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BRASIL TEM 1,5% DE ÁREA MARINHA PROTEGIDA POR UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2010

14/07/2010
Ana Flora Caminha
A área marinha brasileira corresponde a mais da metade do território terrestre e, somada à zona costeira, é chamada de Amazônia Azul - são 8.500 km de costa e 4,5 milhões de km2 quando contabilizada a plataforma continental. "Contudo, apenas 1,5% dessa área está protegida por unidades de conservação, o que é muito pouco se considerada a meta de 10% de conservação definida pela Convenção sobre Diversidade Biológica até 2010", disse Roberto Gallucci, da Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros do Ministério do Meio Ambiente, no encerramento do "Seminário Ano Internacional da Biodiversidade: os desafios para o Brasil", organizado pela Câmara dos Deputados.

Para modificar este cenário, o MMA acredita ser necessário valorizar e implementar as unidades de conservação existentes, criar novas, monitorar os ecossistemas frágeis, incentivar e apoiar a geração do conhecimento acerca da biodiversidade marinha e, também, criar uma Política Nacional de Conservação dos Oceanos.

UCs marinhas - Hoje são 102 unidades de conservação (UCs) marinhas no Brasil, sendo que as duas últimas foram criadas em junho deste ano, ambas no estado do Espírito Santo: Área de Proteção Ambiental da Costa das Algas e Refúgio de Vida Silvestre de Santa Cruz. Estudos apontam a área como de maior biodiversidade de invertebrados marinhos do mundo, onde se alimentam populações de baleias (jubarte, franca, cachalote) e golfinhos. Na parte terrestre, merecem destaque os remanescentes de manguezais e restinga em bom estado de conservação.

Situados na região costeira dos municípios de Serra, Fundão e Aracruz, o RVS de Santa Cruz (17.741 de hectares) e a APA da Costa das Algas (114.931 de hectares) têm extrema importância biológica de acordo com o mapa das Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade Brasileira e atenderão a demandas sociais da região, que possui atividades de pescarias de subsistência e de pequena escala praticadas pelas comunidades pesqueiras litorâneas.

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Grupo vai apoiar implementação da Convenção de Estocolmo

14/07/2010
Melissa Silva
Para supervisionar e acompanhar as ações do Plano Nacional de Implementação no Brasil da primeira etapa da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes - chamado Projeto NIP -, foi instituído um grupo de coordenação composto por representantes dos Ministérios do Meio Ambiente (MMA), da Saúde, do Trabalho e Emprego, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de entidades da sociedade civil e da indústria.

A Portaria com a determinação foi publicada nesta quarta-feira (14), no Diário Oficial da União, estabelecendo que o grupo deverá promover articulação com os parceiros setoriais e assegurar inclusão das contribuições deles no Plano; validar relatórios de progresso e revisão; propor a criação ou modificação de instrumentos necessários à boa execução do Projeto; apresentar os resultados alcançados nas reuniões da Comissão Nacional de Segurança Química (Conasq); bem como disseminar as conclusões.

Convenção - Desde 2004, quando ratificou a Convenção de Estocolmo, o Brasil assumiu o compromisso legalmente vinculante perante a comunidade internacional de adotar medidas para erradicar ou reduzir ao máximo a utilização e a circulação global das substâncias classificadas como Poluentes Orgânicos Persistentes (Pops), que são substâncias químicas de alta persistência (não degradadas), capazes de serem transportados por longas distâncias, seja pelo ar, pela água ou por espécies migratórias, e de se acumularem em tecidos gordurosos dos organismos vivos e em ecossistemas terrestres ou aquáticos, sendo tóxicos para o homem e para os animais.

O Brasil passou a integrar o grupo dos 164 países que estão comprometidos em controlar todas as etapas do ciclo de vida dos Pops, desde a sua produção, passando pela importação/exportação, até o uso e a disposição, visando à eliminação gradativa dos Pops do mercado e acompanhamento por parte do setor industrial e da sociedade civil.

A Convenção identificou inicialmente 12 substâncias Pops - sendo oito agrotóxicos, dois produtos industriais e duas substâncias (dioxinas e furanos) -, entretanto, desde 2009, mais nove substâncias foram agregadas à lista - sete produtos químicos industriais e dois agrotóxicos. Os Pops são substâncias químicas formadas não intencionalmente em alguns processos industriais, principalmente durante a combustão de matéria orgânica na presença de cloro, de processos de queima de biomassa, de incineração de resíduos, de siderurgia e fundição, papel e celulose e indústrias químicas.

Ministério Público - Justamente para debater o andamento das principais convenções internacionais de meio ambiente das quais o Brasil é signatário, o Ministério Público Federal (MPF) realiza nesta semana, de 13 a 15 de julho, o colóquio "Tratados internacionais em matéria ambiental: boas práticas de implementação". O evento acontece em Brasília, no Auditório do Conselho Superior Procuradoria Geral da República.

A Convenção de Estocolmo foi foco do primeiro dia de colóquio com a apresentação da diretora do Departamento de Qualidade Ambiental na Indústria, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ) do MMA, Sérgia Oliveira. "A ideia do evento é possibilitar que o Ministério Público faça um levantamento das atividades desenvolvidas e acompanhe como está evoluindo a implementação da Convenção no País", disse Sérgia. De acordo com a diretora, o MPF pretende encaminhar correspondência oficial ao MMA solicitando um relatório com a descrição das ações de implementação.

Sob a coordenação da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, voltada para ações de defesa do meio ambiente e do patrimônio cultural brasileiro, o primeiro dia de encontro tratou ainda das Convenções sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites) e sobre Diversidade Biológica (CBD).

Programação - Nesta quarta-feira (14) foi a vez de a gerente de Segurança Química do MMA, Ana Paula Pinho, apresentar as ações da Convenção de Roterdã sobre o Procedimento de Consentimento Prévio Informado para o Comércio Internacional de Certas Substâncias e seu Depósito. No mesmo dia, foram foco de debate o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança da Convenção sobre Diversidade Biológica; e a Convenção relativa às Zonas Úmidas de Importância Internacional, particularmente como habitats de aves aquáticas.

No último dia de colóquio, nesta quinta-feira (16), a gerente de Resíduos Perigosos do MMA, Zilda Veloso, apresenta as ações de implementação da Convenção da Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito; e a coordenadora de Proteção da Camada de Ozônio do MMA, Magna Luduvice, irá apresentar o desenvolvimento da Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio e do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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