Panorama
 
 
 

REVISTA REÚNE CONHECIMENTO SOBRE A CADEIA DO ESPINHAÇO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2010

Publicação traz informações socioambientais e propõe estratégias de conservação da biodiversidade da região, que abrange área decretada Reserva da Biosfera pela Unesco; Espinhaço está sob forte pressão humana

Belo Horizonte, 08 de março de 2010 — A Cadeia do Espinhaço, na região centro-leste de Minas Gerais e Bahia, é o tema da última edição da revista científica Megadiversidade, lançada pela ONG Conservação Internacional (CI-Brasil). A publicação apresenta a descrição e a caracterização dessa região única, de extrema importância biológica devido à grande biodiversidade e endemismos que abriga. Parte da Cadeia do Espinhaço foi declarada como Reserva da Biosfera em 2005 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e sua implementação será beneficiada a partir do uso das informações contidas na revista. Com base no conhecimento científico levantado, como distribuição de espécies da fauna e da flora locais e as ameaças à biodiversidade, os autores propõem estratégias de conservação para a região. São 18 artigos que trazem um panorama geral do conhecimento disponível sobre o Espinhaço, além de discutirem estratégias de conservação.

“A discussão sobre as ameaças deve ser orientada com base no conhecimento científico e precisa envolver vários setores da sociedade”, diz Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da CI-Brasil, ressaltando que essa edição da revista é extremamente relevante para colocar em pauta a conservação da Cadeia do Espinhaço.

Segundo Prado, as regiões montanhosas do Espinhaço estão localizadas em uma área de alta pressão humana, causada principalmente pela mineração. “A região do Quadrilátero Ferrífero está inserida na Cadeia do Espinhaço e atrai para a área inúmeras iniciativas de exploração mineral”, explica ele. “Caso não sejam desenvolvidas estratégias que conciliem medidas de conservação e desenvolvimento econômico, várias paisagens podem desaparecer, assim como espécies ainda não conhecidas”, completa.

Ciência para a conservação – Essa edição da Megadiversidade é resultado de um seminário organizado pelo Instituto Biotrópicos em parceria com a Conservação Internacional e a Fundação Biodiversitas, realizado há quatro anos na Serra do Cipó (MG). Intitulado “Diagnóstico do status do conhecimento da biodiversidade e da conservação do Espinhaço”, o evento envolveu mais de cem especialistas de 40 instituições de pesquisa. O volume começa com a contextualização do que é o Espinhaço, discutindo principalmente o aspecto geográfico e histórico da região, como uma divisora dos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, formada por um mosaico de diferentes paisagens.

Os artigos sobre a vegetação abordam os campos rupestres encontrados nos topos acima de 900 metros de altitude e, de modo particular, os campos rupestres ferruginosos do Quadrilátero Ferrífero, características que fizeram com que o paisagista Burle Marx se referisse à serra do Espinhaço como o “Jardim do Brasil”, uma vez que ali há mais de 1.600 espécies de flores.

Os aspectos gerais da vegetação, como a Caatinga, ao norte, e as fitofisionomias florestais também são apresentados, seguidos por artigos que detalham alguns importantes elementos da flora regional, como gramíneas, bromélias, pteridófitas, sempre-vivas, cactáceas e leguminosas.

Artigos sobre a fauna trazem a compilação de informações sobre grupos de vertebrados e de abelhas. Para alguns grupos, como anfíbios anuros, mamíferos e peixes, o conhecimento ainda é incipiente e os autores mostram a necessidade da realização de estudos mais aprofundados e de inventários na região. Para outros, como aves, os autores retratam o alto endemismo na região, ou seja, o grande número de espécies que só existem no Espinhaço.

A edição contém ainda um artigo sobre a compilação e a espacialização de pesquisas realizadas no Parque Nacional da Serra do Cipó, localizado ao sul da porção mineira do Espinhaço. Esse conjunto de informações pode ser aplicado ao manejo das unidades de conservação, indicando lacunas de conhecimento e orientando atividades práticas na região.

Ao final do volume, um artigo relata os resultados de um exercício obtido durante o seminário realizado na Serra do Cipó. “O encontro foi importante para a identificação de áreas prioritárias para a conservação na Cadeia do Espinhaço. Utilizamos ferramentas de Planejamento Sistemático para Conservação, conforme orientação do Plano de Trabalho com Áreas Protegidas, elaborado na Sétima Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP7)”, explica Alexsander Azevedo, um dos editores convidados e pesquisador do Instituto Biotrópicos.

“Além de conter informações biológicas importantíssimas, a revista apresenta um exercício de planejamento da conservação que subsidia a discussão de desafios e oportunidades de conservação na região”, diz Azevedo. “Essa edição representa um esforço prático de planejamento que pode ser replicado para demais regiões do Brasil”, conclui.

A revista pode ser acessada no site da Conservação Internacional (CI-Brasil), pelo link http://www.conservation.org.br/publicacoes/index.php?t=4

CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL (CI-Brasil)
A Conservação Internacional foi fundada em 1987 com o objetivo de promover o bem-estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza, amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. A Conservação Internacional está presente em 43 países e no Brasil tem sede em Belo Horizonte (MG). Outros escritórios estão estrategicamente localizados em Brasília (DF), Belém (PA), Salvador (BA) e Caravelas (BA). Para mais informações, visite www.conservacao.org

INSTITUTO BIOTRÓPICOS
O Instituto Biotrópicos é uma organização não governamental de cunho científico e socioambiental. Fundada em 2003 e atualmente com sede em Diamantina-MG, a ONG exerce forte atuação em pesquisa sobre a biodiversidade e desenvolvimento de projetos socioambientais. A instituição também atua em gestão e planejamento para a conservação da natureza. Mais informações no site www.biotropicos.org.br

FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS
A conservação da biodiversidade brasileira é a missão primordial da Fundação Biodiversitas, organização não governamental que promove ações de caráter técnico-científico no país desde 1989. A Biodiversitas é um centro de referência no levantamento e aplicação do conhecimento científico para a conservação da diversidade biológica. Seus projetos visam à interação entre o meio ambiente e o ser humano, buscando meios de conciliar a conservação da natureza e o desenvolvimento econômico e social. Mais informações no site www.biodiversitas.org.br


 

Fonte: Conservação Internacional Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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