando os municípios, e ignora toda a cadeia de reciclagem que se inicia com os catadores até os recicladores que trabalham sem subsídios dos responsáveis pelas embalagens.

As empresas foram enquadradas no artigo 80 do decreto federal 6514/2008, por desrespeito a autoridade ambiental, falta do Plano de Gerenciamento de Resíduos, que se referem às embalagens pós-consumo dos seus produtos, entre outros dispositivos da Legislação Ambiental. Além da autuação, as empresas terão ainda que apresentar um novo Plano de Gerenciamento.

HISTÓRICO – Em maio de 2009, os fabricantes foram informados pela Secretaria e pelo Ministério Público do Paraná sobre as exigências ambientais quanto à geração de passivos ambientais, e da necessidade da formação de um Plano de logística reversa - que consiste no recolhimento das embalagens dos produtos por meio do fabricante. Somente no dia 21 de outubro a Abir apresentou projeto denominado “Multiplicadores ambientais e inclusão social no estado do Paraná” o qual recebeu parecer favorável do corpo técnico da Coordenadoria de Resíduos Sólidos.

Após esta data a Associação alterou unilateralmente o cronograma apresentado pelo projeto e tendo em vista que o termo não teve adesão de todas as empresas desta Associação, a multa foi aplicada.

O coordenador de resíduos sólidos da Secretaria, Laerty Dudas, declarou que ao analisar o histórico das negociações fica clara a postura adotada pelas empresas. “Elas optaram pela política do não fazer e de como ganhar tempo para não assumir suas responsabilidades como fabricante”, destacou.

LOGÍSTICA REVERSA – Em 2003, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos lançou o programa Desperdício Zero para reduzir em 30% o volume de resíduos depositados nos aterros sanitários paranaenses – cerca de 20 mil toneladas a cada dia. Uma de suas primeiras ações foi a identificação dos materiais que chegavam, desnecessariamente, em grandes quantidades nos aterros sanitários para colocar em prática a ‘logística reversa’.

Sacolas plásticas, embalagens longa vida, pilhas e baterias, papel, materiais de construção civil, pneus, lâmpadas, metais, orgânicos, vidros, óleo lubrificante eram alguns destes resíduos.

RESULTADOS - Os primeiros resultados já estão aparecendo. A maioria dos supermercados instalados no Paraná já aderiu a sacolas ecologicamente corretas – como as feitas de plástico oxibiodegradável, tecido ou retornáveis. A Tetra Pak, por exemplo, fabricante exclusiva das embalagens longa vida cartonadas, também acatou a solicitação da Secretaria e desenvolveu, em parceria com o Desperdício Zero, um programa chamado “Paraná e Tetra Pak em ação” para o recolhimento dos seus produtos.

Já os postos de combustíveis, um dos principais distribuidores de óleo lubrificante, lançaram o programa Jogue Limpo, para recolhimento e reciclagem destas embalagens – elaborado de maneira inédita pelo Desperdício Zero em parceria com Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) e o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência do Paraná (Sindicombustíveis-PR).

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Embalagens vazias de produtos de limpeza terão destinação correta

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e a diretora-executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla), Maria Eugenia Saldanha, assinaram nesta terça-feira (30), em Curitiba, um termo de cooperação entre as partes para promover a destinação correta de embalagens vazias de produtos de limpeza. De acordo com o documento, a Abipla investirá R$ 987 mil em ações de capacitação, divulgação e aquisição de equipamentos para recolher as embalagens.
“Este recurso será gerenciado pela Associação, pois nós não queremos dinheiro, queremos envolvimento da iniciativa privada neste processo. Acredito que a gente deve fazer a destinação correta porque o planeta precisa destas ações de quem produz, de quem consome, ou seja, de todos os envolvidos na cadeia”, disse Rasca.

A primeira atividade prevista no termo é a criação do “Movimento Limpeza Consciente”, que já é desenvolvido pela Abripla desde 2008. O foco das ações, entre as quais capacitação de catadores de materiais recicláveis e apoio técnico às associações e cooperativas; divulgação de projetos e peças publicitárias, informativas e orientações; além da aquisição de maquinário para as cooperativas de cinco municípios do Paraná: Londrina, Jacarezinho, Telêmaco Borba, Cornélio Procópio e Ivaiporã.

Governador assina decreto para criação de três novos Parques

O governador Roberto Requião, o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e o presidente do Instituto Ambiental do Paraná, Vitor Hugo Burko, assinaram nesta terça-feira (30), durante a Escola de Governo, decretos para criação de três novos Parques no Estado. São eles o Parques da Serra da Esperança, em Guarapuava, Parque São João, em Prudentópolis e Área de Interesse Especial Regional do Iguaçu (Aieri). O governador também liberou R$700 mil em recursos para aquisição da área que sediará o Parque Vitório Piassa, em Pato Branco.

"Cerca de 90% das Unidades de Conservação existentes no Paraná foram criadas durante o governo Requião", disse o secretário Rasca Rodrigues, rebatendo as críticas de um especialista - ouvido pelo jornal Gazeta do Povo e publicado no último domingo (28).

O parque Serra da Esperança terá 6 mil hectares e está sendo criado com a cooperação da empresa de energia Tractebel, que investiu R$ 5 milhões na aquisição de 1,7 mil hectares que integrarão a unidade de conservação. O Parque Estadual da Serra da Esperança está na região do Salto do São Francisco e contribuirá na preservação da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Esperança, onde estão localizados os maiores remanescentes de florestas com araucária da região, bem como as nascentes do rio São Francisco.

“Fica um grande legado para o Paraná. A Serra da Esperança está sendo criada sem qualquer conflito e com benefícios inestimáveis para a conservação da biodiversidade”, disse o presidente do Instituto Ambiental do Paraná, Vitor Hugo Burko, um dos idealizadores da criação do Parque. “Esperamos que este parque seja o início de um maior que poderá ser criado para proteção dos rios Piquiri, Ivaí e Tibagi”.

A APA da Serra da Esperança compreende um espaço total de 206 mil hectares, onde convivem 6 mil famílias de indígenas, faxinalenses, quilombolas, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais. Na região também existem unidades produtivas que exploram diferentes ramos da silvicultura e da agropecuária convencionais.

O Parque abrange os municípios de Irati, Inácio Martins, Marechal Mallet, Rio Azul, Cruz Machado, União da Vitória, Paulo Freitas, Paulo Frontin, Prudentópolis e Guarapuava.


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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