Goiânia (12/05/2010)
- Mais uma etapa na implementação
do Projeto Araguaia (www.ibama.gov.br/go/projetos)
ocorreu entre os dias 4 e 8 deste mês. Na
ocasião, foram realizados os testes essenciais
para o planejamento da pesquisa com uma das mais
importantes espécies de peixe do rio Araguaia
– o bagre gigante piraíba. “Como o implante
de rádios-transmissores em piraíbas
nunca haviam sido realizados, foi necessário
ajustar alguns protocolos de pesquisa antes da execução
desta fase”, explica o presidente do Instituto Onça
Pintada – IOP, Leandro Silveira. Nesta atividade,
desenvolvida próximo à foz do rio
Cristalino, uma piraíba de 1.80 metros foi
capturada, equipada com um radio-transmissor e liberada
no local. Com isso, espera-se conhecer os hábitos
ecológicos dessa espécie, que é
o maior predador do canal do rio Araguaia.
Ao longo da pesquisa, cinco espécies
de predadores e bioindicadores terão prioridades
para serem monitoradas: a piraíba, o jacaré-açu,
a ariranha, o boto e a onça-pintada. Onças-pintadas,
ariranhas e jacaré-açus já
ganharam radio - transmissores e vêm sendo
monitorados pelo projeto e seus parceiros. Em parceria
com o Centro RAN/ICMBio, tartarugas da Amazônia
também estão sendo monitoradas. Toda
a comunidade de peixes do rio fará parte
do monitoramento a longo prazo. Para tanto, 20 regiões
pré-estabelecidas ao longo de seus 2.000
km de rio serão amostradas anualmente. O
objetivo é contribuir para implementação
e manutenção de um corredor de biodiversidade
entre as nascentes e a represa da hidrelétrica
de Tucurui.
O superintendente do Ibama/GO,
Ary Soares, considera de fundamental importância
a participação do órgão
no projeto e diz que as informações
que serão geradas podem contribuir para a
melhoria da legislação de proteção,
bem como assegurar o manejo sustentável do
rio e de outros ambientes.
Os idealizadores do Projeto Araguaia são
o Ibama, Instituto Onça-pintada – IOP, Instituto
de Desenvolvimento Econômico e Sócio-Ambiental
– Idesa e Earthwatch Institute.
Mirza Domiciano
Ascom/Ibama/GO
+ Mais
Ibama doa carvão apreendido
para hospital em Guarapuava/PR
Guarapuava (05/05/2010) - A equipe
do Ibama na Operação Corcel Negro
III, na região de Guarapuava, no centro-sul
do Paraná, realizou na sexta-feira e no sábado
(01 e 02/05), a doação de cerca de
66 metros de carvão vegetal para o hospital
São Vicente de Paula. O hospital necessita
do produto para alimentar sua caldeira e arcou com
o transporte do carvão, apreendido em uma
carvoaria clandestina no distrito de Palmeirinha.
A carvoaria foi fiscalizada na
sexta-feira, onde foi constatado que operava sem
licença. O carvão estava acondicionado
em cerca de 1600 sacos estocados ao ar livre, próximo
aos fornos. O responsável pela carvoaria
afirmou que o produto estava no local apenas porque
seus compradores habituais não estão
recebendo carvão vegetal sem o Documento
de Origem Florestal - DOF desde o início
da atuação do Ibama na região.
O coordenador da operação,
Paulo Mattoso, observa que o fato de os compradores
de carvão estarem exigindo o DOF para receber
o subproduto florestal já é um resultado
concreto importante da operação. “O
estorno dos créditos virtuais do sistema
DOF que está sendo feito desde o início
do trabalho impede que produtos sem origem legal,
como este que foi apreendido e doado ao hospital,
sejam esquentados”, informa.
O proprietário da carvoaria
recebeu dois autos de infração, um
por ter em depósito o carvão sem DOF
e o outro por operar a carvoaria sem o devido licenciamento
ambiental. As multas aplicadas somam R$ 81 mil.
Christian Dietrich
Ibama/Supes/PR