Panorama
 
 
 

CONAMA DEFINE EM SETEMBRO OBRIGAÇÕES SOBRE COLETA DE ELETROELETRÔNICOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2010

29/07/2010
Cristina Ávila
Os acordos setoriais previstos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos - que será sancionada pelo presidente Lula na segunda-feira (2) - já estão se realizando na prática. A nova legislação, que será regulamentada por decreto ainda neste ano, tem como uma de suas características a logística reversa - o que significa a obrigação dos fabricantes pela destinação de seus produtos depois de descartados pelos consumidores. Outro aspecto que a caracteriza é o estímulo a parcerias que tornarão possível essa tarefa.

É o que vem acontecendo no Conselho Nacional de Meio Ambiente. Em reunião agendada para setembro, o Conama deverá ter definido consenso a respeito da coleta e destinação de eletroeletrônicos. A partir daí, o assunto vai para as câmaras técnicas e depois para o plenário. As reuniões que tratam sobre a resolução desse tipo de resíduo têm a participação do MMA, da cadeia produtiva e de representantes de estados e municípios. "Vemos com muita satisfação a aprovação da Política Nacional, pois vai facilitar o diálogo que já existe no Conama", afirma Zilda Veloso, gerente de Resíduos Perigosos.

Zilda explica que esse é um grupo de trabalho que tem a particularidade de tratar de resíduos muito diversos, que vão desde um celular a uma geladeira. O que traz complexidade para a coleta e destinação. "Hoje não existem responsabilidades definidas. Esperamos que a resolução do Conama contemple responsabilidades para os importadores e fabricantes. O que, aliás, é o espírito da Política Nacional de Resíduos Sólidos", comenta.

A expectativa é compartilhada com o setor produtivo. "Avançamos no debate e já temos diversos pontos de consenso", diz André Saraiva, diretor de Responsabilidade Social da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica. Segundo ele, um desses pontos é justamente sobre as obrigações de cada segmento para que a reciclagem se torne realidade.

Além das questões de responsabilidade ambiental pelo destino de produtos como computadores, celulares, secadores de cabelo, geladeiras, outro motivo que mobiliza a sociedade é o valor econômico dos resíduos. Um dos exemplos da expectativa da indústria é a presença de Philipp Bohr na reunião mais recente, realizada em 28 de julho. Ele está interessado nas decisões do Conama a respeito da coleta. Isso porque é representante de uma empresa suíça que será inaugurada, em setembro, em São Paulo, para a reciclagem de geladeiras e freezers.

"Temos capacidade de reciclar 420 mil geladeiras por ano, com aproveitamento de frações de aço, plástico, metais não ferrosos, polietileno e o CFC (clorofluorcarboneto), que é canalizado e transformado em ácido de uso industrial", afirma Phillipp Bohr. Para que essa indústria funcione, o segmento deve estar organizado, para que a coleta não representante custos que inviabilizem o negócio.

André Saraiva explica que o consenso que se desenha no grupo de trabalho se refere justamente a isso - o que não é tão simples como parece, no caso de geladeiras de clínicas laboratoriais, por exemplo. "Uma geladeira com essa origem precisará ser descontaminada."

Saraiva diz que para se formular a resolução do Conama é necessário ter uma visão geral sobre o assunto. "Não se pode destinar um computador com dados pessoais para a reciclagem, é preciso primeiro deletar informações. Também não é possível transportar sem que se pense na questão jurídica, pois esses computadores são legalmente propriedade de alguém", disse ainda.

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Em 10 anos, Água Doce vai atender 2,3 milhões de pessoas do semiárido

30/07/2010
Carlos Américo
O Programa Água Doce, do Ministério do Meio Ambiente, vai garantir água pura à população rural do semiárido que vive em áreas com graves problemas de desertificação. Com a recuperação e implantação de sistemas de dessalinização e criação de unidades produtivas, o programa vai atender, nos próximos 10 anos, mais 2,3 milhões de pessoas que vivem no semiárido brasileiro. Isso representa 25% da população que vive em zonas rurais na região.

Essa meta põe os municípios mais pobres, em áreas com risco de desertificação, no topo da lista de prioridades. "Utilizamos critérios técnicos para atender quem mais precisa", explica o analista em infraestrutura, Renato Coelho. Por isso, os municípios com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), altos percentuais de mortalidade infantil e com dificuldade de acesso aos recursos hídricos serão os primeiros a serem contemplados pelo programa.

Com isso, serão recuperados 2.071 dessalinizadores e criados outros 1.381, além da instalação de 206 unidades produtivas, totalizando investimento de R$ 338 mil. Junto com água de boa qualidade, as unidades produtivas garantem comida à população. Com o reaproveitamento dos rejeitos dos dessalinizadores, é criado um tanque de criação de peixes. A água salinizada ainda é reaproveitada na irrigação de atriplex, que se transforma em feno para animais.

ICID 2010

Alternativas como as do Programa Água Doce, para o combate à desertificação e adaptação às mudanças climáticas, serão debatidas na Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas - ICID 2010, que será realizada de 16 a 20 de agosto, em Fortaleza (CE).

O evento vai reunir mais de duas mil pessoas de 90 países. A meta do encontro é incluir de forma efetiva as questões relacionadas aos efeitos do aquecimento global em regiões áridas e semiáridas nas agendas de debates nacionais e internacionais.

Organizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) - em parceria com os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, o Governo do Ceará e outras entidades governamentais e de pesquisa nacionais e internacionais -, a ICID 2010 vai gerar, consolidar e sintetizar dados e estudos sobre mudanças climáticas e identificar ações para promoção do desenvolvimento seguro e sustentável nas regiões semiáridas. Um bilhão de pessoas pobres e vulneráveis vive em terras secas. No Brasil, cerca de 35 milhões de pessoas vivem nas chamadas Áreas Susceptíveis à Desertificação.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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