Panorama
 
 
 

DESERTIFICAÇÃO É UMA BOMBA RELÓGIO PARA OS GOVERNOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2010

15/04/2010 - A desertificação é um conjunto de fatores que gera um “efeito dominó” e, se nada for feito do ponto de vista da elaboração das políticas públicas adequadas, estaremos caminhando para um cenário de êxodo rural e consequente inchação urbana, aumento da violência e aumento de gastos com saúde pública.

A constatação foi tema de discussão entre pesquisadores e estudantes, na mesa redonda Desertificação no Semiárido, realizada nesta quarta-feira (14), na Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Mossoró (RN).

A mesa foi presidida pelo diretor do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCT), Roberto Germano Costa, e composta pelos pesquisadores Ricardo Galvão, da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), Iedo Bezerra Sá, da Embrapa Semiárido, e José Roberto de Lima, do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Para estes especialistas, o sistema tradicional de exploração dos recursos naturais no semiárido é danoso por não levar em conta a fragilidade do ambiente, por razões culturais, onde o produtor rural, descapitalizado, é obrigado a realizar agricultura itinerante, utilizando o fogo para abrir novas áreas de exploração. A preocupação é com os resultados dessas ações para as futuras gerações.

“O problema é a ingerência dos recursos hídricos, aliada à ação desregrada do homem e ao desinteresse dos órgãos de financiamento no assunto” , acentuou Bezerra Sá.

Na visão dos pesquisadores, a seca é um fenômeno natural contra o qual não se deve combater e as especificidades da região precisam e devem ser respeitadas, adotando-se um modelo sustentável de desenvolvimento.

“Os governos têm uma bomba relógio nas mãos. Precisamos lembrar que recursos ambientais são finitos e a degradação e salinização de terras, embora reversíveis, são os piores modos de desertificação, porque requerem investimentos altíssimos” , alertou Roberto de Lima.

Para Germano, a pesquisa científica na região ganhou uma nova perspectiva com a assinatura pelos ministros da Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente, Sergio Rezende e Carlos Minc, da portaria interministerial que regulamenta a Rede de Pesquisadores de Combate à Desertificação, em 9 de abril último. “Isso demonstra a sensibilidade do ministro Resende quanto às questões relativas ao Semiárido Brasileiro, além de reforçar a ação de parcerias firmadas entre o Insa, o MMA e outras instituições regionais, com vistas à garantia de uma melhor qualidade de vida para as gerações futuras” , disse Germano.

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Cientista francês defende uso da biodiversidade para o desenvolvimento

13/04/2010 - Na sequência de seminários preparatórios para a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (4ª CNCTI), marcada para maio, em Brasília, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCT) promoveu ontem (12), a penúltima rodada de discussão com o tema O Brasil no Mundo.

A palestra do diretor do Centro de Pesquisas do Brasil Contemporâneo, Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais (Ehess, Paris), Ignacy Sachs, com o tema As terras da boa esperança e as biocivilizações do futuro foi a mais concorrida.

Sachs falou do trinômio – exploração sustentável da biodiversidade, biomassas e biotecnologia -, classificado por ele como um dos pilares para o desenvolvimento do País. “O Brasil é um dos países mais ricos em biodiversidade. É preciso saber explorar isso. Como, por exemplo, utilizar a Amazônia de forma sustentável. Tem ainda a questão dos biocombustíveis. Apesar de ter avançado neste ponto ainda há muito que se desenvolver”, enfatizou.

O diretor do Ehess salientou ainda que o País precisa investir nas segunda e terceira geração de biocombustíveis. Para ele, o etanol celulósico é um exemplo. “Precisamos nos valer dos resíduos vegetais. Além disso, têm os recursos aquáticos como as micro e macro algas. Além disso, quando abordo o tema biocivilizações, não restrinjo ao uso das bioenergias. Precisamos pensar cientificamente, mas, também, sociologicamente. E, neste sentido, devemos pensar nas pessoas”, disse.

E, por fim, Ignacy Sachs comentou sobre o aproveitamento das energias solar e eólica. “Estamos longe de ter alcançado o pico do aproveitamento dessas energias. Há muito o que se fazer”, destacou.

Hoje (13), no último seminário preparatório, serão debatidos temas envolvendo a área da educação. O encontro será na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), também em Brasília.

Os eventos são organizados pelo MCT, CGEE, Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de C,T&I (Consecti) e pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Eles fazem parte da preparação dos debates da 4ª CNCTI, que tem como um dos seus objetivos formular propostas para uma política de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação para os próximos 10 anos.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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