Panorama
 
 
 

BRASIL PARTICIPA DA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO
DE CRIAÇÃO DA CONVENÇÃO DO MERCÚRIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2010

09/06/2010
Os efeitos adversos do mercúrio à saúde humana e ao meio ambiente já são comprovadamente conhecidos. O Brasil, apesar de não ser produtor do metal, já que não possui minas de mercúrio, faz importação significativa para o uso em células das plantas de produção de cloro, responsável por 31,5% do total de mercúrio importado. Outros 15% da importação vão para a fabricação de equipamentos médicos contendo mercúrio, como termômetros e aparelhos para medição da pressão arterial, e mais 10% são destinados ao setor odontológico (amalgamas). A mineração artesanal de pequena escala, que ocorre principalmente nos estados da Região Norte do País, também é preocupante à saúde dos trabalhadores.

Para reduzir os riscos do uso do mercúrio, foi criado o Comitê Intergovernamental Negociador (INC, sigla em inglês), coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que, nesta semana (de 7 a 11 de junho), realiza sua primeira reunião em Estocolmo, na Suécia, com a representação de mais de 100 países.

O Comitê tem o prazo de três anos para elaborar um instrumento juridicamente vinculante sobre mercúrio, que deverá ser assinado pelos países signatários em 2013, em evento previsto para ocorrer em Minamata, no Japão, local que dará nome à "Convenção de Minamata sobre Mercúrio".

De acordo com a representante do Ministério do Meio Ambiente na reunião, a diretora do Departamento de Qualidade Ambiental, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Sérgia de Souza Oliveira, esse primeiro encontro, chamado INC 1, "está focado no debate sobre os objetivos e a estrutura do documento jurídico", como a necessidade de capacitação para mudanças tecnológicas, assistência técnica e financeira; os mecanismo de redução de demanda por mercúrio, incluindo a substituição de produtos e processo; o mercado internacional de mercúrio; o gerenciamento de resíduos; e a remediação de sítios contaminados; bem como estocagem adequada de mercúrio metálico.

A diretora destaca que ainda são problemas comuns a muitos países o fraco entendimento sobre as emissões atmosféricas de mercúrio, a dificuldade no gerenciamento da utilização na mineração e a necessidade do uso em amalgamas odontológica, entre outros temas.

Os próximos encontros do Comitê Negociador ocorrerão no Japão em fevereiro de 2011, em Burkina Faso também no próximo ano e no Uruguai em 2012. A última sessão do Comitê, que ocorrerá em 2013, ainda não tem local definido, mas o Brasil manifestou interesse em sediar a reunião que será um marco no debate sobre mercúrio. A Suíça também se candidatou.

A delegação brasileira também conta com representantes dos ministérios da Ciência e Tecnologia, Saúde, Trabalho e Emprego, Minas e Energia e Relações Exteriores.

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Nova radiografia do setor madeireiro da Amazônia é publicada em 2010

10/06/2010
Do Serviço Florestal Brasileiro
O Serviço Florestal Brasileiro, órgão do Ministério do Meio Ambiente, e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgam nesta quinta-feira, 10 de junho, o relatório "A atividade madeireira na Amazônia brasileira: produção, receita e mercados". Trata-se do mais amplo levantamento de campo sobre o setor madeireiro na região. Neste documento estão estatísticas sobre a evolução do setor em termos de consumo de madeira em tora, produção processada, número de empresas, empregos gerados e receita bruta, bem como o mercado madeireiro da Amazônia Legal.

Em 2009, foram identificadas 2.227 empresas na Amazônia Legal. Para este estudo foram entrevistadas 846, o que representa 39% de todos os empreendimentos em funcionamento na região.

Juntas, estas empresas consumiram 14,2 milhões de metros cúbicos de madeira em tora (o equivalente a cerca de 3,5 milhões de árvores) resultando na produção de 5,8 milhões de metros cúbicos de madeira processada. A maioria (72%) era madeira serrada com baixo valor agregado (ripas, caibros, tábuas e similares). Outros 15% foram transformados em madeira beneficiada com algum nível de agregação tecnológica (pisos, esquadrias, madeira aparelhada etc); e o restante (13%) era madeira laminada e compensada.

A estimativa da receita bruta do setor foi cerca de R$ 4,94 bilhões. Dessa receita, o Estado do Pará participou com 43%, seguido de Mato Grosso com 33% e Rondônia com 15%.

A indústria madeireira gerou aproximadamente 204 mil postos de trabalho, dos quais 66 mil empregos diretos (processamento e exploração florestal) e 137 mil empregos indiretos.

Segundo o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, as informações obtidas pela pesquisa ajudarão a projetar cenários para as concessões florestais, instrumento que permite ao governo licitar áreas de florestas públicas para extração de madeira de forma sustentável e serão úteis, por exemplo, na escolha das áreas prioritárias para a realização de manejo florestal via concessão.

Tendências do setor

Houve uma redução importante no consumo de madeira em tora na Amazônia Legal entre 1998 e 2009. Em 1998, o consumo de toras foi de 28,3 milhões de metros cúbicos, depois caiu para 24,5 milhões em 2004 e para 14,2 milhões de metros cúbicos em 2009. Essa queda expressiva no consumo de madeira em tora pode estar relacionada a três causas principais: o aumento na fiscalização; a substituição da madeira tropical por produtos concorrentes e; a crise econômica mundial.

"Nos últimos três anos, a intensificação das ações de fiscalização contra o desmatamento e o combate a exploração ilegal de madeira (promovidas principalmente pelo Governo Federal com apoio das OEMAs), parecer ter sido o principal fator na redução do consumo de madeira Amazônica", diz Denys Pereira, coordenador da pesquisa pelo Imazon. "É provável também que o mercado nacional esteja substituindo gradativamente a madeira amazônica por produtos similares (como MDF, laminados e pisos de madeira plantada, por exemplo), principalmente na construção civil. Isto porque estes materiais não apresentam problemas como garantia de fornecimento, variação da qualidade e principalmente, pressão ambiental", conclui o pesquisador.

Para Hummel, a queda no consumo em tora vinculada às ações de comando e controle mostra ao governo que o momento é favorável à realização das concessões florestais. Por meio delas, os empresários têm acesso a áreas legalizadas para a extração de madeira e podem fazer investimentos de longo prazo, uma vez que os contratos são de até 40 anos. "A fiscalização e a suspensão de planos de manejo florestal em terras públicas a partir de 2003 foram muito importantes, mas agora é essencial ter uma política que favoreça a implantação do manejo florestal na região, em especial através das concessões florestais e do manejo florestal comunitário", diz.

Mudanças no mercado

Neste último levantamento mudanças importantes no mercado de madeira processada da Amazônia foram verificadas. Em 1998, apenas 14% do volume total produzido era exportado. Em 2004, fatores como câmbio favorável e aumento da demanda por madeira amazônica no mercado europeu, norte-americano e asiático elevaram a proporção de madeira exportada para 36%. Em 2009, porém, a participação da madeira nativa da região no mercado externo diminuiu para 21% da produção total.

O mercado de madeira foi essencialmente nacional em 2009. Aproximadamente 79% do volume produzido de madeira foram destinados ao mercado brasileiro. O Estado de São Paulo (17%) e a Região Sul (15%) foram os principais consumidores de madeira da Amazônia. Outros 16% foram consumidos nos próprios estados produtores (em 2004 era 11%).


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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