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GOLFO DO MÉXICO: HORA DE CALCULAR OS DANOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Julho de 2010

Com a perspectiva, ainda não confirmada, de que finalmente o vazamento de petróleo no Golfo do México tenha sido estancado, é chegada a hora de contabilizar prejuízos. O Artic Sunrise, um dos navios do Greenpeace, chega aos Estados Unidos, onde passará os próximos meses investigando e documentando os impactos do maior acidente ambiental da história do país.

A bordo do navio, pesquisadores vão monitorar as consequências do vazamento para peixes, algas, baleias, recifes, tartarugas e aves marinhas da região do Golfo. Os cientistas usarão esponjas - organismos marinhos que vivem de filtrar a água, como indicadores da qualidade do mar e realizarão pesquisa com animais encontrados mortos, ou sobreviventes contaminados pela mancha negra.

No Golfo do México, a expectativa quanto ao fechamento do buraco é digna de filmes de suspense. Após três meses e cerca de 60 mil galões – o equivalente a 10 milhões de litros – de vazamento de óleo por dia, a BP garante ter fechado a tampa do buraco usando uma espécie de rolha, embora as incertezas sobre se o equipamento será suficiente para conter a pressão do buraco possam levar à sua retirada. O governo americano deu 24 horas à empresa britânica para garantir a segurança da empreitada.

“Não podemos esquecer que fechar o buraco não acaba com o problema”, lembra Philip Radford, Diretor Executivo do Greenpeace USA. “Os milhares de galões de óleo que já vazaram comprometerão seriamente a vida selvagem, os ecossistemas, a indústria da pesca e nossos oceanos por décadas. Precisamos saber a extensão verdadeira desta catástrofe, assim como as razões para que tenha acontecido. Só assim poderemos garantir que não acontecerá novamente”, garante Radford.

O Arctic Sunrise, parte da frota do Greenpeace desde 1995, é um barco quebra-gelo de 50 metros de comprimento acostumado a realizar missões em regiões inóspitas como o Ártico e o oceano Antártico. “Desejamos que a passagem de nosso navio pelo Golfo do México ajude a passar a mensagem dos prejuízos que nossa atual política energética vem trazendo para o ambiente”, diz John Hocevar, coordenador da Campanha de Oceanos nos Estados Unidos.

O Greenpeace demanda moratória de exploração de petróleo em alto mar, parcialmente concedida pelo governo do presidente Obama e aceita também pelos comissários da União Europeia.

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Lixo que cruza fronteiras

Estudo realizado em parceria com British Antarctic Survey mostra que o lixo marinho já atinge áreas remotas da Antártida.

As notícias não são nada boas quando falamos da saúde ambiental do Oceano Antártico. De acordo com uma pesquisa desenvolvida entre 2007 e 2008 pelo Greenpeace e pela British Antarctic Survey, a região, apesar de não habitada pelo homem e de extrema importância para a vida marinha, já convive com lixo marinho.

Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos do Greenpeace, participou da expedição do MV Esperanza entre 2007 e 2008. Seu trabalho foi, dentre outras funções, coordenar a pesquisa sobre lixo marinho. Por meio da observação de objetos, foram coletados dados que informaram tipos de lixo e, em alguns casos, a sua origem.

De 69 itens avistados pelo navio Esperanza, 43% eram materiais plásticos e dos 59 itens observados pelo navio RRS James Clark Ross (também envolvido na pesquisa) 41% também eram plásticos. "Encontramos restos de materiais de pesca, muitas caixas e micropartículas plásticas", conta Leandra. Diferentemente do que ocorre em outras regiões, as sacolas plásticas não foram vistas em grande quantidade. Os dados da pesquisa serão publicados na edição de agosto na revista "Marine Environmental Research".

Muita gente já ouviu falar sobre as "ilhas de plástico" em nossos oceanos. No norte do Oceano Pacífico, há uma área do tamanho do Texas onde se estima que, para cada quilo de plâncton, existam seis quilos de lixo plástico. A presença desse tipo de dejeto nos oceanos causa problemas ainda maiores do que os já conhecidos impactos na fauna local.

Materiais plásticos têm grande capacidade de absorção de poluentes orgânicos persistentes (POPs), funcionando como verdadeiras "esponjas químicas". Com isso, esse tipo de contaminação acaba atingindo áreas não-habitadas e que estariam teoricamente a salvo da poluição gerada pelo homem. As superfícies plásticas podem servir também como habitat para algumas espécies, transportando-as de um lugar a outro e ocasionando desequilíbrio em cadeias e dando origem muitas vezes a espécies invasoras.

O Greenpeace vem acompanhando de perto o avanço da poluição marinha. Em 2006, a expedição “Defendendo nossos oceanos” também apresentou resultados sobre os caminhos percorridos pelo lixo no mundo e sobre o estado dos oceanos.


 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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