22/04/2010
Da Agência Brasil
Brasília - "Nós,
que vivemos em aldeias, percebemos que as coisas
já estão diferentes. Já não
existe tanto alimento quanto antes.” A afirmação
da jovem indígena Maria Baré, da Aldeia
Taperera, no Amazonas, reflete a preocupação
dos índios com as mudanças climáticas
e os efeitos sobre suas atividades.
Com o objetivo de esclarecer os
povos indígenas sobre os efeitos do aquecimento
global e conscientizá-los sobre a importância
da preservação ambiental, Maria e
mais 20 jovens indígenas, supervisionados
pela Coordenação das Organizações
Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab),
elaboraram a cartilha Mudanças Climáticas
e Povos Indígenas, que será distribuída
nas aldeias da região.
A publicação aborda
aspectos técnicos, científicos e de
legislação indígena e foi produzida
para suprir uma carência de materiais educativos
sobre temas ambientais, voltados exclusivamente
para as comunidades indígenas. De acordo
com a Coiab, entender sobre as mudanças climáticas
se tornou fundamental para os povos indígenas.
“Há que se considerar os
impactos diretos que esse fenômeno tem na
vida das aldeias – seja na produção
de alimentos ou na manutenção dos
ritos culturais”, destaca o coordenador da Coiab,
Antônio Apurinã.
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Governo incentiva compra de bens
e serviços de empresas que adotem prática
sustentáveis
20/04/2010
Da Agência Brasil
Brasília - O governo federal está
incentivando a contratação de empresas
fornecedoras de bens e serviços que adotem
práticas sustentáveis em sua produção.
O programa de Contratações Públicas
Sustentáveis (CPS), lançado pela Secretaria
de Logística e Tecnologia da Informação
(SLTI) do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão, prevê a inclusão gradual
de critérios ambientais, sociais e econômicos
para contratações públicas
e processos licitatórios.
Essas exigências deverão
constar do processo de compras públicas e
editais das licitações. A decisão
sobre a proposta mais vantajosa vai levar em conta
os aspectos sustentáveis. Deverão
ser escolhidos bens, serviços e produtos
que causem menor impacto ambiental e tenham maior
eficiência energética, segundo a Secretaria
de Logística e Tecnologia da Informação.
De acordo com a STLI, o objetivo
da medida é melhorar a qualidade do gasto
público, realizando contratações
mais efetivas, além de estimular a adoção
de processos produtivos menos poluentes por parte
do setor industrial, ajustando o mercado nacional
à sustentabilidade.
Apesar de serem mais caros, os
produtos sustentáveis representam economia
a longo prazo, porque reduzem os gastos do Estado
com políticas de reparação
de impactos ambientais, diminuem o consumo de energia
e de materiais e incentivam o desenvolvimento econômico
baseado em práticas socioambientais corretas.
Segundo a SLTI, o Estado brasileiro é um
grande consumidor de bens e serviços - responde
entre 10% e 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do
país.
As contratações
públicas sustentáveis abrangem a compra
de computadores e equipamentos eletrônicos
verdes, material de escritório feito de madeira
certificada, papel reciclável, alimentos
orgânicos e uso de eletricidade produzida
por fontes de energia renováveis, entre outras.