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GOVERNO VAI MAPEAR REMANESCENTES DE
FLORESTA COM ARAUCÁRIA NO PARANÁ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Junho de 2010

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, e o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Volnei Bisognin, assinaram nesta quarta-feira (02), em Curitiba, uma parceria de cooperação técnica que garantirá o mapeamento de 4.014.531 de hectares de floresta com araucária, na região sudoeste do Paraná. A empresa Tractebel Energia está investindo R$ 154 mil no trabalho que será realizado pela Fundação de Pesquisas Florestais (FUPEF) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Durante quatro meses será feito o mapeamento das áreas, por meio da interpretação de imagens de satélites e verificação em campo, em 53 municípios – abrangendo os escritórios regionais do IAP de Guarapuava, Pato Branco, União da Vitória e Irati – região que contém o maior remanescente da Floresta com Araucária no Paraná.

“Este mapeamento é fundamental para termos dados atualizados sobre os remanescentes de floresta com araucária que o Paraná ainda possui. Além disso, com os resultados do mapeamento poderemos propor estratégias cada vez mais eficazes para a conservação desta floresta”, afirmou Jorge Augusto Callado Afonso. Ele também agradeceu a empresa Tractebel pelo apoio ao órgão ambiental. “Esperamos que esta iniciativa da Tractebel de apoiar ações de sustentabilidade ambiental tenham reconhecimento dentro e fora do país”, completou.

O gerente da Usina Hidrelétrica da Tractebel Salto Santiago, Júlio César Lunardi, ressaltou que a empresa tem interesse em parcerias com o IAP. “São ações eficazes e que contribuem para a preservação da biodiversidade, por isso estamos sempre abertos a parcerias”, mencionou Júlio.

CONTRIBUIÇÃO - O trabalho auxiliará no projeto para criação das Áreas Estratégicas para a Conservação da Biodiversidade. No ano de 2007 o IAP e a Organização Não-Governamental (ONG) The Nature Conservancy definiram áreas estratégicas para conservação da biodiversidade no Paraná. São elas: Unidades de Conservação, entorno de Unidades de Conservação e corredores de biodiversidade.

O presidente do IAP disse que o mapeamento será uma ferramenta para o planejamento da paisagem da região da Floresta com Araucária, indicando áreas mais importantes a serem conservadas. “É fundamental sabermos o que queremos proteger. Este convênio fará com que tenhamos em quatro meses a quantidade exata de floresta com araucária no Paraná”, relatou. Ele afirmou que o mapeamento indicará grandes áreas de florestas e com maior valor ecológico que poderão ser transformadas em áreas de proteção integral. “Além disso, vamos identificar áreas particulares de produtores rurais que poderão ser beneficiados, por meio de projetos de pagamentos por serviços ambientais”, finalizou Volnei.

A diretora de biodiversidade e áreas protegidas do IAP, Márcia Pires Tussolino, lembrou que foi firmado um termo de cooperação entre o IAP e a Tractebel, com o objetivo de proteção com desenvolvimento sustentável.

“Tendo em vista a importância da proteção da floresta com araucária no Paraná, resolvemos começar o mapeamento por ela”, explicou a diretora de biodiversidade e áreas protegidas do IAP, Márcia Pires Tussolino.

ÚLTIMO LEVANTAMENTO - O último levantamento da cobertura florestal realizado especificamente para a Floresta com Araucária, em 2002, demonstrou a existência de apenas 0,8% de cobertura florestal em estágio avançado de regeneração, ou seja, de árvores mais antigas e que existiam originalmente no Paraná.

Já a porcentagem de floresta em estágio médio de regeneração representa 14,47% da área total e em estágio inicial de regeneração representam 14,04%. O levantamento também indicou que apenas 190.627,31 hectares da Floresta Ombrófila Mista eram considerados áreas protegidas, dos quais 0,09% eram constituídos por unidades de conservação de proteção integral, indicando a necessidade de mais áreas protegidas para a região.

Em contrapartida o levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica apontou a existência de 12% de remanescentes da floresta com Araucária no Brasil (FUNDAÇÄO SOS Mata Atlântica / INPE, 2008).

“Assim, é importante o mapeamento dos últimos remanescentes da Floresta com Araucária no Paraná para futura adoção de estratégias para sua conservação”, completou a técnica do IAP, responsável pelo mapeamento, Mariese Muchailh.

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Programas ambientais aumentam o volume de resíduos reciclados no Paraná

Os representantes dos Programas Jogue Limpo e Tetra Pak em Ação apresentaram nesta quarta-feira (9), em Curitiba, durante reunião com o G-23 (que reúne os municípios que mais geram resíduos) os resultados alcançados até o momento em todo Estado. Os programas fazem parte do Desperdício Zero, programa criado em 2003 pela Secretaria do Meio Ambiente, que tem como meta reduzir em 30% o volume de lixo que acabam nos aterros sanitários.

“Os programas são fatores que nos auxiliam para atingirmos as boas práticas de sustentabilidade ambiental e reduzem os passivos gerados pela própria iniciativa privada. Com eles estamos expandindo e gerando renda, ou seja, a inclusão social fazendo com que o ciclo de vida das embalagens e produtos aumente”, comentou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso.

O Programa Jogue Limpo, parceria com o Sindicom (patronal) e o Sindicombustíveis (varejistas), aumentou nos últimos dois anos de 25% para 100% de destinação correta das embalagens de óleo lubrificante que são entregues nos mais de 2 mil postos de coleta em todos os municípios do Paraná. Atualmente, o programa recolhe mensalmente cerca de 30 toneladas de embalagens.

Para o diretor de Meio Ambiente do Sindicom, José Eduardo Barrocas, a tendência é aumentar esse volume. “Nossa estimativa é chegar até 65 mil toneladas de embalagens até o final de 2012. Para continuarmos aumentando esses índices precisamos, cada vez mais, da colaboração da sociedade, ou seja, de quem compra o óleo nos postos e supermercados”, alertou.

Após a compra do produto, os consumidores devem devolver as embalagens no local da compra. Depois disso, o caminhão do programa realiza a coleta das embalagens nos postos, para então levá-las para uma central de tratamento primário onde as embalagens voltam a ser matérias-primas e, por fim, vão para as fábricas transformando-se em outros produtos.

Barrocas lembra também que os postos que não atendem satisfatoriamente ao programa são facilmente identificados por um programa de monitoramento via satélite. “Através do site www.programajoguelimpo.com.br fazemos um controle permanente da situação dos postos. Nele é possível também saber os índices de recolhimento de cada posto”, completou.

TETRA PAK – O coordenador do Programa Paraná e Tetra Pak em Ação, Tiago Faco, anunciou os avanços do programa no Estado. Iniciado em 2007, o Paraná e Tetra Pak em Ação aumentou em 1000% a capacidade de reciclagem das embalagens longa-vida cartonadas, que antes não tinham destinação. Através de equipamentos, o programa recuperou o interesse de cooperativas de catadores para esses embalagens.

“No início de 2008, a capacidade de instalação das embalagens era 108 toneladas/mês. Com a inserção do programa, que investiu pesado em maquinários para os catadores essa capacidade foi para 2,3 mil toneladas/mês”, explicou Faco.

A inclusão social também foi citada pelo coordenador do Desperdício Zero, Laerty Dudas, que ressaltou a diferença de valor entre as embalagens coletadas no Paraná para os demais estados do país. “Antes as embalagens custavam por volta de 4 centavos, que era a média. Hoje as embalagens chegam a 35 centavos no Paraná, ou seja, existe um estímulo em se coletar o material”, disse.

A Tetra Pak, segundo Faco, recebeu em 2009 dois prêmios nacionais com ajuda do projeto: Expressão e Ecologia e o Guia Exame de Sustentabilidade da revista Exame.

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Parque Cabeça do Cachorro é ampliado para 126,46 hectares

O governador Orlando Pessuti assinou nesta quarta-feira (23), em Curitiba, a ampliação do Parque Estadual Cabeça do Cachorro, localizado em São Pedro do Iguaçu, região extremo-oeste do Paraná. Com o novo decreto o Parque passa dos atuais 60,98 hectares para 126,46 hectares, aumentando em mais 65,48 hectares a área da Unidade de Conservação (UC).

“O nosso compromisso é promover ações de preservação dos recursos naturais do Estado com o intuito de conservar a biodiversidade e garantindo o desenvolvimento do Estado”, destacou o governador durante a assinatura da ampliação do Parque que está localizado no centro de ligação dos corredores de biodiversidade Iguaçu e Paraná.

Os 126,46 hectares de novas áreas de florestas nativas foram doadas por sete agricultores que possuem pequenas propriedades rurais no entorno da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), como é conhecida a área também.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, o órgão ambiental sempre teve uma grande preocupação com relação à manutenção e preservação do Parque Cabeça do Cachorro. “É uma das UCs mais bens conservadas no ponto de vista da biodiversidade”, completou o secretário.

COMODATO – O responsável pela área de Unidades de Conservação na região Oeste, Norci Nodari, conta que há três anos o IAP começou as conversações com cada um dos produtores rurais que possuem áreas de floresta em seus imóveis para que de alguma forma eles pudessem anexar o excedente de Reserva Legal para ampliar a Unidade de Conservação e com isso assegurar a conservação daquele remanescente.

“Foram realizados levantamentos, mapeamentos, e audiências públicas e chegou-se a um consenso de que a desapropriação não seria a melhor opção”, conta Norci. Segundo ele, caso optassem pela desapropriação os proprietários, em cumprimento ao Código Florestal, teriam que recompor novamente a Reserva Legal em um novo local. “Então eles estarão cedendo em sistema de comodato a sua Reserva Legal ao estado, ficando isentos de fazer a Reserva Legal”, completou Norci.

O PARQUE - O Parque Estadual Cabeça do Cachorro foi criado em 11000, como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE). Porém, passou a ser uma Unidade de Conservação (UC) de proteção integral da categoria Parque, pelos objetivos de proteção da fauna, flora e abertura para pesquisas, associados à visitação pública, lazer, recreação e principalmente educação ambiental.

A área do Parque é um dos poucos fragmentos florestais da região. Está inserido no Corredor Iguaçu – Ilha Grande com o objetivo de possibilitar a conexão com outras Unidades de Conservação por meio das suas matas ciliares, tornando-se assim de grande interesse à conservação. Para o Estado do Paraná, o Parque traz uma série de benefícios, como a proteção da Floresta Estacional Semidecidual Submontana. Além da proteção à biodiversidade, esta Unidade está aberta à visitação, permitindo o turismo, educação ambiental e a realização de pesquisas científicas.

A Unidade de Conservação tem como objetivo garantir a proteção de um dos últimos remanescentes florestais da Floresta Estacional Semidecidual na região oeste do Paraná que abriga representantes de fauna e flora ameaçados de extinção como o pau-marfim, cabreúva, jaracatiá, pacas, cotias, tucanos, entre outros.


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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