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MINC ANUNCIA MEDIDAS DO ORDENAMENTO TERRITORIAL PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2010

24/03/2010 - Aida Feitosa - "Todo mundo quer proteger e desenvolver a Amazônia. Estamos apresentando meios concretos para que isso aconteça", disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao anunciar nesta quarta-feira (24/3), em coletiva à imprensa em Brasília, a conclusão do Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal, após cinco anos de um amplo processo de estudos e negociação, envolvendo 16 ministérios, os nove estados da região e entidades da sociedade civil. Considerado um instrumento fundamental de planejamento e gestão ambiental e territorial, o MacroZEE da Amazônia Legal pretende promover a transição do atual modelo de desenvolvimento da região amazônica, para um modelo de desenvolvimento sustentável.

O ministro também anunciou a saída de Paragominas (PA) da lista de 43 municípios que mais desmatam na Amazônia e assinou três termos de cooperação técnica com estados e municípios da região amazônica, além de entidades da sociedade civil para o financiamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR) dos imóveis rurais - um registro eletrônico dos imóveis junto ao órgão estadual de meio ambiente, por meio do georreferenciamento da propriedade, delimitando as áreas de preservação permanente e a reserva legal.

O Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal segue agora para análise da Casa Civil. "O Macrozoneamento não é um corte e cola dos zoneamentos estaduais, é muito mais que isso . É um documento que foi negociado com os governos estaduais e com a sociedade civil e que agora está pronto", afirmou o ministro, ressaltando que o prazo de entrega foi cumprido e que a região conta agora com estratégias de transição para a sustentabilidade.

O diretor de Ordenamento Territorial do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Vizentin, explicou que o MacroZEE traça 10 estratégias específicas para atender a cada uma das "distintas Amazônias" existentes na Amazônia Legal e também propõe 14 estratégias comuns para toda a região. "Buscou-se valorizar o potencial de cada região em meio a toda complexidade social, cultural, econômica e ecológica da Amazônia", esclareceu Vizentin.

Cadastro Ambiental Rural

As ações para o monitoramento por satélite em escala macro da Amazônia Legal são feitas em paralelo com os esforços dos governos federal e estaduais de realizar o georreferenciamento de cada propriedade rural na Amazônia. Essa meta foi reforçada nesta quarta-feira com a assinatura, pelo ministro Carlos Minc, dos acordos de cooperação para a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR). "Esse instrumento de controle e monitoramento de desmatamento ilegal é importante também para a organização da propriedade pelo produtor rural", explicou o ministro. Para ele, com as propriedades georreferenciadas e as áreas de reserva legal e preservação permanentes definidas o controle sobre o desmatamento ilegal será fortalecido.

O primeiro acordo assinado foi entre o Ministério do Meio Ambiente, o Estado do Mato Grosso, o Estado do Pará e o Instituto de Conservação Ambiental The Nature Conservancy (TNC) e envolve R$ 6,6 milhões do Fundo Fiduciário do PPG-7- Banco Mundial. O segundo, entre o Ministério do Meio Ambiente, o Estado de Mato Grosso e a Prefeitura de Marcelândia / MT, conta com R$ 800 mil do Governo da Noruega. E o terceiro acordo, entre o Ministério do Meio Ambiente e o TNC, conta com recursos da ordem de R$ 30 milhões do Fundo Amazônia, Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) e do Banco Mundial, geridos pela TNC.

Municípios prioritários

A realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em 80% do território é também um dos critérios para a saída do município da lista dos que mais desmatam, considerados prioritários para ações de prevenção, monitoramento e controle do desmatamento ilegal. A lista é lançada anualmente e em 2009 contava com 43 municípios. Em 2010, não houve inclusão de novos nomes e o município de Paragominas saiu passando a ser o primeiro a figurar na lista dos municípios com desmatamento sob controle e monitorados.

"A porta de saída está aberta. Paragominas é um exemplo, os produtores que perseguiam os fiscais do Ibama, hoje, juntamente com a prefeitura, contribuem para a conservação da biodiversidade e o aumento da produção", disse Minc ressaltando que o trabalho do Ministério do Meio Ambiente promove a proteção do meio ambiente e a geração de emprego e renda.

O diretor do Departamento de Controle do Desmatamento da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, apresentou os critérios que permitiram a saída de Paragominas da lista dos municípios prioritários.

O primeiro deles exige que o município possua mais de 80% de propriedades com Cadastro Ambiental Rural concluídos. Paragominas atingiu 83%; o segundo critério prevê desmatamento em 2009 igual ou inferior a 40 km2. Paragominas teve 25 km2; e o terceiro critério determina que a média do desmatamento no período 2008/2009 tenha sido igual ou inferior a 40% da média do período 2004 a 2007. Paragominas teve 26%.

"A saída de Paragominas e a não entrada de nenhum outro na lista de municípios prioritários mostra a importância da manutenção da política de atenção especial a esses municípios", defendeu Mauro Pires. Ele afirmou ainda que quatro municípios estão com sinal amarelo e podem ser incluídos na lista, já que estão com índices de desmatamento em alta: são eles Itaituba, Uruará e Moju, no Pará, e Apuí, no Amazonas.

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Minc participa de lançamentos da Coca-Cola Pet Verde e de inventário de emissões

25/03/2010 - Quando: quinta-feira, 25 de março; às 16h; e às 10h - Onde: O evento de 16h ocorre no Jardim Botânico do Rio de Janeiro; o de 10h, na sede da Agência Nacional de Petróleo (Av. Rio Branco, 65, 13º andar), Centro, Rio de Janeiro (RJ)

Nesta quinta-feira, 25 de março, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, estará no Rio de Janeiro para participar de dois lançamentos. Às 16h, no Jardim Botânico, Minc participa do lançamento da Coca-Cola Pet Verde, um novo tipo de embalagem 100% reciclável, na qual o etanol da cana-de-açúcar substitui parte do petróleo utilizado como insumo. E, pouco antes, às 10h, o ministro lança o 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários, na sede da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

A garrafa sustentável da Coca-cola, também chamada de PlantBottle, é a primeira feita parcialmente de material de origem vegetal. Isso faz com que a PlantBotlle reduza em até 25% as emissões de CO2 e dê novo impulso ao setor sucroalcooleiro no País. Além de Carlos Minc, o evento deve contar com a presença do presidente da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa; do presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank; e da gerente de Operações do Instituto Akatu, Heloisa Mello.

Inventário - Pela manhã, o ministro Carlos Minc lança o 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários. O documento apresenta as emissões dos poluentes regulamentados pelo Programa de Controle da Poluição por Veículos (Proconve): monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (Nox), hidrocarbonetos não-metano (NMHC), aldeídos (RHCO), material particulado (MP) e emissões evaporativas, além de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4). O inventário permite conhecer ainda as contribuições relativas das frotas de automóveis, veículos comerciais leves, ônibus, caminhões e motocicletas, e como as diferentes fases do Proconve, em vigor desde os anos 1980, influenciaram e ainda podem influenciar esse cenário.

O material revela que o nível de emissões de poluentes tem caído, apesar do aumento significativo da frota (estimada em cerca de 36 milhões de veículos, incluindo automóveis, veículos comerciais leves, ônibus, caminhões e motocicletas). De acordo com o gerente de Qualidade do Ar do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Rudolf Noronha, isso demonstra o sucesso dos programas de controle de poluição veicular que vêm sendo implementados pelo governo. E, segundo ele, o inventário contribui para embasar cientificamente, ainda mais, as políticas ambientais que visam garantir a qualidade do ar.

Na solenidade, o ministro também assina portaria prorrogando os trabalhos do Grupo de Trabalho responsável pela elaboração do Inventário Nacional. O GT, formado por oito instituições (MMA, Ibama, ANP, ANTT, Petrobras, Anfavea, Cetesb e Iema), terá até dezembro deste ano para elaborar os inventários das 10 maiores regiões metropolitanas do País (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém).

A ocasião serve, ainda, para o ministro nomear os novos integrantes da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Proconve (CAP), que será coordenada pelo MMA e terá a participação de representantes de outros ministérios (Minas e Energia e da saúde), de instituições públicas e privadas e também de uma organização não-governamental.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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