18/08/2010
Christina Machado
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Uma instrução normativa,
publicada no Diário Oficial da União
de hoje (18), revogou uma norma do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), que autorizava o controle populacional
do javali, por meio de captura e abate.
O javali e seus híbridos
exóticos são considerados animais
invasores e nocivos às espécies nativas,
aos seres humanos, ao meio ambiente e, principalmente,
à lavoura agrícola. Por isso, o controle
é autorizado em caráter emergencial
e circunstancial, em algumas ocasiões, para
preservar as safras.
A instrução normativa
prevê ainda um grupo de trabalho, que terá
de apresentar e definir propostas para melhorar
a eficiência do controle e elaborar alternativas
para minimizar os impactos desses predadores. O
grupo terá representantes das superintendências
do Ibama nos estados do Paraná, Rio Grande
do Sul, Rio de Janeiro, Acre, Maranhão, de
Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais,
Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e
da Bahia.
O desequilíbrio populacional
das espécies é resultado do desmatamento
realizado para dar lugar ao cultivo agrícola.
A devastação retira as condições
de sobrevivência dos predadores naturais,
principalmente gaviões e corujas. Sem eles,
e com grande oferta de alimento disponível
nas lavouras, as espécies encontraram as
condições ideais para sobreviver.
Edição: Antonio Arrais
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Rio pode ter usina para transformar
o lixo dos cariocas em energia elétrica
17/08/2010
Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Instituto Alberto Luiz Coimbra
de Pós-graduação e Pesquisa
de Engenharia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (Coppe) começa a elaborar a proposta
de construção de uma usina para transformar
o lixo da capital fluminense em energia elétrica.
O anúncio foi feito hoje (17) pelo coordenador
técnico do projeto e pesquisador do Coppe,
Luciano Basto, durante a assinatura do convênio
entre o instituto e a Companhia Municipal de Limpeza
Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb).
Com o acordo, pesquisadores das
duas instituições vão analisar
a viabilidade técnica e ambiental da instalação
de uma unidade de tratamento no bairro do Caju,
na zona portuária da cidade, por onde passa
metade do lixo produzido pelos fluminenses. Luciano
Basto acredita que o estudo, com o cálculo
de custos e identificação de tecnologia,
seja entregue à prefeitura do Rio em dois
meses.
“O investimento pode ser até
mais caro do que as tradicionais soluções
para destinação de lixo e oferta de
eletricidade. Mas como lixo é um combustível
a custo negativo, pelo qual a sociedade paga para
se livrar do problema, e o tratamento energético
do lixo evitaria emissões de gases de efeito
estufa, essas receitas adicionais podem ser contabilizadas
como benefícios para esse tipo de aproveitamento
energético”, estimou o pesquisador.
Basto disse ainda que o aproveitamento
energético seria de 100%, considerando que
a usina será instalada dentro da cidade,
diferente, segundo ele, das hidrelétricas
que atendem 80% da matriz energética do país.
Por estarem distantes dos grandes centros urbanos,
as hidrelétricas registram perda de cerca
de 15% da eletricidade gerada.
Atualmente, o Rio de Janeiro produz
9 mil toneladas de lixo por dia. Os detritos são
encaminhados a três estações
de transferência da cidade: Caju (zona portuária),
Irajá (zona norte) e Jacarepaguá (zona
oeste). Dessas estações, o lixo é
transportado para dois aterros sanitários.
A usina na estação
do Caju, que recebe o maior volume de detritos da
cidade, poderia chegar a 500 megawatts de potência
instalada. Pelos cálculos do Coppe, a transformação
de 9 mil toneladas de lixo em energia seria suficiente
para abastecer 1,5 milhão de residências,
com consumo médio de 200 quilowatt-hora por
mês.
A presidente da Comlurb, Ângela
Nóbrega Fonte, garantiu que a empresa vai
fornecer todo o material para os estudos e espera
abrir o processo de licitação para
a construção da usina em seis meses.
“Além do que já temos feito no aterro
[sanitário] de Gramacho, minimizando a emissão
de gases de efeito estufa, e em Seropédica,
onde será construído um aterro sanitário
controlado com licenciamento ambiental, essa novidade
é muito importante para a população.
Isso vai trazer mais recursos para a cidade e o
meio ambiente vai agradecer”, comemorou Ângela
Nóbrega.
Edição: Vinicius Doria
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Ministério da Agricultura
e Embrapa querem reduzir emissões de gases
de efeito estufa
17/08/2010
Da Agência Brasil
Brasília - Reduzir as emissões de
gases de efeito estufa, como o dióxido de
carbono (CO²), por meio de práticas
agrícolas sustentáveis é o
objetivo de três protocolos de intenção
que serão assinados hoje (17) entre o Ministério
da Agricultura, a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) e entidades que trabalham
com os sistemas de plantio direto, fixação
biológica de nitrogênio e florestas
plantadas.
A assinatura ocorrerá durante
a cerimônia de abertura do Seminário
de Difusão do Programa Agricultura de Baixo
Carbono, às 14h30, no auditório da
Embrapa, em Brasília. Firmam os protocolos
a Federação Brasileira de Plantio
Direto na Palha, a Associação Nacional
dos Produtores e Importadores de Inoculantes e a
Associação Brasileira de Produtores
de Florestas Plantadas.
Edição: Graça Adjuto