Panorama
 
 
 

PELA PRIMEIRA VEZ, CENSO DO IBGE CONTEMPLA LÍNGUAS INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2010

03 de agosto de 2010
Começou, no dia 1 de agosto, o Censo Demográfico de 2010, o primeiro totalmente informatizado do país. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) irá visitar todos os domicílios brasileiros, sem exceção. Isso inclui também os povos indígenas, que até mesmo nos lugares mais remotos receberão a visita dos recenseadores. Para tanto, serão usados todos os meios necessários, incluindo barcos e aviões, para se chegar as estes domicílios, onde quer que eles se localizem.

Duzentos e vinte mil aparelhos PDA (coletor eletrônico de dados) serão utilizados pelos recenseadores para pesquisar as características dos domicílios, as relações de parentesco, fecundidade, educação, trabalho, renda, cor, raça e religião. Após realizar as entrevistas nos domicílios, cada recenseador leva o PDA até um dos 7 mil postos de coleta do IBGE, para transmitir os dados. Essa operação deve ocorrer pelo menos uma vez por semana.

O trabalho é realizado com o objetivo de definir a população brasileira e suas características socioeconômicas. O resultado da pesquisa servirá de base para o planejamento público e privado da próxima década. O Censo 2010 envolve o trabalho de aproximadamente 230 mil pessoas, sendo que, destas, 191.972 percorrerão os 58 milhões de domicílios do país.

População indígena

De acordo com os dados do IBGE/2000, existem 735 mil índios, que representam 0,43% da população brasileira. No Brasil há 21000 setores censitários em terras indígenas, sendo 855 deles no Amazonas. Cada setor censitário representa uma unidade territorial estabelecida, para fins de controle cadastral, formado por área contínua, situada em um único quadro urbano ou rural, com dimensão e número de domicílios que permitam o levantamento por um recenseador. Assim, cada recenseador procederá à coleta de informações, tendo como meta a cobertura do setor censitário que lhe é designado.

Nas aldeias, os recenseadores são orientados a procurar a liderança local, para que comunique aos moradores que o Censo está sendo feito e a importância que ele tem, para que as pessoas recebam e respondam corretamente. Se for necessário haverá um guia que fale a língua da aldeia, que pode ser um intérprete cedido pela Funai ou pela Funasa, embora seja possível haver moradores na aldeia que falem português.

O critério utilizado na pesquisa para identificação dos indígenas será o mesmo do Censo de 2000, o método da autodeclaração, que é consagrado internacionalmente. A diferença do trabalho em 2010 está no questionário, no qual foram incluídos alguns quesitos. Dentre eles estão: o material predominante nas paredes externas e a forma de abastecimento de água utilizada na aldeia ou fora dela. Outro diferencial é que o IBGE vai investigar a língua falada dos povos indígenas, variável que pela primeira vez faz parte da pesquisa.

O Censo acontecerá até o dia 31 de outubro, os dados da pesquisa começarão a ser conhecidos já no final de novembro, quando os resultados serão apresentados ao Tribunal de Contas da União (TCU) para definir o reparte de verba do Fundo de Participação dos Municípios.

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Senado aprova criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena

03 de agosto de 2010
Atendendo a uma antiga reivindicação dos povos indígenas, foi aprovado no plenário do Senado Federal, nesta terca-feira (03/07), o Projeto de Lei de Conversão (PLC) nº 8, originado da Medida Provisória nº 483, que cria a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). A medida transfere todas as ações de saúde indígena e saneamento básico nas aldeias, que era feito pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), para a Secretaria Especial de Saúde Indígena, vinculada ao Ministério da Saúde.

Durante a votação, o senador Romero Jucá fez a leitura da carta dos povos do estado de Roraima, na qual os indígenas Macuxi, Ingarikó, Wapichana, Taurepang, Wai-Wai, Yanomami, Sapará e Patamona expressam alegria pela efetivação da Secretaria Especial de Saúde Indígena no Brasil. “A implantação da Secretaria Especial de saúde Indígena no Brasil é uma conquista de muitas reivindicações de lideranças e movimentos indígenas apoiado também, pela Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI)", diz o documento.

A criação da Sesai foi comemorada por indígenas que acompanharam a votação no plenário do Senado. O novo órgão será responsável por ações de atenção básica à saúde indígena como, por exemplo, as promovidas por equipes que vão às aldeias fazer vacinação e acompanhar a gestação das mulheres. Enquanto o texto não for sancionado pelo presidente da República, contudo, essas tarefas continuam sendo executadas pela Funasa.


 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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