Panorama
 
 
 

MUNDO CELEBRA DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2010

22/03/2010 - Suelene Gusmão - O mundo celebra hoje (22) o Dia Mundial da Água preocupado com o efeito que as mudanças no clima, provocadas pelas atividades humanas, podem desencadear no ciclo das águas. Debatido na 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA), promovida pelos ministérios do Meio Ambiente e da Saúde, no final de 2009, o tema Água e Clima alertou para os perigos provenientes da emissão de gás carbônico e outros gases de efeito estufa na atmosfera, responsáveis por efeitos como o agravamento das secas, o aparecimento de furações e enchentes.

A conferência debateu também a questão do saneamento ambiental que contempla entre seus aspectos a questão do abastecimento de água, a coleta e tratamento de esgotos, o controle de doenças, o lixo e a drenagem. Documento divulgado durante a conferência, alerta que a má qualidade das águas multiplica os riscos de doenças de veiculação hídrica e a balneabilidade de praias, afetando diretamente a saúde pública.

Além da questão da saúde foi levantado o problema da poluição dos mananciais, que onera o custo do tratamento da água. A proteção do abastecimento de água envolve ações como o controle de agrotóxicos, a reposição de matas ciliares e de topo e a eliminação de atividades poluidoras.

O documento debatido dentro da 1ª CNSA alerta que ao longo dos anos, os recursos hídricos em áreas urbanas vêm sofrendo intervenções variadas que os poluem e afetam o sistema de drenagem, abastecimento e esgoto. A ação humana degrada a água, ao lançar substâncias que a poluem, conferindo-lhe cor, tornando-a turva e menos transparente. A água suja ou contaminada por coliformes, nutrientes como o nitrogênio, fósforo e outras substâncias prejudica a saúde, a qualidade de vida e o ambiente.

O investimento na despoluição de bacias hidrográficas é apontado como um dos fatores preponderantes para a melhoria da qualidade das águas. São enumerados ainda investimentos no monitoramento da qualidade das águas, em programas relacionados à prevenção de cheias e também em programas como os de educação ambiental, sanitária e educação para a saúde.

Dentro do Ministério do Meio Ambiente, a recuperação e preservação das bacias hidrográficas do Alto Paraguai e da Bacia do São Francisco estão entre as principais atividades desenvolvidas pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SHRU) no programa intersetorial voltado ao uso e conservação de recursos hídricos. Na bacia do Alto Paraguai, a prioridade é a revitalização de sete sub-bacias, entre elas, a do rio Taquari, ação considerada de vital importância para a recuperação da bacia do Alto Paraguai.

Uma iniciativa que vem sendo implementada no local é a instalação de uma rede de viveiros para a produção de mudas. A elaboração do macrozoneamento das Áreas de Preservação Ambiental (APA) das nascentes do rio Paraguai junto com a sensibilização e mobilização da comunidade local, com o objetivo de promover a educação ambiental são ações adicionais que fazem parte do processo de recuperação daquela bacia.

No processo de recuperação da Bacia do São Francisco, também vem sendo desenvolvidas ações de conservação, recuperação e manejo do solo e da água em microbacias, com ações de recuperação de áreas degradadas na APA das nascentes, levantamento florístico, implantação de viveiros, plantio de mudas e monitoramento da água.

Para este projeto, a SHRU está investindo na instalação de um Centro de Referência Integrado. Ele será responsável por articular inter e intrainstitucionalmente as atividades de pesquisa e estudos sobre o Rio São Francisco. No local estão sendo promovidos cursos de capacitação para gestores, produtores e técnicos que atuam na região e ações de educação ambiental que garantam o princípio da transversalidade entre as ações do Governo Federal. Uma novidade no processo de recuperação da bacia é a implementação de um sistema de monitoramento ambiental que vai quantificar em quilômetros quadrados o desmatamento e gerar polígonos de indicativos de desmatamento recentes.

Até junho de 2010, deverão estar selecionadas as áreas prioritárias para criação de parques fluviais nos municípios que têm sua zona urbana na calha do Rio São Francisco ou na calha de seus afluentes. As potencialidades de cada um destes locais para a criação de parques fluviais serão determinadas por meio de sobrevôo e a seleção se dará a partir de detalhamento de proposta e à adesão de parceiros aos projetos.

Ainda é considerado pequeno o nível de conhecimento sobre a quantidade e qualidade das águas subterrâneas no Brasil. Por isso mesmo, a SHRU com parceiros de diversos segmentos, vem incrementando, por meio de estudos e pesquisas, o aumento do conhecimento hidrológico e implantando um sistema de monitoramento para este tipo de recurso natural. Estes estudos envolvem pesquisas específicas para um maior conhecimento e o monitoramento dos aquíferos de abrangência transfronteiriça e interestadual. Este conhecimento é fundamental para a criação de mecanismos de gestão integradas destes aquíferos.

Carente de recursos hídricos, o Nordeste tem no programa Água Doce uma alternativa para a obtenção de água potável e o desenvolvimento de atividades de cultura de peixes. O programa tem por base a dessalinização da água e já beneficiou até o momento mais de 50 mil pessoas naqueles estados. Para concretizar o processo, já foram implantadas três Unidades Demonstrativas (UDs) distribuídas nos estados do Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas e outras quatro aguardam para serem implantadas este ano, uma delas no Ceará.

+ Mais

Minc faz balanço da atuação do CNRH em sua gestão

23/03/2010 - Suelene Gusmão - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou hoje (23/3), pela manhã, da primeira reunião do ano do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) e a última como presidente da entidade. Em sua despedida, o ministro falou aos conselheiros sobre os avanços obtidos durante sua gestão, principalmente com relação à qualidade das ações implementadas nos quase dois anos à frente do Ministério do Meio Ambiente. "Plantamos sementes de qualidade em defesa dos recursos hídricos, incorporando noções de integração, de saúde e da cobrança pelos serviços", disse.

O ministro garantiu aos conselheiros que a pauta em defesa dos recursos hídricos brasileiros vai ganhar força dentro do governo. Como exemplo ele citou a indicação de José Machado, ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), como Secretário Executivo do MMA para a próxima gestão.

Minc lembrou a luta do governo contra o desmatamento na Amazônia e garantiu que, em sua gestão, o MMA não se transformou em um ministério do "samba de uma nota só". "Passamos também a monitorar outros biomas brasileiros, como o Cerrado e a Caatinga, e agora monitoramos todos", informou. O ministro lembrou que no Cerrado, por exemplo, é onde nasce parte significativa das bacias hidrográficas brasileiras.

Em seu balanço da atuação do CNRH em sua gestão, o ministro destacou a aprovação do Plano Estratégico da Bacia Araguaia/Tocantins e anunciou que a mesma noção de integração e de conjunto será utilizada no plano a ser implementado para a margem direita do rio Amazonas e para a Bacia do Alto Paraguai. "Tratamos a questão das hidrelétricas com muito cuidado, sempre reforçando a questão das compensações ambientais para o licenciamento".

Outra conquista destacada pelo ministro foi a aprovação da Lei do Clima e a criação do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. Carlos Minc informou aos conselheiros que a tarefa no momento é a de regulamentação dessas duas leis, aprovadas em dezembro de 2009. "Uma parte dos recursos do Fundo será utilizada para ações de mitigação no Nordeste e, a outra, para ações de adaptações às mudanças do clima no Cerrado".

Outro assunto abordado pelo ministro foi a aprovação na Câmara dos Deputados da Lei de Resíduos Sólidos. Minc ressaltou a importância da criação dos consórcios intermunicipais para resolver a questão dos lixões, uma das principais causas de poluição dos recursos hídricos no Brasil.

Recursos hídricos - Ainda pela manhã, foi apresentado aos conselheiros o plano de revisão ao Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), aprovado em 2006 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Com previsão de revisão a cada quatro anos, o PNRH passa, neste ano, por sua primeira análise. Na apresentação realizada pelo diretor-interino de Recursos Hídricos, Marco Neves, foram definidos conceitos que devem ser aprofundados até 2025. São eles: Água e Mudanças Climáticas; Água e Economia; Água e Meio Ambiente; Água e Ambiente Urbano; e Sustentabilidade Financeira do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (Singreh).

Na revisão do PNRH será feita uma adequação dos conteúdos; a atualização com incorporação dos avanços; revisão dos atores/revisores e indicação de suas atribuições; estruturação de indicadores para o monitoramento e avaliação do alcance dos objetivos do PNRH e a proposição de novas ações, exclusão ou junção, com priorização de ações para 2011/2014.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.