24/08/2010
Áreas das queimadas em 2010 podem superar
as de 2007, aponta Instituto Chico Mendes
Da Agência Brasil
Brasília - O estrago provocado pelas queimadas
este ano pode ser maior do que em 2007, quando foi
registrado o maior número de incêndios
dos últimos cinco anos. Segundo o Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), a situação mais crítica
ocorre no Tocantins, onde as queimadas já
destruíram 216 mil hectares do Parque Nacional
do Araguaia. O instituto também considera
crítica a situação no sul do
Pará e em Rondônia.
“Esse ano, as condições
climáticas estão atípicas.
Em 2007, pudemos ter tido mais focos de incêndio,
mas em 2010 a destruição pode ser
bem maior e relevante, porque o fogo está
se espalhando muito rápido”, afirmou o coordenador
das Unidades de Conservação Nacional
do ICMBio, Paulo Carneiro.
As queimadas atingem, ainda no
Tocantins, o Parque Nacional das Nascentes do Rio
Parnaíba. Essa área, segundo o instituto,
é a maior reserva de cerrado preservado no
país. “Essa área tem atenção
especial, temos equipes trabalhando para conter
o fogo, que está aparecendo, mas alguns locais
são de difícil acesso”, contou o coordenador.
Segundo Paulo Carneiro, a maioria
das queimadas são provocadas por ação
criminosa do homem e estão sendo investigadas,
para que os culpados sejam punidos. “Os incêndios
são causados pela ação criminosa
do homem, que coloca fogo para renovar a pastagem
e fazer manejo de recurso natural. Estamos fiscalizando
e fazendo perícia para que os responsáveis
por isso sejam responsabilizados”, disse Paulo Carneiro.
De janeiro a agosto de 2007 foram
registrados 59.915 mil focos de incêndios
no Brasil. Em 2010, até aqui, foram contabilizados
37.788 focos, sendo a maioria deles em Mato Grosso
(3.953), no Pará (2.607) e Tocantins (1.133).
Edição: Antonio Arrais
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Especialista aponta relação
entre aumento das queimadas e expansão rural
20/08/2010
Da Agência Brasil
Brasília - O coordenador do Centro Nacional
de Prevenção aos Incêndios Florestais
(Prevfogo) em Mato Grosso, Cendi Ribas Berni, afirmou
que o período de seca e a expansão
rural são os principais responsáveis
pelos mais de 12 mil focos de incêndios registrados
no mês de agosto em todo país. Segundo
ele, é preciso uma mudança de pensamento
sobre o meio ambiente.
“Esse ano está sendo muito
seco e, associada a isso, temos a expansão
rural com a abertura de novas áreas. O fogo
é a maneira mais barata de expandir territórios.
Estamos vivendo um momento como em 2007, com essas
duas características, a seca e a expansão
rural afetando o meio ambiente”, disse hoje (20)
o coordenador, em entrevista ao programa Amazônia
Brasileira, da Rádio Nacional da Amazônia.
O Prevfogo é ligado ao Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama).
Desde janeiro até ontem
(19) foram registrados 33.177 mil focos de incêndio
no Brasil. Isso equivale a um aumento de 100% em
comparação com o mesmo período
de 2009. Nos últimos cinco anos, o maior
número de focos de incêndio nesse período
foi registrado em 2007, 59.915, segundo dados do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Desde 2004, o Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia (Ipam) desenvolve um
experimento para apontar transformações
na Floresta Amazônica por causa dos incêndios.
Um espaço de 150 hectares no nordeste de
Mato Grosso foi dividido em três partes iguais.
Da área total, 50 hectares não sofrem
queimadas, 50 são queimados anualmente e
50 são queimados a cada três anos.
A pesquisa mostra, até
agora, que a mortalidade de árvores nas áreas
queimadas é 80% maior do que naquelas onde
não ocorrem incêndios. Outro dado é
que nos locais de queimada houve uma diminuição
de 50% na quantidade de espécies em relação
às florestas que não foram afetadas
pelo fogo.
Segundo o Ipam, antes da queima,
os pesquisadores coletam diversos tipos de informações
como espécies de árvores, quantidade
de galhos e folhas espalhados e também sobre
alguns grupos de animais como insetos e pequenos
mamíferos.
Edição: Juliana Andrade
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Mato Grosso tem o maior número
de incêndios em agosto com mais de 6 mil focos
25/08/2010
Da Agência Brasil
Brasília – Mato Grosso é o estado
que teve o maior número de focos de incêndios
em agosto, com 6.411 registros. O número
é 420% maior do que o do mesmo período
do ano passado. Cuiabá registrou hoje (25)
umidade relativa do ar de 13%, o que a Organização
Mundial da Saúde (OMS) considera como estado
de alerta. A OMS considera estado de emergência
quando a umidade baixa de 12%.
O segundo estado com mais focos
de incêndios foi o Pará, que teve 5.074
focos. Em seguida vem o Tocantins, com 3.596 focos.
O fogo já destruiu 216 mil hectares do Parque
Nacional do Araguaia. Palmas registrou hoje umidade
relativa do ar de 21%.
No total, o país registrou
21 mil focos de incêndio desde o início
do mês, o que representa 227% a mais do que
o registrado no mesmo período do ano passado.
O Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet) publicou avisos especiais de alerta sobre
a baixa umidade do ar para os seguintes estados:
Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Bahia, Piauí, Maranhão,
Tocantins, Pará, Rondônia, Minas Gerais
e São Paulo.
De acordo com o Inmet, a umidade
baixa deve seguir amanhã (26), podendo chegar
a 15% no estado de São Paulo e em áreas
isoladas de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso.
“A umidade está baixa por causa de uma grande
massa de ar seco”, disse a meteorologista do Inmet,
Maria das Dores de Azevedo.
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Inpe informa que diminuiu número
de focos de incêndios diários no país
26/08/2010
Da Agência Brasil
Brasília - Dados do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), revelam que diminuiu
o número de focos de incêndio diários
no país. Na última terça-feira
(24), foram 2.051 registros. Já ontem (25)
o número caiu para 406 focos de incêndio.
Os dados ainda apontam que Mato
Grosso tem o maior número de focos de incêndio,
com 6.423 registros do inicio do mês até
hoje (26). O segundo lugar ficou com o Pará,
que totaliza 5.074 focos, seguido do Tocantins,
com 3.639.
Segundo a previsão do Instituto
Nacional de Meteorologia (INM) a umidade relativa
do ar deve permanecer baixa amanhã nos estados
de Mato Grosso, onde deve ficar em torno de 15%,
além do Pará, Tocantins, de Goias
e da Bahia.
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Causa de aumento de focos de queimadas
em 150% não é apenas climática,
diz pesquisadora
31/08/2010
Da Agência Brasil
Brasília – Em 2010, cerca de 46 mil focos
de queimadas foram registradas pelo Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe) em todo o país.
O número representa aumento de aproximadamente
150% em relação aos focos detectados
no ano passado. Apesar deste ano ter temperaturas
mais altas, umidade relativa do ar mais baixa e
menos chuvas do que 2009, não se deve creditar
o aumento de incêndios às causas climáticas,
de acordo com a pesquisadora do instituto, Karla
Longo.
“O fato de termos uma estação
seca e outra úmida, é natural, mas
uma estação de queimadas é
opção do país. As pessoas assumem
essa sazonalidade como normal, o que não
é verdade”, diz a pesquisadora. Segundo ela,
99% das queimadas são provocados. As condições
atmosféricas favorecem os incêndios,
mas as principais causas são econômicas
e culturais.
De acordo com Karla, é
muito comum colocar fogo na vegetação
nesta época do ano. Na Amazônia, por
exemplo, a quantidade de água na vegetação
é alta, por isso agricultores e pecuaristas
da região derrubam a mata, esperam secar
e, quando o clima fica mais propício, justamente
na estação mais seca, colocam fogo
completar o desmatamento da área.
Segundo ela, o modelo de produção
agrícola e pecuária extensiva, bastante
adotado no Brasil, contribui para esse tipo de desmatamento.
Além disso, colaboram alguns hábitos
da população. “É comum pessoas
que colocam fogo na sujeira depois de varrer o quintal
ou que jogam bituca de cigarro na estrada”.
A pesquisadora explica ainda que,
com a propagação de incêndios,
aumenta a concentração de monóxido
de carbono (CO) na atmosfera, o que traz prejuízos
econômicos e ambientais. “Há redução
da produtividade agrícola e alteração
do ciclo da água. Estudos feitos no Acre
e em Mato Grosso associam o número de internações
hospitalares à concentração
de fumaça na atmosfera”, observa Karla.
No mês de agosto, a Região
Norte foi responsável pela maioria das emissões
de queimadas (65%) e estima-se que 23 milhões
de toneladas de monóxido de carbono foram
emitidos. Do total, o Inpe calcula que apenas 10%
seja proveniente de emissões industriais
e de veículos. A concentração
mais alta é a do estado do Pará, seguido
de Mato Grosso e Rondônia.
A matéria foi alterada para ajuste de informação//Edição:
Lana Cristina
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Meio Ambiente registra focos de
calor em 85 unidades de conservação
31/08/2010
Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério do Meio Ambiente
divulgou, hoje (31), que foram detectados 259.942
focos de calor em todo o país no mês
de agosto e, embora isso não signifique ocorrência
de incêndios em todos os casos, foi constatado
que 85 unidades de conservação, em
seu interior ou no seu entorno, foram atingidas.
Segundo a ministra Izabella Teixeira, a situação
é pior no Parque Nacional das Emas, no interior
de Goiás, que foi totalmente destruído
pelo fogo, iniciado no dia 13 de agosto.
Ela disse que as responsabilidades
pelo incêndio, iniciado fora do parque, serão
apuradas para que os culpados sejam processados.
O Parque Nacional das Emas é cercado por
fazendas de soja, que, segundo a ministra, podem
ter provocado o incêndio. Em 24 horas, conforme
fotos exibidas por ela, o parque foi inteiramente
destruído.
Izabella Teixeira disse que os
principais focos de calor atualmente estão
na região de Cerrado. Os gastos do governo
no combate a incêndios em áreas de
vegetação somam R$ 29,3 mil. O estado
com maior quantidade de focos é Mato Grosso,
com 63.992 (27%); seguido do Pará, com 62.718
(26%); Tocantins, 32.014 (13%); Maranhão,14.218
(6%); e de Rondônia,14.056 (5%).
Edição: Lana Cristina
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Incêndio em parque florestal
do Rio deve ser controlado ainda hoje
31/08/2010
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O diretor de Biodiversidade e Áreas
Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea),
André Ilha, disse que a expectativa é
que seja controlado ainda hoje (31) o incêndio
florestal no Parque Estadual dos Três Picos.
Além disso, a expectativa é que a
ocorrência de incêndios diminua nos
próximos meses.
“O helicóptero trouxe as
nossas equipes de combate hoje cedo para trabalhar
em pontos estratégicos. Nesta semana, ainda
temos a perspectiva de uma umidade relativa do ar
baixa, portanto a situação exige muita
cautela. À medida que o mês de setembro
for transcorrendo, a tendência é que
comecem as primeiras chuvas e com isso a gente tenha
uma situação menos séria com
respeito ao risco dos incêndios florestais”,
afirmou Ilha.
A área está em chamas
desde domingo (29). Além dos 25 agentes-parques
e dos funcionários do Inea, o Corpo de Bombeiros
tem auxiliado no combate ao fogo. As primeiras estimativas
são de que o fogo consumiu cerca de 20 mil
metros quadrados de vegetação na localidade
conhecida como Torres de Bonsucesso, em Teresópolis,
na região serrana do estado.
O incêndio no Parque Estadual
dos Três Picos será investigado pela
polícia, pois, segundo o Inea, moradores
da região informaram ter testemunhado o início
do fogo, que teria sido provocado por um grupo de
adolescentes. Os responsáveis podem ser enquadrados
na lei de crimes ambientais, que prevê pena
de dois a quatro anos de reclusão, além
de multa, para quem incendeia mata ou floresta.
“Temos muitos focos de incêndio
em todo o estado, com ênfase na região
serrana, principalmente em Friburgo e Teresópolis.
Há indícios de que alguns desses incêndios
tenham origem criminosa, outros foram causados claramente
por descuido de pessoas, mas todos provocam grandes
danos na vegetação da Mata Atlântica.
Há focos em pontos diferenciados que estão
sendo combatidos na medida do possível pelas
equipes de grupamento de incêndios dos bombeiros
de cada cidade”, concluiu.
Outros focos de incêndio
foram registrados e combatidos pelos agentes do
Inea na Reserva Biológica de Araras, em Petrópolis,
e no Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio, na
Serra da Barata, durante o último fim de
semana.
Edição: Talita Cavalcante
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Mato Grosso é o estado
com maior número de focos de incêndio
em agosto
30/08/2010
Da Agência Brasil
Brasília – Mato Grosso é o estado
brasileiro com maior número de incêndios
provocados pela baixa umidade e pelo tempo seco,
que vêm atingindo grande parte do país.
De acordo com monitoramento do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante os dias 1º
e 29 de agosto, foram registrados, apenas no estado,
mais de 8 mil focos de incêndio, seguido do
Pará com 5.772 e Tocantins com 4.355. O total
de queimadas no Brasil ultrapassa 26 mil neste período.
A previsão é de
que as queimadas permaneçam, uma vez que
não há previsão de chuvas para
os próximos dias nos estados mais atingidos
pelo clima seco do país, como no Centro-Oeste
e no norte de Minas Gerais.
Os estados com os menores índices
de umidade relativa de ar são Tocantins,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo,
Goiás, Bahia, Piauí, Maranhão,
Minas Gerais e o Distrito Federal.
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Inpe registra mais de mil focos
de incêndio no Brasil nas últimas 24
horas
27/08/2010
Da Agência Brasil
Brasília - Da meia-noite de ontem até
o fim da manhã de hoje (27) foram registrados
1.391 focos de incêndios. Mato Grosso foi
o estado com maior incidência de queimadas,
com 729 focos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe). Só neste mês de agosto,
já são 22.730 pontos de queimadas
registrados no país.
Segundo o Ministério do
Meio Ambiente, o número de focos pode não
refletir a gravidade dos incêndios. O ministério
destaca que a situação é preocupante
em sete regiões: Tocantins, leste de Mato
Grosso, oeste da Bahia, algumas áreas do
Piauí e de Minas Gerais, Rondônia e
no sul do Pará.
Ainda segundo o ministério,
cerca de 10 mil pessoas estão envolvidas
no trabalho de combate ao fogo, principalmente nas
áreas de proteção ambiental.
Desse contingente, 3 mil são dos institutos
Chico Mendes e Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e 7
mil são bombeiros de todo país.
Esta semana, o Ibama já
aplicou mais de R$ 4 milhões em multas por
queimadas ilegais na Região Norte. Em Rondônia,
uma pessoa foi presa em flagrante ontem (26) por
atear fogo, sem autorização, em uma
pastagem. Além da prisão, o infrator
recebeu multa de R$ 3,4 milhões.
No Pará, sete proprietários
rurais dos municípios de Novo Progresso e
Altamira, no oeste do estado, também foram
multados. Eles provocaram queimadas em 724,91 hectares
de pastos e florestas em regeneração.
Além da multa de R$ 726 mil, o Ibama embargou
as áreas.
Segundo o Ibama, a multa por queimada
irregular é de R$ 1 mil por hectare em área
de pasto e de R$ 5 mil em áreas de conservação,
reservas legais ou áreas de proteção
permanente. A orientação dos órgãos
ambientais é para que não sejam feitas
queimadas, mesmo controladas, nesta época
do ano. Seguindo essa recomendação,
a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb) proibiu a queima da palha da cana-de-açúcar,
que costuma ser feita durante a colheita. A chamada
queima controlada, que era permitida entre às
20h e às 6h, está sob restrição
total desde ontem (26) até que a umidade
relativa do ar se estabilize em níveis acima
de 20%.
Edição: Vinicius Doria
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Governo já investiu R$
30 milhões na prevenção de
incêndios florestais, diz ministra
27/08/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, disse hoje (27) que o governo investiu
R$ 30 milhões na prevenção
de incêndios florestais, mas reconheceu que
a estrutura de combate ao fogo pode ser insuficiente
por causa das condições climáticas
e do grande número de queimadas ilegais feitas
principalmente por agricultores.
O Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) registra hoje em todo o país
3.208 focos de queimadas. De 1° a 27 de agosto
deste ano, o Inpe somou 41.636 focos, crescimento
de 135% em relação ao mesmo período
de 2009.
“Lamentavelmente, além
da condição climática complicada,
há a prática de provocar queimadas.
Nenhum analista que trabalha em unidade de conservação
põe fogo. O fogo vem de fora. Gastamos R$
30 milhões em prevenção, temos
brigadas, temos profissionais, temos equipamento”,
disse Izabella, que participou da solenidade em
comemoração ao aniversário
de 3 anos do Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade. Na ocasião também
foi lançado o plano de revitalização
do Parque Nacional de Brasília.
A ministra disse que, além
de brigadistas, o combate ao fogo está sendo
feito com apoio da Polícia Federal, do Exército
e da Força Nacional de Segurança,
mas que a sociedade precisa colaborar com os esforços
das autoridades ambientais. “A responsabilidade
também é do cidadão. Gastamos
milhões com prevenção e as
pessoas continuam queimando. Os que conseguirmos
identificar, serão responsabilizados.”
O presidente do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), responsável pela gestão
de unidades de conservação, Rômulo
Mello, disse que o órgão “está
fazendo todo o trabalho possível” para combater
o fogo em áreas protegidas. Segundo Mello,
mais de 15 aeronaves estão atuando no combate
aos incêndios. Até ontem, o Inpe registrava
focos de incêndio em 153 unidades de conservação.
+ Mais
Áreas de preservação
ambiental no Rio estão em alerta máximo
por causa da seca
26/08/2010
Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Instituto Estadual do Ambiente
(Inea) decretou hoje (26) alerta máximo em
todas as unidades de conservação do
Rio de Janeiro por causa da falta de chuva e dos
níveis muito baixos da umidade relativa do
ar.
Segundo o Instituto Nacional de
Meteorologia, não há previsão
de chuva até a próxima semana e a
média da umidade do ar no Rio tem ficado
entre 20% e 30%, mas ontem chegou a 12% na zona
oeste da cidade.
As equipes do instituto estão
em prontidão 24 horas por dia, mapeando as
áreas mais suscetíveis a incêndios
e passando as informações para o Centro
Integrado de Gerenciamento de Incêndios Florestais.
Criado há seis meses, o centro desenvolve
estratégias para prevenção
e combate a incêndios em matas, com base em
um índice de risco de incêndios florestais.
Apesar do alerta em quase todo
o estado, o presidente do Inea, Luiz Firmino, destacou
que a maior preocupação é com
o Parque Estadual da Pedra Branca, na zona oeste
do Rio, e com o Parque do Desengano, na região
de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. Estas
áreas, segundo ele, são muito áridas
e mais propensas a incêndios.
Na manhã desta quarta-feira,
bombeiros foram acionados para apagar um incêndio
no alto do morro do Andaraí, na zona norte
do Rio. O fogo, que foi controlado horas depois,
destruiu uma grande área de vegetação
e assustou moradores de uma comunidade do morro.
Nesta semana, também foram
registrados incêndios no cume da Pedra da
Ermitage, em Teresópolis; no Parque da Pedra
Branca; na Reserva Biológica e Arqueológica
de Guaratiba no Rio; e no Parque Estadual da Serra
da Concórdia, em Valença.
Edição: Rivadavia Severo