Panorama
 
 
 

GOVERNO APRESENTA PLANO DE PREVENÇÃO
DE ACIDENTES COM PRODUTOS QUÍMICOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2010

02/08/2010
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo pretende aproximar estados, municípios, população e empresas visando à elaboração de planos de ações emergenciais, a fim de prevenir e minimizar danos de acidentes como o ocorrido sábado (31) na BR-381 – rodovia que liga Minas Gerais ao Espírito Santo – envolvendo uma carreta que transportava amônia.

Para isso, diversas autoridades públicas e representantes da sociedade civil e do setor empresarial discutem hoje (2), durante um workshop em Brasília, a primeira versão do Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos (P2R2). O documento foi preparado pelo Ministério do Meio Ambiente.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a partir do plano será possível desenvolver ações mais integradas, treinamentos e simulações envolvendo os mais diversos setores e autoridades. “Queremos construir manuais que possam ser utilizados nos níveis federal e estadual para a elaboração de planos de ações emergenciais”, informou a gerente do P2R2, Míriam Oliveira.

“Com esse plano estamos visando à prevenção e à remediação de acidentes como o ocorrido neste fim de semana, envolvendo uma carreta que transportava amônia”, disse a ministra à Agência Brasil. O acidente ocorreu nas proximidades do km 434 da BR-381, em Caeté (MG).

Pelo fato de a amônia ser uma substância extremamente tóxica, a rodovia ficou interditada até a madrugada de hoje, causando um engarrafamento de mais de 40 quilômetros, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

“Com o plano, será possível fazer, em parceria com os estados, um mapeamento de ruas e áreas de risco onde há transporte de produtos que representam riscos, além de definir planos de ação emergencial e metodologias de operação na prevenção e remediação de acidentes desse tipo”, acrescentou a ministra.

De acordo com a gerente do plano, o governo decidiu elaborar ações na área há sete anos. “Quando houve o rompimento da Barragem de Cataguases, em março de 2003, decidimos que o governo precisava preparar e apresentar um plano como esse. Em apenas 12 horas, dois rios responsáveis pelo abastecimento de água em diversos municípios mineiros e cariocas [os rios Pomba e Paraíba do Sul] tiveram suas águas inadequadas para consumo, prejudicando a população”, lembrou Míriam.

Na ocasião, foram detectadas várias falhas nas ações emergenciais de combate à poluição causada pelo rompimento da barragem. Para elaborar o P2R2, o MMA fez um levantamento preliminar, entre novembro de 2003 e janeiro de 2004, para avaliar as condições de atendimento a emergências ambientais nos estados.

O levantamento identificou as dificuldades nos estados, principalmente em relação à disponibilidade e à qualificação de recursos humanos, além da deficiência de infraestrutura operacional e insuficiência de sistemas de informações sobre o assunto.

O workshop que discute o P2R2 conta com a participação de representantes de diversos ministérios, órgãos de saúde, meio ambiente, da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, de polícias, autarquias, agências reguladoras, sociedade civil, universidades e de empresas ligadas à indústria química, de petróleo, gás, transportes, além das que atuam na área de gerenciamento de riscos.
Edição: Juliana Andrade

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Lei de resíduos pode aumentar renda de catadores de material reciclável

02/08/2010
Pedro Peduzzi e Gilberto Costa
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (lixo) estabelece um “novo quadro” para a reciclagem. A nova lei responsabiliza as empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis (logística reversa), estabelece a integração de municípios na gestão dos resíduos e responsabiliza toda a sociedade pela geração de lixo. A ministra acredita que a legislação poderá mudar o padrão de consumo diminuindo a produção de resíduos e formalizando o trabalho dos catadores que era voluntário. A lei que tramitou no Congresso Nacional por 21 anos será sancionada hoje (2), às 16h, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra comemorou a aprovação da lei e afirmou à Agência Brasil estar “com a alma lavada e enxaguada”.

A professora e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB) Izabel Zaneti afirma que o trabalho de coleta e reciclagem é cada vez mais importante. “Os resíduos estão crescendo em quantidade e complexidade”, disse, lembrando dos resíduos de aparelhos eletrônicos, como as baterias dos telefones celulares e outros materiais que contém metais pesados de alto impacto ambiental.

A sanção da lei também é comemorada pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) que espera que os trabalhadores possam ser remunerados pela prestação de serviços às prefeituras pela coleta, separação e reciclagem do lixo.

O movimento espera que a lei aumente a renda dos recicladores. Atualmente a renda média de um catador é de cerca de um salário mínimo (R$ 510). “Queremos ser enxergados de outra forma, não assistencialista”, disse Roberto Rocha, da coordenação nacional do movimento, esperando que as prefeituras contratem as cooperativas e paguem o serviço de uma forma melhor. O MNCR ainda não tem estimativa de quanto a renda dos catadores poderá ser incrementada.

Apesar de apoiar a lei, o movimento, no entanto, questiona o “aproveitamento energético” dos gases gerados nos aterros sanitários com a incineração do material acumulado, conforme previsto na lei. “O Brasil não precisa queimar lixo”, criticou Roberto Rocha. Segundo ele, os principais materiais a serem incinerados são feitos de plástico, um dos produtos mais valorizados na cadeia de reciclagem.

A lei dos resíduos sólidos proíbe a existência de lixões e determina a criação de aterros para lixo sem possibilidade de reaproveitamento ou de decomposição (matéria orgânica). Nos aterros, que poderão ser formados até por consórcios de municípios, será proibido catar lixo, morar ou criar animais. As prefeituras poderão ter recursos para a criação de aterros, desde que aprovem nas câmaras de vereadores uma lei municipal criando um sistema de reciclagem dos resíduos.
Edição: Lílian Beraldo

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Lula sanciona lei sobre política nacional de reciclagem de lixo

02/08/2010
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Durante a sanção do projeto de lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos (lixo) no país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a lei é uma revolução em termo ambientais no Brasil. O presidente ressaltou ainda que a nova lei simboliza a vitória dos catadores de lixo.

“É com muito orgulho que participo dessa cerimônia em que, finalmente, sancionamos a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Simboliza a vitória das entidades que trabalham nessa área. A adoção de uma lei nacional para o manejo dos resíduos sólidos é uma revolução em termos ambientais”, discursou Lula.

“O maior mérito dessa lei é a inclusão social de trabalhadores e trabalhadoras que, por muitos anos, foram esquecidos e maltratados pelo Poder Público. Ela está de acordo com a missão do nosso governo de fazer o Brasil crescer para todos, respeitando o meio ambiente”, acrescentou Lula.

O presidente cobrou da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que trabalhe para que a regulamentação da lei ocorra antes de 90 dias. “Para que fazermos uma lei, se ela não é sancionada?” perguntou Lula.

O representante do Movimento Nacional dos Catadores de Lixo, Severino Lima Junior, disse que a nova lei ajudará na valorização da profissão dos catadores. Para ele, a medida deve ser cuidada “como uma menina” para que a sua regulamentação ocorra de modo célere. “Queremos uma vida mais digna. Queremos ser reconhecidos como catadores de materiais recicláveis e não como catadores de lixo”, afirmou.

A ministra do Meio Ambiente disse que a sanção da Política Nacional de Resíduos Sólidos trará mais responsabilidade para os gestores públicos. “A nova lei traz para o presente a responsabilidade para os gestores públicos de acabar com os lixões. Não é possível que ainda tenhamos lixões. É possível avançar, sim”, afirmou Izabella Teixeira.

Com a sanção da lei, o Brasil passa a ter um marco regulatório na área de resíduos sólidos. A lei faz a distinção entre resíduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) e rejeito (o que não é passível de reaproveitamento). A lei se refere a todo tipo de resíduo: doméstico, industrial, construção civil, eletroeletrônico, lâmpadas de vapores mercuriais, agrosilvopastoril, da área de saúde, perigosos etc.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos. O projeto de lei, que tramitou por mais de 20 anos no Congresso Nacional até que fosse aprovada, responsabiliza as empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis (logística reversa), estabelece a integração de municípios na gestão dos resíduos e responsabiliza toda a sociedade pela geração de lixo.
Edição: Antonio Arrais


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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